Líder do PSB aciona PGR para investigar atuação do filho de Queiroga
Líder do PSB, o deputado federal Bira do Pindaré protocolou hoje na PGR (Procuradoria-Geral da República) um pedido de abertura de processo para investigar o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o filho Antônio Cristovão Neto (PL), conhecido como Queiroguinha, por suspeita de improbidade administrativa e infração à legislação eleitoral.
A representação junto ao órgão ocorre depois de o jornal O Globo ter afirmado que Queiroguinha usaria o livre acesso que tem ao gabinete do ministro para intermediar demandas de municípios da Paraíba, estado pelo qual deve tentar se eleger deputado federal.
"A reportagem informa que o filho estaria acompanhando o pai nas agendas ministeriais, a fim de promover a sua imagem, chegando a substituir o pai, como representante do Ministério da Saúde, em discurso direcionado à plateia no Estado da Paraíba", diz a ação endereçada ao procurador-geral da República, Augusto Aras, que pode oficiar a PF (Polícia Federal) para que apure as circunstâncias do caso antes de apresentar denúncia ou arquivar o caso por considerar o pedido improcedente.
O congressista cita ainda que o portal Jovem Pan noticiou que, numa reunião em que seria anunciado um repasse de R$ 5 milhões de reais, por meio de convênio com a Fundação Nacional da Saúde, estiveram presentes 10 prefeitos da Paraíba e que, na ocasião, na última hora, foram avisados que o Ministro Queiroga não estaria presente, mas que seu filho o representaria.
"A eventual intermediação de recursos públicos, tendo como contrapartida a vantagem indevida de apoio político-eleitoral, é conduta odiosa e recriminada tanto na legislação comum como na especial. Não obstante, num país como o Brasil não se pode duvidar que eventual aporte irregular de verbas tenham uma parte devolvida em caixa dois", diz o deputado.
Ao UOL, o gabinete de Marcelo Queiroga emitiu a seguinte nota: "A indicação das emendas parlamentares é de responsabilidade exclusiva do Congresso Nacional. Todas as demandas passam por rigorosa análise técnica da área responsável. Não existe interferência nos recursos liberados pelo ministério".
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