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Mais de 100 detentas são recapturadas após fuga durante terremoto no Chile

02/04/2014 13h18

Mais de uma centena de detentas foram recapturadas após terem fugido da prisão feminina da cidade de Iquique durante o terremoto de terça-feira (1º) no norte do Chile, informaram as autoridades nesta quarta-feira (2).

“Cerca de 110 detentas retornaram para a prisão”, disse Juan Carlos Huilcaman, comandante da polícia militar de Iquique, à imprensa local.

Aproximadamente 300 internas fugiram da prisão, aproveitando a queda de um de seus muros provocada pelo forte terremoto de magnitude 8,2 na escala Richter ocorrido terça-feira (1º) à noite.

O governo chileno lançou uma operação para recapturá-las. Equipes da polícia civil, militar e prisional participaram da operação de busca às detentas.

A polícia também realizou tarefas de prevenção de incidentes contra possíveis ataques a lojas e supermercados, segundo Huilcaman.

“Temos um saldo positivo em termos gerais, porque não tivemos grandes incidentes em relação a saques. Iquique retorna timidamente à normalidade”, disse o chefe de polícia.

O terremoto, que foi seguido por um tsunami, causou a morte de seis pessoas (cinco homens e uma mulher) nas cidades de Iquique e Alto Hospicio, enquanto 900 mil precisaram deixar suas casas no Chile. Mais terremotos com magnitude superior a 8 são esperados, segundo o governo chileno.

Na manhã desta quarta-feira (2), o governo chileno informou que mais de 200 mil pessoas já retornaram às suas residências. Hospitais, aeroportos e o fornecimento de energia elétrica já estão funcionando parcialmente nas regiões afetadas.

Apesar da recaptura das detentas,as forças de segurança da região norte do país estão em alerta.

A presidente Michelle Bachelet está em Iquique para liderar os esforços de socorro nas regiões de Arica e Iquique, a mais afetada pelo terremoto. Ela decretou situação de catástrofe na região afetada pelo terremoto.

O terremoto foi registrado às 20h46 (19h46 de Brasília) e teve seu epicentro no mar, a 85 km ao sudoeste de Cuya, próximo à cidade de Iquique, onde foram registradas ao menos duas ondas com mais de dois metros e o aeroporto foi fechado. Pelo menos seis pessoas morreram.

O tremor também afetou as regiões chilenas de Arica e Antofagasta, fazendo soar as sirenes de alerta em diversas cidades do litoral norte.

O sismo pode ser sentido no Peru e na Bolívia, onde prédios chegaram a balançar por alguns segundos. 

Terremotos na costa do Chile são frequentes