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Vacinas para 2ª dose da CoronaVac serão enviadas no início de maio, diz ministério

Mais de 1,5 milhão de pessoas deixaram de tomar a segunda dose das vacinas contra a covid-19 no Brasil, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde - IGOR DO VALE/ESTADÃO CONTEÚDO
Mais de 1,5 milhão de pessoas deixaram de tomar a segunda dose das vacinas contra a covid-19 no Brasil, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde Imagem: IGOR DO VALE/ESTADÃO CONTEÚDO

Ricardo Brito

27/04/2021 18h23

BRASÍLIA (Reuters) - O Ministério da Saúde prometeu nesta terça-feira enviar na próxima semana aos Estados as vacinas para a aplicação da segunda dose da CoronaVac que estão pendentes para três grupos prioritários, depois que uma escassez de imunizantes causou dificuldades para a campanha de vacinação.

Segundo o ministério, falta enviar vacinas para cerca de 416 mil pessoas tomarem a segunda dose da CoronaVac. Essas pessoas estão distribuídas da seguinte forma: 3% dos trabalhadores da saúde, 6,2% das forças de segurança, salvamento e Forças Armadas e 1,9% dos idosos entre 60 e 64 anos.

Estados e municípios têm se queixado de não estarem recebendo vacinas suficientes para garantir a aplicação da segunda dose. Na véspera, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, reconheceu uma dificuldade na aplicação da dose de reforço da CoronaVac em razão do atraso na chegada de insumos da vacina vindos da China, o que afirmou estar causando preocupação.

Inicialmente, o ministério enviava as vacinas com uma recomendação para que os gestores locais guardassem a segunda dose, mas desde março a pasta passou a orientar que todas as vacinas recebidas fossem aplicadas de imediato como primeira dose, com a promessa de envios posteriores para a segunda — o que tem sido prejudicado pelo atraso nos insumos.

Mais de 1,5 milhão de pessoas deixaram de tomar a segunda dose das vacinas contra a covid-19 no Brasil, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde. Segundo especialistas, o sucesso da campanha de vacinação pode até ser colocado em risco se mais pessoas continuarem a não comparecer para tomar a segunda dose.

O Instituto Butantan, responsável por produzir a CoronaVac no Brasil, foi obrigado a interromper o envase do imunizante por falta de insumos neste mês e adiou uma entrega de 5 milhões de doses. Uma nova carga de insumos chegou da China na semana passada e o Butantan disse que fará a próxima entrega ao Ministério da Saúde no início de maio.

Segundo nota do ministério, a segunda dose deve ser tomada mesmo fora do prazo.