Coalizão intensifica bombardeios contra EI no Iraque e na Síria
Beirute, 27 Mai 2016 (AFP) - A coalizão internacional intensificou nesta sexta-feira suas ações contra o grupo extremista Estado Islâmico em Fallujah, reduto do EI no Iraque, e na província de Raqa, no norte da Síria.
A organização extremista está na defensiva no Iraque, onde as forças do governo, apoiadas por milícias locais e a aviação da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, lançaram uma operação para recuperar Fallujah, que se tornou um reduto do EI em 2014.
Ali, 70 combatentes do EI, inclusive Maher Al-Bilawi, líder da organização radical na cidade iraquiana situada 50 km a oeste de Bagdá, morreram em ataques aéreos e de artilharia da coalizão, informou nesta sexta-feira, na capital iraquiana, o coronel americano Steve Warren, porta-voz militar da coalizão.
"Conseguimos matar mais de 70 combatentes inimigos, incluindo Maher Al-Bilawi, o comandante das forças do ISIL (EI) em Fallujah", disse Warren.
"Isto, certamente, não deterá totalmente o inimigo, mas foi um duro golpe, cria confusão e obriga o vice-comandante a subir, mudando a liderança".
O coronel Warren disse que nos últimos quatro dias 20 ataques na cidade sitiada destruíram posições de combatentes do EI e plataformas para o disparo de armas.
As forças governamentais mantêm sua ofensiva e atingiram, a partir de três eixos, três pontos que levam a Fallujah, segundo o chefe das operações Abdelwahab Al Saadi.
Segundo ele, os soldados enfrentam "uma resistência do EI nos subúrbios e ocorreram confrontos", disse.
Entre 500 e mil combatentes do EI estão em Fallujah, e cerca de 50 mil civis estão presos dentro da cidade, vivendo em condições dramáticas, segundo a ONU. Os extremistas tentam matar aqueles que se arriscam a fugir.
Centenas de pessoas fugiram nesta sexta-feira de Fallujah, em meio aos combates, e a situação dos civis preocupa a comunidade internacional.
O Conselho de Segurança da ONU discutirá nesta sexta a catástrofe humanitária na Síria, onde mais de 280.000 pessoas morreram e milhões precisaram deixar suas casas desde 2011.
Em apoio à ofensiva lançada na terça-feira no norte da província de Raqa (norte) pelas Forças Democráticas Síria (FDS), as aeronaves da coalizão, principalmente americanas, intensificaram seus ataques a posições extremistas.
"Houve uma intensificação dos ataques", indicou o diretor do Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahman, falando de 150 bombardeios no total.
Os ataques tiveram como alvo as posições do EI ao redor de Tal Abyad e Ain Issa, as únicas duas cidades da província de Raqa fora do controle dos jihadistas e que são controladas pelas forças curdas.
No terreno, bombardeios e combates deixaram até o momento 31 combatentes do EI mortos, afirmou Rahman. O número de baixas do lado da coalizão é desconhecido até o momento.
US$ 400 para sair de RaqaEm Raqa, considerada a capital de facto do EI na Síria, onde vivem cerca de 300.000 pessoas, o EI utiliza os civis como "escudos humanos", segundo as FDS.
"O EI não emite licenças para deixar a cidade, nem mesmo para os doentes ou que precisam ser tratados em outros lugares", disse Abdel Rahman.
Algumas famílias, no entanto, conseguiram escapar e chegar à província de Idleb, mais a oeste.
Segundo Abu Mohammed, um dos fundadores do grupo militante "Raqa is Being Slaughtered Silently", as pessoas pagam 400 dólares por pessoa a traficantes para tentar sair da cidade.
"Não há ninguém que se aventure nas ruas", disse outro ativista, Hamud al-Mussa. "As pessoas têm medo de um ataque da aviação, seja da coalizão, da Rússia ou do regime sírio", todos envolvidos no conflito.
'Hipocrisia'As FDS também são apoiadas no terreno por membros das forças especiais americanas, que desempenham um papel "de apoio e aconselhamento", segundo o Pentágono.
Membros das forças especiais americanas foram vistos na quarta-feira com combatentes curdos na cidade de Fatsa, uma cidade no norte de Raqa, recuperada das mãos dos extremistas.
Neste contexto, o ministro turco das Relações Exteriores, Mevlüt Cavusoglu, denunciou energicamente nesta sexta-feira a hipocrisia dos Estados Unidos em apoiar a milícia curda no norte da Síria.
Ancara criticou, ainda, a presença de soldados americanos, alguns exibindo a insígnia das Unidades de Proteção do Povo (YPG), uma milícia curda, considerada "terrorista" pelo governo turco.
"Não está autorizado e é inapropriado exibir a insígnia das YPG, e tomamos medidas corretivas" a esse respeito, disse a jornalistas do Pentágono o porta-voz militar da coalizão.
Em Aleppo, pelo menos quatro civis, entre eles uma criança, morreram em ataques do regime com barris explosivos, segundo a defesa civil.
