Polícia usa gás lacrimogêneo contra professores no México; há 3 mortos
Pelo menos três pessoas morreram, e 46 ficaram feridas neste domingo (19), no Estado mexicano de Oaxaca (sul do país), em confrontos entre policiais e professores, os quais bloqueavam estradas em um protesto pela reforma na educação e contra a detenção de lideranças da categoria.
No povoado de Asunción Nochixtlán, policiais federais e estaduais lançaram gás lacrimogêneo em professores da CNTE (Coordenadoria Nacional de Trabalhadores da Educação). Há uma semana, o sindicato organiza bloqueios de estradas, junto com centenas de simpatizantes --entre eles, estudantes e pais de família.
"Há três mortos e 46 feridos", disse à AFP o secretário de Saúde do Estado de Oaxaca, Héctor González.
Vários disparos foram ouvidos durante a caótica cena. Um relatório de paramédicos enviados para o local confirmou a morte a tiros de dois jovens de 23 e de 28 anos.
Já a CNS (Comissão Nacional de Segurança) garantiu que seus agentes "não se encontram armados".
"Tem-se conhecimento de que as detonações por arma de fogo registradas provêm de pessoas desconhecidas e alheias aos bloqueios, que fazem disparos contra a população e contra as autoridades para promover confrontos", alegou a CNS em um comunicado.
Segundo a CNS, até agora, há 21 policiais federais e estaduais feridos, vários deles por arma de fogo.
Um oficial de Guarda da Corporação Municipal informou à AFP que "um grupo de pessoas com o rosto coberto lançou garrafas com gasolina dentro do Palácio Municipal, deflagrando um incêndio que afetou parte do imóvel".
Um agente da Polícia Municipal informou que o incidente deixou mais de 30 detidos.
Confrontos de menor intensidade foram registrados em outras localidades com bloqueios montados por professores, como Hacienda Blanca e Juchitán de Zaragoza.
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