Cidade de SP começa a vacinar hoje crianças acima de 3 anos contra covid
A cidade de São Paulo começa hoje a vacinar contra covid-19 crianças de 3 e 4 que tenham comorbidades, deficiências ou que sejam indígenas. O público estimado é de cerca de 15 mil crianças.
A vacinação não começará para o público geral dessa faixa etária porque São Paulo não tem doses suficientes da Coronavac. Na capital paulista, ao todo, há mais de 313 mil crianças entre 3 e 4 anos, sendo 155 mil com 3 anos e 158 mil com 4 anos.
As vacinas são enviadas aos estados pelo Ministério da Saúde —e, depois, encaminhadas aos municípios. Procurado, o governo federal informou que recomenda que sejam utilizados os estoques existentes nos estados e municípios e segue em tratativas para comprar novas doses da Coronavac, que é a vacina recomendada para essa faixa etária.
Como levar seu filho para tomar a vacina
Para que a criança receba a vacina, os responsáveis deverão apresentar documento de identificação do menor. Para demonstrar as condições de saúde, é necessário apresentar comprovante de condição de risco, como receitas ou relatórios, desde que haja identificação do paciente, CRM com carimbo do médico e que tenha sido emitido há, no máximo, dois anos.
A secretaria da saúde também informou que a partir de amanhã crianças de 3 e 4 anos sem comorbidades ou deficiência poderão ser inscritas nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) para a xepa, ou seja, para receberem o imunizante caso haja sobras. A inscrição pode ser feita em unidade próxima à residência ou escola.
Estado de São Paulo não tem doses suficientes para iniciar vacinação
Ontem, o governador paulista, Rodrigo Garcia (PSDB), afirmou que não há estoque suficiente da vacina Coronavac para iniciar a imunização geral de crianças acima de 3 anos no estado.
"Os estoques nas prefeituras não dão para todos aqueles que têm direito à vacinação, só aqui em São Paulo há 1,1 milhão de crianças no estado inteiro que têm direito, e não temos ela em estoque", disse.
Garcia afirmou que o Instituto Butantan, fornecedor da Coronavac para todo o Brasil, aguarda que o Ministério da Saúde inclua a vacina para essa faixa etária no PNI (Plano Nacional de Imunização) para iniciar a produção.
O Butantan suspendeu a produção da Coronavac no mês passado, já que não recebeu propostas do Ministério da Saúde para comprar mais doses. A vacina, que foi a primeira a ser aplicada no país, ainda não tem registro definitivo na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Daniel Pereira, prevê que a entrega desses imunizantes seja feita em até 30 dias, tempo para ver quantas doses serão necessárias.
Na semana passada, a pasta liberou a imunização de crianças de 3 a 5 anos com a CoronaVac após a Anvisa aprovar, por unanimidade, o uso emergencial do imunizante para essa faixa etária. Até então, a aplicação era autorizada apenas em crianças a partir de 6 anos no país.
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