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Covid: Média móvel de mortes completa uma semana acima de 200

Brasil superou a marca de 672 mil mortes causadas pela covid-19 - Ellan Lustosa/Código19/Estadão Conteúdo
Brasil superou a marca de 672 mil mortes causadas pela covid-19 Imagem: Ellan Lustosa/Código19/Estadão Conteúdo

Mariana Durães, Hygino Vasconcellos e Ricardo Espina

Do UOL e Colaboração para o UOL, em Balneário Camboriú (SC) e em São Paulo

04/07/2022 18h11Atualizada em 04/07/2022 20h55

A média móvel de mortes causadas pela covid-19 no Brasil ficou hoje em 214 e completou uma semana acima de 200. Além disso, o indicador está no 11º dia consecutivo de alta. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.

Hoje o índice variou 45% em relação a 14 dias atrás. Se o valor fica acima de 15%, como hoje, indica tendência de alta; abaixo de -15%, significa tendência de queda, e entre 15% e -15%, de estabilidade.

A média móvel é considerada por especialistas a maneira mais confiável de medir avanço ou retrocesso da pandemia, e é calculada a partir da média de mortes — ou de casos da doença — dos últimos sete dias.

As cinco regiões do país acompanham o cenário nacional de alta na média móvel de mortes: Centro-Oeste (133%), Nordeste (72%), Norte (41%), Sudeste (20%) e Sul (75%).

Quinze estados estão com a média móvel de mortes em alta, enquanto nove estados registram estabilidade e dois, queda.

Nas últimas 24 horas, houve 84 mortes causadas pela doença. Acre, Amazonas, Ceará, Mato Grosso do Sul, Piauí, Sergipe e Tocantins não registraram óbitos causados pela covid-19 nesta segunda-feira (4). Em Roraima, uma instabilidade na conexão de internet impossibilitou a divulgação das informações hoje, e os dados devem ser incluídos no boletim de amanhã.

Em Pernambuco, no Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul, uma revisão de dados levou ao registro negativo de óbitos, mas não há explicações sobre a causa. O Brasil acumula 672.101 mortes em decorrência da doença.

Hoje o país também teve 33.833 novos casos conhecidos de covid-19. Ao todo o país acumula 32.536.302 testes positivos notificados desde o início da pandemia.

Já a média móvel de casos ficou em 57.055, e chegou ao 9º dia em tendência de alta. Nesta segunda-feira o índice variou 42% em relação a 14 dias atrás.

Quatro regiões do país têm alta na média móvel de casos: Nordeste (133%), Norte (209%), Sudeste (37%) e Sul (16%). Já o Centro-Oeste registra tendência de estabilidade, de 9%.

Entre as unidades da federação, 22 apresentam alta na média móvel de casos, três têm estabilidade e apenas o Distrito Federal registra queda.

Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no DF:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: alta (165%)
  • Minas Gerais: estabilidade (-15%)
  • Rio de Janeiro: alta (118%)
  • São Paulo: estabilidade (15%)

Região Norte

  • Acre: estabilidade (0%)
  • Amazonas: estabilidade (0%)
  • Amapá: estabilidade (0%)
  • Pará: queda (-22%)
  • Rondônia: alta (86%)
  • Roraima: não divulgou dados hoje
  • Tocantins: estabilidade (0%)

Região Nordeste

  • Alagoas: alta (367%)
  • Bahia: queda (-28%)
  • Ceará: alta (285%)
  • Maranhão: estabilidade (0%)
  • Paraíba: alta (62%)
  • Pernambuco: alta (19%)
  • Piauí: alta (133%)
  • Rio Grande do Norte: alta (243%)
  • Sergipe: alta (100%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: estabilidade (-4%)
  • Goiás: alta (383%)
  • Mato Grosso: alta (32%)
  • Mato Grosso do Sul: alta (129%)

Região Sul

  • Paraná: alta (182%)
  • Rio Grande do Sul: estabilidade (-5%)
  • Santa Catarina: alta (177%)

Dados do governo

O Brasil registrou 122 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas, como indica o boletim divulgado hoje (4) pelo Ministério da Saúde. Ao todo, a doença provocou 672.033 óbitos em todo o país.

Pelos números do ministério, houve 45.501 casos confirmados de covid-19 entre ontem e hoje no Brasil. Desde o início da pandemia, o total de infectados chegou a 32.535.923.

Segundo o governo federal, houve 30.967.114 casos recuperados da doença até o momento, com outros 896.776 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.