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Teich exonera servidores e muda equipe do Ministério da Saúde em meio à epidemia

Ueslei Marcelino
Imagem: Ueslei Marcelino

Por Lisandra Paraguassu

07/05/2020 12h23

O ministro da Saúde, Nelson Teich, exonerou nesta quinta-feira 13 servidores do ministério contratados na gestão anterior, dando sequência a mudanças iniciadas nesta semana com a demissão de outros cinco nomes, em meio ao avanço da epidemia de Covid-19 pelo país.

Entre os demitidos nesta quinta estão diretores de departamento e programas da Secretaria de Vigilância em Saúde, como o coordenador-geral de emergências e Saúde Pública, Rodrigo Lins Frutuoso. As exonerações foram publicadas no Diário Oficial da União, sem indicar os substitutos ainda.

Na segunda-feira, Teich exonerou o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Denizar Vianna; o deputado José Carlos Aleluia, assessor especial do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, e outros servidores do gabinete.

Vianna, no entanto, deve permanecer no ministério como assessor de Teich, conforme anunciado anteriormente pelo ministro — apesar de ainda não ter sido nomeado oficialmente.

Parte do ministério está sendo ocupado por militares. Além do secretário-executivo, general Eduardo Pazuello, na quarta-feira outros quatro militares do Exército foram designados para ocupar cargos ligados à secretaria.

Entre eles, o tenente-coronel Marcelo Blanco Duarte, que será assessor de Logística, e o tenente-coronel Paulo Guilherme Ribeiro Fernandes, coordenador-geral de Planejamento.

Dos cargos de segundo escalão, saíram até agora apenas João Gabbardo, secretário-executivo de Mandetta, substituído por Pazuello, e Denizar Vianna. O professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro Antonio Carlos Campos de Carvalho foi nomeado para o posto de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.

O secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira —principal nome no combate à epidemia de coronavírus— continua no cargo, apesar de ter avisado anteriormente que sairia. Wanderson afirmou nesta semana que Teich decidiu mantê-lo no cargo, em meio a especulações sobre uma possível substituição por decisão política do presidente Jair Bolsonaro.