Os ataques aéreos também mataram 11 pessoas em uma padaria de Hreitan e quatro pessoas em Kfar Hamra, na mesma província, informaram socorristas.
A organização extremista está na defensiva no Iraque, onde as forças do governo, apoiadas por milícias locais e a aviação da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, lançaram uma operação para recuperar Fallujah, que se tornou um reduto do EI em 2014.
Ali, 70 combatentes do EI, inclusive Maher Al-Bilawi, líder da organização radical na cidade iraquiana situada 50 km a oeste de Bagdá, morreram em ataques aéreos e de artilharia da coalizão, informou nesta sexta-feira, na capital iraquiana, o coronel americano Steve Warren, porta-voz militar da coalizão.
"Conseguimos matar mais de 70 combatentes inimigos, incluindo Maher Al-Bilawi, o comandante das forças do ISIL (EI) em Fallujah", disse Warren.
"Isto, certamente, não deterá totalmente o inimigo, mas foi um duro golpe, cria confusão e obriga o vice-comandante a subir, mudando a liderança".
O coronel Warren disse que nos últimos quatro dias 20 ataques na cidade sitiada destruíram posições de combatentes do EI e plataformas para o disparo de armas.
As forças governamentais mantêm sua ofensiva e atingiram, a partir de três eixos, três pontos que levam a Fallujah, segundo o chefe das operações Abdelwahab Al Saadi.
Segundo ele, os soldados enfrentam "uma resistência do EI nos subúrbios e ocorreram confrontos", disse.
Entre 500 e mil combatentes do EI estão em Fallujah, e cerca de 50 mil civis estão presos dentro da cidade, vivendo em condições dramáticas, segundo a ONU. Os extremistas tentam matar aqueles que se arriscam a fugir.
Centenas de pessoas fugiram nesta sexta-feira de Fallujah, em meio aos combates, e a situação dos civis preocupa a comunidade internacional.
O Conselho de Segurança da ONU discutirá nesta sexta a catástrofe humanitária na Síria, onde mais de 280.000 pessoas morreram e milhões precisaram deixar suas casas desde 2011.
Em apoio à ofensiva lançada na terça-feira no norte da província de Raqa (norte) pelas Forças Democráticas Síria (FDS), as aeronaves da coalizão, principalmente americanas, intensificaram seus ataques a posições extremistas.
"Houve uma intensificação dos ataques", indicou o diretor do Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahman, falando de 150 bombardeios no total.
Os ataques tiveram como alvo as posições do EI ao redor de Tal Abyad e Ain Issa, as únicas duas cidades da província de Raqa fora do controle dos jihadistas e que são controladas pelas forças curdas.
No terreno, bombardeios e combates deixaram até o momento 31 combatentes do EI mortos, afirmou Rahman. O número de baixas do lado da coalizão é desconhecido até o momento.
US$ 400 para sair de RaqaEm Raqa, considerada a capital de facto do EI na Síria, onde vivem cerca de 300.000 pessoas, o EI utiliza os civis como "escudos humanos", segundo as FDS.
"O EI não emite licenças para deixar a cidade, nem mesmo para os doentes ou que precisam ser tratados em outros lugares", disse Abdel Rahman.
Algumas famílias, no entanto, conseguiram escapar e chegar à província de Idleb, mais a oeste.
Segundo Abu Mohammed, um dos fundadores do grupo militante "Raqa is Being Slaughtered Silently", as pessoas pagam 400 dólares por pessoa a traficantes para tentar sair da cidade.
"Não há ninguém que se aventure nas ruas", disse outro ativista, Hamud al-Mussa. "As pessoas têm medo de um ataque da aviação, seja da coalizão, da Rússia ou do regime sírio", todos envolvidos no conflito.
'Hipocrisia'As FDS também são apoiadas no terreno por membros das forças especiais americanas, que desempenham um papel "de apoio e aconselhamento", segundo o Pentágono.
Membros das forças especiais americanas foram vistos na quarta-feira com combatentes curdos na cidade de Fatsa, uma cidade no norte de Raqa, recuperada das mãos dos extremistas.
Neste contexto, o ministro turco das Relações Exteriores, Mevlüt Cavusoglu, denunciou energicamente nesta sexta-feira a hipocrisia dos Estados Unidos em apoiar a milícia curda no norte da Síria.
Ancara criticou, ainda, a presença de soldados americanos, alguns exibindo a insígnia das Unidades de Proteção do Povo (YPG), uma milícia curda, considerada "terrorista" pelo governo turco.
"Não está autorizado e é inapropriado exibir a insígnia das YPG, e tomamos medidas corretivas" a esse respeito, disse a jornalistas do Pentágono o porta-voz militar da coalizão.
Em Aleppo, pelo menos quatro civis, entre eles uma criança, morreram em ataques do regime com barris explosivos, segundo a defesa civil.
Os ataques aéreos também mataram 11 pessoas em uma padaria de Hreitan e quatro pessoas em Kfar Hamra, na mesma província, informaram socorristas.
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