Netanyahu promete cooperação para consolidar aliança entre Israel e África
Nairóbi, 5 Jul 2016 (AFP) - O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu prometeu nesta terça-feira, no Quênia, aumentar a cooperação em termos de segurança, no segundo dia de sua histórica viagem pela África, buscando reafirmar sua presença em um continente que durante décadas voltou as costas a ele.
"Trabalhando juntos podemos vencer ainda mais rapidamente a praga que é o terrorismo", disse Netanyahu em coletiva de imprensa em Nairóbi, após se reunir com o presidente queniano, Uhuru Kenyatta.
"Experimentamos ataques similares em nossos países", disse o primeiro-ministro israelense, fazendo referência ao ataque contra o shopping center de Westgate, em 2013, que deixou 67 mortos.
Netanyahu, que chegou à África na segunda-feira para participar de uma minicúpula regional em Uganda sobre segurança e terrorismo junto com os chefes de Estado do Quênia, Ruanda, Etiópia, Sudão do Sul, Zâmbia e Malauí, voltou a colocar este tema na agenda.
"O resultado prático de nossa cooperação pode ser mais segurança e mais prosperidade", acrescentou Netanyahu, que classificou como "histórico" seu deslocamento, que na quarta-feira o levará a Ruanda e na quinta à Etiópia.
Esta é a primeira viagem de um primeiro-ministro israelense ao continente em décadas.
Em sua delegação, Netanyahu incluiu 80 homens de negócios e conseguiu fechar acordos em matéria de gestão de águas, saúde pública e imigração. Ainda que o aspecto diplomático seja o que mais ressalta na visita.
Nesta viagem, Israel busca ganhar o apoio dos países africanos nas instituições internacionais, onde o Estado hebreu recebe duras críticas pela ocupação dos territórios palestinos ou por suas atividades nucleares.
O comércio de Israel com a África representa 2% do comércio exterior, com uma ampla margem para avanço, em um momento que cresce a demanda de seus produtos e de sua experiência no âmbito de segurança.
- Relação difícil - "Como continentes, temos uma relação difícil com Israel", disse Uhuru Kenyatta. "Mas o mundo mudou e não podemos viver no passado", assinalou.
Na década de 1960 muitos países africanos se distanciaram de Israel após as guerras do Estado hebreu e seus países vizinhos entre 1967 e 1973, e pelos vínculos entre o governo com o regime de apartheid na África do Sul.
A respeito da luta antiterrorista, Kenyatta disse que "Israel teve que fazer frente a esta ameaça há muito tempo", elogiando a experiência do país ao dizer que pode contribuir para o Quênia, especialmente em âmbitos como a formação, o progresso tecnológico e a troca de informação.
"Não vamos poder assegurar o desenvolvimento econômico que desejamos para nosso povo se não pudermos assegurar a segurança de nossa nação", afirmou o presidente, que convidou Netanyahu para visitar o país durante uma viagem por Israel em fevereiro.
Na segunda-feira Netanyahu participou em Uganda de uma cerimônia solene para comemorar a operação Entebbe, uma ação de resgate para libertar os passageiros do voo sequestrado pelos palestinos e alemães, onde seu irmão morreu há quarenta anos.
ndy/fal/jhd /an/pc/cb
"Trabalhando juntos podemos vencer ainda mais rapidamente a praga que é o terrorismo", disse Netanyahu em coletiva de imprensa em Nairóbi, após se reunir com o presidente queniano, Uhuru Kenyatta.
"Experimentamos ataques similares em nossos países", disse o primeiro-ministro israelense, fazendo referência ao ataque contra o shopping center de Westgate, em 2013, que deixou 67 mortos.
Netanyahu, que chegou à África na segunda-feira para participar de uma minicúpula regional em Uganda sobre segurança e terrorismo junto com os chefes de Estado do Quênia, Ruanda, Etiópia, Sudão do Sul, Zâmbia e Malauí, voltou a colocar este tema na agenda.
"O resultado prático de nossa cooperação pode ser mais segurança e mais prosperidade", acrescentou Netanyahu, que classificou como "histórico" seu deslocamento, que na quarta-feira o levará a Ruanda e na quinta à Etiópia.
Esta é a primeira viagem de um primeiro-ministro israelense ao continente em décadas.
Em sua delegação, Netanyahu incluiu 80 homens de negócios e conseguiu fechar acordos em matéria de gestão de águas, saúde pública e imigração. Ainda que o aspecto diplomático seja o que mais ressalta na visita.
Nesta viagem, Israel busca ganhar o apoio dos países africanos nas instituições internacionais, onde o Estado hebreu recebe duras críticas pela ocupação dos territórios palestinos ou por suas atividades nucleares.
O comércio de Israel com a África representa 2% do comércio exterior, com uma ampla margem para avanço, em um momento que cresce a demanda de seus produtos e de sua experiência no âmbito de segurança.
- Relação difícil - "Como continentes, temos uma relação difícil com Israel", disse Uhuru Kenyatta. "Mas o mundo mudou e não podemos viver no passado", assinalou.
Na década de 1960 muitos países africanos se distanciaram de Israel após as guerras do Estado hebreu e seus países vizinhos entre 1967 e 1973, e pelos vínculos entre o governo com o regime de apartheid na África do Sul.
A respeito da luta antiterrorista, Kenyatta disse que "Israel teve que fazer frente a esta ameaça há muito tempo", elogiando a experiência do país ao dizer que pode contribuir para o Quênia, especialmente em âmbitos como a formação, o progresso tecnológico e a troca de informação.
"Não vamos poder assegurar o desenvolvimento econômico que desejamos para nosso povo se não pudermos assegurar a segurança de nossa nação", afirmou o presidente, que convidou Netanyahu para visitar o país durante uma viagem por Israel em fevereiro.
Na segunda-feira Netanyahu participou em Uganda de uma cerimônia solene para comemorar a operação Entebbe, uma ação de resgate para libertar os passageiros do voo sequestrado pelos palestinos e alemães, onde seu irmão morreu há quarenta anos.
ndy/fal/jhd /an/pc/cb
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.