China registra nova morte por gripe aviária; ONU expressa preocupação
Mais uma pessoa morreu nesta quinta-feira (11) na China em decorrência de um novo tipo de gripe aviária, disse a imprensa estatal. A cepa viral H7N9 já causou dez mortes, e uma agência da ONU manifestou a preocupação de que o vírus se espalhe para outros países em aves.
A nova vítima, segundo a agência de notícias Xinhua, vivia em Xangai, onde ocorreram vários dos outros 38 casos registrados até agora. O vírus por enquanto se restringe ao leste da China.
A fonte exata da infecção continua desconhecida, mas amostras apontaram resultados positivos em algumas aves comercializadas em mercados avícolas, os quais continuam sendo o foco das investigações do governo chinês e da Organização de Alimentação e Agricultura (FAO, um órgão da ONU).
Falando em Bangcoc, um funcionário da FAO disse estar preocupado com a difusão do vírus para fora da China.
"Esta região em particular (o Sudeste Asiático) está ligada por terra (à China), então há a possibilidade de que se, inadvertidamente ou advertidamente, alguém levar aves contaminadas através das fronteiras, podemos antever a difusão do vírus", afirmou Subhash Morzaria, gerente regional do Centro Emergencial para Zoonoses Transfronteiriças, um departamento da FAO.
"Estamos proativamente iniciando programas de vigilância em países vizinhos como Mianmar, Laos e Vietnã, que fazem fronteira com a China e estão particularmente sob risco, e estamos tentando entender como o movimento de aves tem ocorrida, para que possamos identificar com maior precisão onde o risco estará", disse Morzaria.
O novo vírus causa sintomas graves na maioria dos humanos, e há temores de que ele provoque uma pandemia caso adquira a capacidade de passar de uma pessoa para outra -algo que, até agora, aparentemente não ocorreu.
O novo vírus tem causado grande preocupação entre os chineses. Autoridades do país já prenderam 12 pessoas acusadas de espalharem boatos sobre a difusão da doença.
A empresa Yum Brands, principal operadora estrangeira de fast-food na China, disse que o surto deve ter um "impacto negativo significativo" sobre as vendas da rede KFC no país em abril.
(Reportagem de Ben Blanchard em Pequim e Amy Lefevre em Bagcoc)
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