Combates prosseguem na capital do Sudão do Sul
Juba, 10 Jul 2016 (AFP) - Os soldados do governo e os ex-rebeldes voltaram a se enfrentar neste domingo nas proximidades de Juba, a capital do Sudão do Sul.
Os combates acontecem dois dias depois dos confrontos entre os soldados leais ao presidente Salva Kiir e os seguranças do vice-presidente e ex-líder rebelde, Riek Machar, que deixaram mais de 150 mortos.
A explosão de violência ocorreu na véspera do quinto aniversário da independência do país, celebrado no sábado.
Na manhã deste domingo, os combates se ampliaram a outras zonas da capital, incluindo a área de Gudele, conhecida por ser um barril de pólvora, e o bairro de Tongping, próximo ao aeroporto internacional de Juba.
A ONU informou que foram registrados disparos de morteiro, granadas e outras armas pesadas. Um helicóptero de combate sobrevoou a capital.
"De novo disparos, tiroteios com armas pesadas na área da Casa da ONU, em curso desde aproximadamente 8H25 (2H25 de Brasília)", indicou a missão da ONU no país (Unmiss) no Twitter.
Alguns moradores da cidade permaneceram em suas casas para evitar os ataques, enquanto outros fugiram, segundo testemunhas.
A ONU administra um campo para deslocados pelo conflito, muito perto do local onde estão mobilizados tanto os ex-rebeldes como os soldados do governo.
No local vivem 28.000 deslocados, que neste domingo foram levados para outra área da ONU, próxima do aeroporto.
A companhia aérea Kenya Airways anunciou a suspensão de todos os voos para Juba por considerar a situação de segurança "incerta".
No sábado, a embaixada britânica recomendou a seus cidadãos que abandonem o país, caso tenham a possibilidade, e que não saiam às ruas.
Um porta-voz do atual vice-presidente do país, Riek Machar, ex-líder rebelde, negou a responsabilidade de seu grupo pelos combates.
"Nossas forças foram atacadas na base de Jebel", disse James Gatdet Dak, antes de afirmar que a ação foi controlada.
"Esperamos que não aconteça uma escalada", declarou.
O Estado mais jovem do mundo sofre desde dezembro de 2013 com um conflito interno, resultado dos confrontos entre os partidários de Kiir e os simpatizantes de Machar.
Desde julho de 2011, o país viveu mais anos de guerra do que de paz. Três milhões de pessoas foram obrigadas a fugir de suas casas e cinco milhões dependem de ajuda humanitária de emergência.
Os combates de sexta-feira foram os primeiros desde a assinatura do acordo de paz em 2015.
Recentemente, a empresa de consultoria International Crisis Group pediu aos Estados que atuaram na mediação do acordo de paz que atuem com urgência para "impedir que o país volte e entrar em um conflito em grande escala".
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, expressou inquietação durante a semana com uma situação que "ilustra que ainda há uma falta de compromisso real das partes com o processo de paz, o que representa uma nova traição ao povo do Sudão do Sul, vítima de terríveis atrocidades desde dezembro de 2013".
bur-tmc-jlb-lp/fp
Os combates acontecem dois dias depois dos confrontos entre os soldados leais ao presidente Salva Kiir e os seguranças do vice-presidente e ex-líder rebelde, Riek Machar, que deixaram mais de 150 mortos.
A explosão de violência ocorreu na véspera do quinto aniversário da independência do país, celebrado no sábado.
Na manhã deste domingo, os combates se ampliaram a outras zonas da capital, incluindo a área de Gudele, conhecida por ser um barril de pólvora, e o bairro de Tongping, próximo ao aeroporto internacional de Juba.
A ONU informou que foram registrados disparos de morteiro, granadas e outras armas pesadas. Um helicóptero de combate sobrevoou a capital.
"De novo disparos, tiroteios com armas pesadas na área da Casa da ONU, em curso desde aproximadamente 8H25 (2H25 de Brasília)", indicou a missão da ONU no país (Unmiss) no Twitter.
Alguns moradores da cidade permaneceram em suas casas para evitar os ataques, enquanto outros fugiram, segundo testemunhas.
A ONU administra um campo para deslocados pelo conflito, muito perto do local onde estão mobilizados tanto os ex-rebeldes como os soldados do governo.
No local vivem 28.000 deslocados, que neste domingo foram levados para outra área da ONU, próxima do aeroporto.
A companhia aérea Kenya Airways anunciou a suspensão de todos os voos para Juba por considerar a situação de segurança "incerta".
No sábado, a embaixada britânica recomendou a seus cidadãos que abandonem o país, caso tenham a possibilidade, e que não saiam às ruas.
Um porta-voz do atual vice-presidente do país, Riek Machar, ex-líder rebelde, negou a responsabilidade de seu grupo pelos combates.
"Nossas forças foram atacadas na base de Jebel", disse James Gatdet Dak, antes de afirmar que a ação foi controlada.
"Esperamos que não aconteça uma escalada", declarou.
O Estado mais jovem do mundo sofre desde dezembro de 2013 com um conflito interno, resultado dos confrontos entre os partidários de Kiir e os simpatizantes de Machar.
Desde julho de 2011, o país viveu mais anos de guerra do que de paz. Três milhões de pessoas foram obrigadas a fugir de suas casas e cinco milhões dependem de ajuda humanitária de emergência.
Os combates de sexta-feira foram os primeiros desde a assinatura do acordo de paz em 2015.
Recentemente, a empresa de consultoria International Crisis Group pediu aos Estados que atuaram na mediação do acordo de paz que atuem com urgência para "impedir que o país volte e entrar em um conflito em grande escala".
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, expressou inquietação durante a semana com uma situação que "ilustra que ainda há uma falta de compromisso real das partes com o processo de paz, o que representa uma nova traição ao povo do Sudão do Sul, vítima de terríveis atrocidades desde dezembro de 2013".
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