Covid-19: Média móvel de mortes fica em 122 e é a maior em mais de um mês
A média móvel de mortes pela covid-19 atingiu o maior patamar em mais de um mês. Hoje marcou 122 registros, o que não era visto desde 2 de maio, quando ficou em 126. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.
O indicador é considerado por especialistas a maneira mais confiável para acompanhar o avanço ou o retrocesso da pandemia. Para o cálculo, é levada em conta a média de mortes —ou de casos—, dos últimos sete dias.
A média móvel de mortes variou 13% em relação a 14 dias atrás e segue em tendência de estabilidade. Se o valor fica acima de 15%, indica tendência de alta. Quando está abaixo de -15%, de queda; entre 15% e -15%, como hoje, significa estabilidade.
Duas regiões do país acompanham esse cenário nacional de estabilidade: Nordeste (-12%) e Sudeste (15%). Outras duas regiões têm queda: Centro-Oeste (-18%) e Norte (-24%). Já o Sul teve alta de 44%.
Entre as unidades da federação, nove têm estabilidade, nove registram queda e oito apresentam alta.
Além disso, hoje foram registradas 301 novas mortes causadas pela covid-19 no país. Acre, Amapá, Alagoas, Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Piauí, Rondônia e Roraima não registraram óbitos nesta quarta-feira (8). Já Tocantins informou que o sistema está fora do ar e não divulgou dados.
Ao todo, o Brasil teve 667.701 vidas perdidas em decorrência da doença causada pelo coronavírus desde o início da pandemia.
A média móvel de casos conhecidos de covid-19 ficou em 36.629 hoje e chegou ao 13º dia em tendência de alta.
Nas últimas 24 horas foram 51.265 novos registros conhecidos da doença no Brasil, chegando ao acumulado de 31.314.513 testes positivos.
A média móvel de casos variou 112% em relação a 14 dias atrás, o que corresponde a tendência de alta.
Todas as regiões do país seguem a tendência nacional de alta na média móvel de casos: Centro-Oeste (475%), Nordeste (105%), Norte (31%), Sudeste (106%) e Sul (56%).
O Distrito Federal e 20 estados acompanham o cenário nacional de alta no índice de casos da doença — já outros cinco estados têm estabilidade.
Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no Distrito Federal
Região Sudeste
- Espírito Santo: alta (160%)
- Minas Gerais: alta (51%)
- Rio de Janeiro: queda (-59%)
- São Paulo: alta (22%)
Região Norte
- Acre: estabilidade (0%)
- Amazonas: queda (-100%)
- Amapá: estabilidade (0%)
- Pará: queda (-15%)
- Rondônia: queda (-50%)
- Roraima: estabilidade (0%)
- Tocantins: não atualizou os dados hoje
Região Nordeste
- Alagoas: estabilidade (0%)
- Bahia: queda (-27%)
- Ceará: queda (-27%)
- Maranhão: queda (-100%)
- Paraíba: estabilidade (0%)
- Pernambuco: estabilidade (12%)
- Piauí: queda (-33%)
- Rio Grande do Norte: alta (200%)
- Sergipe: estabilidade (0%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-50%)
- Goiás: estabilidade (-15%)
- Mato Grosso: alta (233%)
- Mato Grosso do Sul: queda (-60%)
Região Sul
- Paraná: alta (33%)
- Rio Grande do Sul: alta (46%)
- Santa Catarina: alta (68%)
Dados do governo
O Brasil computou 299 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas, como informou o Ministério da Saúde em boletim divulgado hoje (8). Desde o início da pandemia, a doença provocou 667.647 óbitos em todo o país.
Pelos números do ministério, houve 49.614 casos confirmados de covid-19 no Brasil entre ontem e hoje, elevando o total de infectados para 31.315.777 desde março de 2020.
De acordo com o governo federal, houve 30.155.386 casos recuperados da doença até o momento, com outros 492.744 em acompanhamento.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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