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Covid: Média de casos fica em 11 mil, no maior patamar em mais de 2 meses

Brasil está perto de chegar à marca de 689 mil mortes causadas pela covid-19 - Bruno Kelly/Reuters
Brasil está perto de chegar à marca de 689 mil mortes causadas pela covid-19 Imagem: Bruno Kelly/Reuters
Beatriz Gomes, Ricardo Espina e Hygino Vasconcellos

Do UOL, em São Paulo, e colaboração para o UOL, em São Paulo e em Balneário Camboriú (SC)

17/11/2022 18h31Atualizada em 17/11/2022 20h21

Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou 29.102 novos casos de covid-19. A média móvel de casos ficou em 11.525, o maior patamar em mais de dois meses, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.

Ao todo, são 35.009.176 testes positivos notificados desde março de 2020.

A média móvel é calculada a partir da quantidade de ocorrências dos últimos sete dias. O indicador é considerado por especialistas como a forma mais eficaz de medir a evolução da doença.

Em alta há uma semana, a média de casos apresenta variação de 211% em relação há 14 dias.

Todas as regiões acompanham a tendência nacional de alta na média móvel de casos: Centro-Oeste (202%), Nordeste (168%), Norte (200%), Sudeste (244%) e Sul (98%).

O país ainda teve 75 novas mortes em decorrência da covid-19 nas últimas 24 horas. Com isso, a média móvel de mortes ficou em 32 e voltou a registrar estabilidade após 15 dias em queda. O indicador registrou variação de -10%.

Duas regiões acompanham a tendência nacional de estabilidade na média móvel de mortes: Sudeste (8%) e Sul (9%). Já outras duas apresentam queda: Centro-Oeste (-53%) e Nordeste (-72%). Por outro lado, o Norte tem alta de -72%.

Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Maranhão, e Roraima não registraram mortes nesta quinta-feira (17). O Acre só divulga o boletim com informações de casos e mortes às sextas-feiras, enquanto o Piauí só repassa dados às terças-feiras.

Desde o início da pandemia, foram 688.886 causadas pela doença.

Mato Grosso do Sul não registrou nenhuma morte ou caso hoje.

Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no Distrito Federal

Região Sudeste

  • Espírito Santo: queda (-50%)
  • Minas Gerais: queda (-25%)
  • Rio de Janeiro: alta (43%)
  • São Paulo: estabilidade (9%)

Região Norte

  • Acre: não atualizou os dados hoje
  • Amazonas: alta (300%)
  • Amapá: estabilidade (0%)
  • Pará: alta (100%)
  • Rondônia: estabilidade (0%)
  • Roraima: estabilidade (0%)
  • Tocantins: estabilidade (0%)

Região Nordeste

  • Alagoas: estabilidade (0%)
  • Bahia: queda (-63%)
  • Ceará: queda (-100%)
  • Maranhão: queda (-100%)
  • Paraíba: estabilidade (0%)
  • Pernambuco: alta (22%)
  • Piauí: não divulgou dados hoje
  • Rio Grande do Norte: estabilidade (0%)
  • Sergipe: estabilidade (0%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: queda (-100%)
  • Goiás: queda (-86%)
  • Mato Grosso: alta (300%)
  • Mato Grosso do Sul: não atualizou os dados hoje

Região Sul

  • Paraná: queda (-100%)
  • Rio Grande do Sul: alta (25%)
  • Santa Catarina: alta (267%)

Dados do governo

O Brasil contabilizou 71 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas, como mostra o boletim divulgado hoje (17) pelo Ministério da Saúde. Desde o início da pandemia, a doença causou 688.835 óbitos em todo o país.

Pelos números da pasta, houve 32.970 diagnósticos positivos para a covid-19 no Brasil entre ontem e hoje, o que fez o total de infectados chegar a 34.971.043 desde março de 2020.

Segundo o governo federal, houve 34.162.530 casos recuperados da doença até agora, com outros 119.678 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.