Durante o Ramadã, os iranianos rezam pela paz
Teerã, 28 Jun 2016 (AFP) - Milhares de iranianos se reúnem nas mesquitas esta semana, em um dos momentos mais sagrados do ano, para rezar pelo perdão e pedir ajuda a Alá para pacificar uma região desestabilizada pelas guerras.
A 'Laylat al Gadr' ("Noite do Destino") marca o momento em que Alá transmite os versos ao profeta Maomé que se transformarão depois no livro sagrado do islã, o Alcorão.
Os muçulmanos acreditam que durante a noite de Gadr as portas do paraíso estão abertas e aumentam as possibilidades de ser ouvidos. De acordo com o Alcorão, a noite de Gadr vale mais que 1.000 meses para obter uma ação positiva.
Os fiéis xiitas recitam uma longa oração de quase duas horas, que contém 1.000 nomes e atributos de Deus. Depois eles posicionam o Alcorão em cima da cabeça e repete o nome de Deus, do Profeta e de seus sucessores.
Os fiéis rezam tradicionalmente por saúde e uma vida melhor, mas este ano também pedem a paz para a região, abalada por conflitos.
"Viemos rezar para todos os combatentes do islã. Se Deus quiser, o Daesh (acrônimo em árabe do grupo Estado Islâmico) desaparecerá", afirma Isa Eftejari, de 53 anos.
O grupo extremista sunita não atua diretamente no Irã, mas Teerã ajuda o governo iraquiano e o regime sírio a recuperar os territórios controlados pelo EI nos dois países.
Isa Eftejari é um dos milhares de fiéis a rezar na mesquita de Tajrish, zona norte de Teerã, em um ambiente festivo.
O 'Laylat al Gadr' reúne pessoas de todas as classes sociais: jovens garotas de jeans e cabelos escondidos em lenços ficam ao lado de mulheres vestidas com o tradicional xador.
Em família ou com amigos, as pessoas sentam no pátio da mesquita para comer e beber chá, enquanto as crianças dormem nos braços dos pais e os alto-falantes tocam versos do Alcorão.
"Rezo por todos os enfermos e para que todo o mundo fique são e salvo. Espero que meu país seja grande e nobre", afirma Asal, uma adolescente de 13 anos, que participa com os pais na cerimônia.
Lutar contra o fanatismoMohamad Peikari, que dirige uma escola religiosa, afirma rezar para que o fanatismo desapareça da região.
"Rezamos para todo o mundo, mas o desejo mais importante é que as pessoas se afastem do fanatismo", declarou à AFP.
"O que é muito importante para os muçulmanos xiitas durante estas noites é adquirir conhecimentos. Afirmamos que os ignorantes e os obcecados não são aceitos por Deus. A razão tem que ser o centro da religião", completou.
"Por isto nós somos contrários aos grupos extremistas, porque aquele que defende uma causa com a razão não utiliza a força", conclui o religioso.
A cerimônia de Gadr dura três noites porque o momento exato da revelação das palavras de Deus não é conhecido. A segunda noite é especialmente importante porque corresponde ao "martírio" do imã Alí, considerado pelos xiitas o primeiro sucessor do profeta Maomé. Para os sunitas, Ali é o quarto sucessor.
Esta divergência provocou a divisão entre xiitas e sunitas há 13 séculos e é fonte de tensões entre o Irã xiita e a Arábia Saudita sunita. Os dois países trocam acusações de agravar os conflitos, em especial na Síria e no Iêmen.
A 'Laylat al Gadr' ("Noite do Destino") marca o momento em que Alá transmite os versos ao profeta Maomé que se transformarão depois no livro sagrado do islã, o Alcorão.
Os muçulmanos acreditam que durante a noite de Gadr as portas do paraíso estão abertas e aumentam as possibilidades de ser ouvidos. De acordo com o Alcorão, a noite de Gadr vale mais que 1.000 meses para obter uma ação positiva.
Os fiéis xiitas recitam uma longa oração de quase duas horas, que contém 1.000 nomes e atributos de Deus. Depois eles posicionam o Alcorão em cima da cabeça e repete o nome de Deus, do Profeta e de seus sucessores.
Os fiéis rezam tradicionalmente por saúde e uma vida melhor, mas este ano também pedem a paz para a região, abalada por conflitos.
"Viemos rezar para todos os combatentes do islã. Se Deus quiser, o Daesh (acrônimo em árabe do grupo Estado Islâmico) desaparecerá", afirma Isa Eftejari, de 53 anos.
O grupo extremista sunita não atua diretamente no Irã, mas Teerã ajuda o governo iraquiano e o regime sírio a recuperar os territórios controlados pelo EI nos dois países.
Isa Eftejari é um dos milhares de fiéis a rezar na mesquita de Tajrish, zona norte de Teerã, em um ambiente festivo.
O 'Laylat al Gadr' reúne pessoas de todas as classes sociais: jovens garotas de jeans e cabelos escondidos em lenços ficam ao lado de mulheres vestidas com o tradicional xador.
Em família ou com amigos, as pessoas sentam no pátio da mesquita para comer e beber chá, enquanto as crianças dormem nos braços dos pais e os alto-falantes tocam versos do Alcorão.
"Rezo por todos os enfermos e para que todo o mundo fique são e salvo. Espero que meu país seja grande e nobre", afirma Asal, uma adolescente de 13 anos, que participa com os pais na cerimônia.
Lutar contra o fanatismoMohamad Peikari, que dirige uma escola religiosa, afirma rezar para que o fanatismo desapareça da região.
"Rezamos para todo o mundo, mas o desejo mais importante é que as pessoas se afastem do fanatismo", declarou à AFP.
"O que é muito importante para os muçulmanos xiitas durante estas noites é adquirir conhecimentos. Afirmamos que os ignorantes e os obcecados não são aceitos por Deus. A razão tem que ser o centro da religião", completou.
"Por isto nós somos contrários aos grupos extremistas, porque aquele que defende uma causa com a razão não utiliza a força", conclui o religioso.
A cerimônia de Gadr dura três noites porque o momento exato da revelação das palavras de Deus não é conhecido. A segunda noite é especialmente importante porque corresponde ao "martírio" do imã Alí, considerado pelos xiitas o primeiro sucessor do profeta Maomé. Para os sunitas, Ali é o quarto sucessor.
Esta divergência provocou a divisão entre xiitas e sunitas há 13 séculos e é fonte de tensões entre o Irã xiita e a Arábia Saudita sunita. Os dois países trocam acusações de agravar os conflitos, em especial na Síria e no Iêmen.
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