Covid: Média móvel de mortes completa uma semana acima de 200
A média móvel de mortes causadas pela covid-19 no Brasil ficou hoje em 214 e completou uma semana acima de 200. Além disso, o indicador está no 11º dia consecutivo de alta. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.
Hoje o índice variou 45% em relação a 14 dias atrás. Se o valor fica acima de 15%, como hoje, indica tendência de alta; abaixo de -15%, significa tendência de queda, e entre 15% e -15%, de estabilidade.
A média móvel é considerada por especialistas a maneira mais confiável de medir avanço ou retrocesso da pandemia, e é calculada a partir da média de mortes — ou de casos da doença — dos últimos sete dias.
As cinco regiões do país acompanham o cenário nacional de alta na média móvel de mortes: Centro-Oeste (133%), Nordeste (72%), Norte (41%), Sudeste (20%) e Sul (75%).
Quinze estados estão com a média móvel de mortes em alta, enquanto nove estados registram estabilidade e dois, queda.
Nas últimas 24 horas, houve 84 mortes causadas pela doença. Acre, Amazonas, Ceará, Mato Grosso do Sul, Piauí, Sergipe e Tocantins não registraram óbitos causados pela covid-19 nesta segunda-feira (4). Em Roraima, uma instabilidade na conexão de internet impossibilitou a divulgação das informações hoje, e os dados devem ser incluídos no boletim de amanhã.
Em Pernambuco, no Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul, uma revisão de dados levou ao registro negativo de óbitos, mas não há explicações sobre a causa. O Brasil acumula 672.101 mortes em decorrência da doença.
Hoje o país também teve 33.833 novos casos conhecidos de covid-19. Ao todo o país acumula 32.536.302 testes positivos notificados desde o início da pandemia.
Já a média móvel de casos ficou em 57.055, e chegou ao 9º dia em tendência de alta. Nesta segunda-feira o índice variou 42% em relação a 14 dias atrás.
Quatro regiões do país têm alta na média móvel de casos: Nordeste (133%), Norte (209%), Sudeste (37%) e Sul (16%). Já o Centro-Oeste registra tendência de estabilidade, de 9%.
Entre as unidades da federação, 22 apresentam alta na média móvel de casos, três têm estabilidade e apenas o Distrito Federal registra queda.
Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no DF:
Região Sudeste
- Espírito Santo: alta (165%)
- Minas Gerais: estabilidade (-15%)
- Rio de Janeiro: alta (118%)
- São Paulo: estabilidade (15%)
Região Norte
- Acre: estabilidade (0%)
- Amazonas: estabilidade (0%)
- Amapá: estabilidade (0%)
- Pará: queda (-22%)
- Rondônia: alta (86%)
- Roraima: não divulgou dados hoje
- Tocantins: estabilidade (0%)
Região Nordeste
- Alagoas: alta (367%)
- Bahia: queda (-28%)
- Ceará: alta (285%)
- Maranhão: estabilidade (0%)
- Paraíba: alta (62%)
- Pernambuco: alta (19%)
- Piauí: alta (133%)
- Rio Grande do Norte: alta (243%)
- Sergipe: alta (100%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: estabilidade (-4%)
- Goiás: alta (383%)
- Mato Grosso: alta (32%)
- Mato Grosso do Sul: alta (129%)
Região Sul
- Paraná: alta (182%)
- Rio Grande do Sul: estabilidade (-5%)
- Santa Catarina: alta (177%)
Dados do governo
O Brasil registrou 122 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas, como indica o boletim divulgado hoje (4) pelo Ministério da Saúde. Ao todo, a doença provocou 672.033 óbitos em todo o país.
Pelos números do ministério, houve 45.501 casos confirmados de covid-19 entre ontem e hoje no Brasil. Desde o início da pandemia, o total de infectados chegou a 32.535.923.
Segundo o governo federal, houve 30.967.114 casos recuperados da doença até o momento, com outros 896.776 em acompanhamento.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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