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Varíola dos macacos: Saúde confirma 11 casos da doença; veja estados

Segundo a pasta, sete pacientes estão em São Paulo, dois no Rio de Janeiro e dois no Rio Grande do Sul - iStock
Segundo a pasta, sete pacientes estão em São Paulo, dois no Rio de Janeiro e dois no Rio Grande do Sul Imagem: iStock

Do UOL, em São Paulo

22/06/2022 11h12Atualizada em 22/06/2022 13h47

O Ministério da Saúde informou hoje que até agora 11 casos da varíola dos macacos foram confirmados no país. Segundo a pasta, sete pacientes estão em São Paulo, dois no Rio de Janeiro e dois no Rio Grande do Sul.

O estado de saúde dos pacientes e as cidades onde eles se encontram não foram informados.

De acordo com o ministério, outros 10 casos suspeitos estão sendo investigados. São dois no Ceará, quatro no Rio de Janeiro, um em Santa Catarina, um no Acre e dois no Rio Grande do Sul.

A pasta também informou que está monitorando os casos e rastreando os contatos dos pacientes por meio da Sala de Situação e do CIEVS (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde).

O primeiro brasileiro com varíola dos macacos em território nacional recebeu alta hospitalar ontem. Anderson Ribeiro ficou 14 dias em isolamento no Hospital Emílio Ribas, em São Paulo.

Como acontece a contaminação

A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo/íntimo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. Esse contato pode ser, por exemplo, por abraço, beijo, massagens, relações sexuais ou secreções respiratórias próximos e por tempo prolongado.

Prevenção e sintomas

Para prevenir a infecção, a recomendação é de evitar contato próximo/íntimo com a pessoa doente até que todas as feridas tenham cicatrizado; evitar o contato com qualquer material, como roupas de cama, que tenha sido utilizado pela pessoa doente; e higienizar as mãos, lavando-as com água e sabão e/ou álcool gel.

Os primeiros sintomas podem ser febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço. De um a três dias após o início desses sintomas, as pessoas desenvolvem lesões de pele que podem estar localizadas em mãos, boca, pés, peito, rosto e ou regiões genitais.

A varíola dos macacos pode ser letal, mas o risco é baixo. Existem dois grupos distintos do vírus da doença circulando no mundo, agrupados com base em suas características genéticas: um predominantemente em países da África Central - com taxa de fatalidade de cerca de 10% - e outro circulando na África Ocidental, com taxa bem menor, de 1%.

Complicações podem ocorrer, principalmente infecções bacterianas secundárias da pele ou dos pulmões, que podem evoluir para sepse e morte ou disseminação do vírus para o sistema nervoso central, gerando um quadro de inflamação cerebral grave chamado encefalite, que pode ter sequelas sérias ou levar ao óbito.

Além disso, como toda doença viral aguda, a depender do estado imunológico do paciente e das condições e acesso à assistência médica adequada, alguns casos podem levar à morte.

Na próxima quinta-feira (23), uma reunião será feita para debater o crescente número de infecções em todo o mundo. A OMS avalia se vai declarar ou não a disseminação de casos de varíola dos macacos uma emergência de saúde global.

São mais de 2100 casos confirmados da varíola do macaco, em 42 países do mundo.