Brexit lidera e provoca pânico nos mercados
Londres, 24 Jun 2016 (AFP) - O Reino Unido se aproximava nesta sexta-feira da saída da União Europeia, com 51,69% dos votos favoráveis ao Brexit, após a apuração em 200 dos 382 distritos eleitorais do referendo realizado na véspera, o que está provocando pânico nos mercados.
O líder do Brexit Nigel Farage se declarou confiante na saída da UE diante da tendência da apuração: "agora me atrevo a sonhar com um Reino Unido independente".
Em Newcastle, primeira cidade a divulgar resultados, a permanência na UE venceu por pequena margem, mas muito inferior às previsões favoráveis à permanência na UE, com 50,7% contra 49,3%.
Já em Sunderland, outra cidade do norte da Inglaterra, a saída do grupo europeu ganhou com ampla vantagem, por 61,34%, contra 38,66%.
Escócia e as grandes cidades votaram pela permanência na UE, inclusive superando as previsões, mas regiões inteiras do centro e do sul da Inglaterra, e o País de Gales, apoiaram em massa pela saída do Bloco.
Londres, Glasgow, Aberdeen e Liverpool votaram a favor da UE, mas cidades de tradição operária e portos pesqueiros deram um rotundo 'não' à permanência na UE.
A tendência da apuração derrubou a libra esterlina, que era cotada a 1,5 dólar no fechamento das urnas e caiu para 1,34 dólar no final da manhã desta sexta-feira nos mercados asiáticos, o menor valor desde 1985.
Os mercados asiáticos foram dominados pela instabilidade, com a Bolsa de Tóquio abrindo em alta de 0,59%, mas revertendo a tendência para cair 5% com os primeiros resultados oficiais.
As casas de apostas britânicas mudaram sua tendência na madrugada de sexta-feira e passaram a antecipar a vitória do Brexit.
Após o fechamento das urnas, às 21h00 GMT (18h00 Brasília), as casas de apostas de Londres apontavam (90%) a vitória da permanência do Reino Unido na União Europeia, mas algumas horas depois a tendência era de 60% a favor da saída do Bloco.
Após dois meses de uma campanha dura e tensa, que teve como momento mais dramático o assassinato da deputada trabalhista e pró-UE Jo Cox, 46,5 milhões de eleitores responderam a seguinte pergunta: "O Reino Unido deve permanecer como membro da União Europeia, ou abandonar a União Europeia"?
Os locais de votação abriram as portas às 7h (3h de Brasília) e fecharam às 22h (18h de Brasília), ao que se seguiu o início da contagem de votos.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, que convocou o referendo e joga seu futuro político na consulta, votou no centro de Londres bem cedo e não fez declarações.
Nunca um grande país abandonou a UE desde o nascimento do projeto europeu nos anos 1950, quando as nações ainda viviam sob os escombros da Segunda Guerra Mundial, e metade do continente era governado por ditaduras. Atualmente, a UE engloba 28 países democráticos.
O Reino Unido entrou para o bloco em 1973 e, dois anos depois, organizou um referendo para calar os eurocéticos, com vitória da permanência. A votação desta quinta-feira dificilmente encerrará esse debate.
"Estamos em território desconhecido", afirmou o professor Chris Bickerton, da Universidade de Cambridge e autor de "The European Union: A Citizen's Guide".
"A saída seria um golpe muito duro para UE. Há muito tempo a moral não estava tão baixa em Bruxelas", completou.
O líder do Brexit Nigel Farage se declarou confiante na saída da UE diante da tendência da apuração: "agora me atrevo a sonhar com um Reino Unido independente".
Em Newcastle, primeira cidade a divulgar resultados, a permanência na UE venceu por pequena margem, mas muito inferior às previsões favoráveis à permanência na UE, com 50,7% contra 49,3%.
Já em Sunderland, outra cidade do norte da Inglaterra, a saída do grupo europeu ganhou com ampla vantagem, por 61,34%, contra 38,66%.
Escócia e as grandes cidades votaram pela permanência na UE, inclusive superando as previsões, mas regiões inteiras do centro e do sul da Inglaterra, e o País de Gales, apoiaram em massa pela saída do Bloco.
Londres, Glasgow, Aberdeen e Liverpool votaram a favor da UE, mas cidades de tradição operária e portos pesqueiros deram um rotundo 'não' à permanência na UE.
A tendência da apuração derrubou a libra esterlina, que era cotada a 1,5 dólar no fechamento das urnas e caiu para 1,34 dólar no final da manhã desta sexta-feira nos mercados asiáticos, o menor valor desde 1985.
Os mercados asiáticos foram dominados pela instabilidade, com a Bolsa de Tóquio abrindo em alta de 0,59%, mas revertendo a tendência para cair 5% com os primeiros resultados oficiais.
As casas de apostas britânicas mudaram sua tendência na madrugada de sexta-feira e passaram a antecipar a vitória do Brexit.
Após o fechamento das urnas, às 21h00 GMT (18h00 Brasília), as casas de apostas de Londres apontavam (90%) a vitória da permanência do Reino Unido na União Europeia, mas algumas horas depois a tendência era de 60% a favor da saída do Bloco.
Após dois meses de uma campanha dura e tensa, que teve como momento mais dramático o assassinato da deputada trabalhista e pró-UE Jo Cox, 46,5 milhões de eleitores responderam a seguinte pergunta: "O Reino Unido deve permanecer como membro da União Europeia, ou abandonar a União Europeia"?
Os locais de votação abriram as portas às 7h (3h de Brasília) e fecharam às 22h (18h de Brasília), ao que se seguiu o início da contagem de votos.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, que convocou o referendo e joga seu futuro político na consulta, votou no centro de Londres bem cedo e não fez declarações.
Nunca um grande país abandonou a UE desde o nascimento do projeto europeu nos anos 1950, quando as nações ainda viviam sob os escombros da Segunda Guerra Mundial, e metade do continente era governado por ditaduras. Atualmente, a UE engloba 28 países democráticos.
O Reino Unido entrou para o bloco em 1973 e, dois anos depois, organizou um referendo para calar os eurocéticos, com vitória da permanência. A votação desta quinta-feira dificilmente encerrará esse debate.
"Estamos em território desconhecido", afirmou o professor Chris Bickerton, da Universidade de Cambridge e autor de "The European Union: A Citizen's Guide".
"A saída seria um golpe muito duro para UE. Há muito tempo a moral não estava tão baixa em Bruxelas", completou.
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