Intensos combates com armas pesadas na capital do Sudão do Sul
Juba, 11 Jul 2016 (AFP) - A capital do Sudão do Sul, Juba, era palco nesta segunda-feira de intensos combates entre partidários do presidente e do vice-presidente, apesar da reprovação de uma comunidade internacional impotente e do calvário da população.
Uma fonte diplomática ocidental confirmou à AFP que nos combates registrados durante a manhã no bairro de Tomping, perto do aeroporto, foram utilizadas armas pesadas.
A embaixada dos Estados Unidos em Juba informou que pelo segundo dia consecutivo foram registrados "fortes combates entre o governo e as forças de oposição".
Os confrontos se concentraram nas mesmas áreas onde no domingo os soldados fiéis ao presidente Salva Kiir e os escoltas do vice-presidente e ex-chefe rebelde, Riek Machar, se enfrentaram.
Desde sexta-feira cerca de 300 pessoas morreram, afirmam fontes locais.
Um trabalhador de uma organização humanitária, que pediu para não ser identificado, disse que foram registrados combates "muito, muito intensos", e acrescentou que tanto ele quanto seus colegas permaneciam trancados em suas casas.
Durante a noite, a chuva piorou a situação dos deslocados pela violência, que fugiram dos bairros mais afetados pelos confrontos.
O correspondente da AFP que os seguiu relatou que a situação era "assustadora".
Várias fontes indicaram ter visto helicópteros armados, mas disseram que não podiam informar se eles entraram em ação.
O presidente sul-sudanês, Salva Kiir, ordenou nesta segunda-feira um cessar-fogo imediato, três dias depois do início destes novos combates na capital, anunciou o ministro de Informação, Michael Makuei.
O presidente assinou um decreto ordenando "o fim das hostilidades com efeito imediato" a partir das 18h00 locais, em um comunicado lido por Makuei na televisão estatal SSBC.
No domingo, o Conselho de Segurança das Nações Unidas pediu ajuda aos países da região para colocar fim aos intensos combates.
O aeroporto de Juba foi fechado e a embaixada dos Estados Unidos evacuou todos os funcionários não essenciais.
O presidente da Comissão de Supervisão e Avaliação dos acordos de paz de 26 de agosto de 2015 pediu nesta segunda-feira "o fim imediato das hostilidades".
"Brutalidade absurda"As causas desta explosão de violência não haviam sido esclarecidas nesta segunda-feira.
"A cada dia que os combates prosseguem há uma degradação da situação", disse um diplomata ocidental, que denunciou "a brutalidade absurda tanto de uns como de outros, que respondem às provocações".
Uma disputa política entre Kiir e Machar gerou o conflito interno no país em dezembro de 2013.
No entanto, no âmbito de um acordo de paz assinado em agosto de 2015, Machar retornou a Juba em abril junto a um importante contingente de homens e atuou novamente como vice-presidente, em um governo de união nacional liberado por Kiir.
Os combates se estenderam no domingo ao leste de Juba, onde as tropas dos dois grupos dispõem de bases ao pé das montanhas de Jebel Kujir e perto de um campo da ONU.
Posteriormente, os confrontos atingiram outras zonas da capital, entre elas o setor de Gudele, conhecido por ser um barril de pólvora e onde Machar tem seu quartel-general, e o bairro de Tongping, situado perto do aeroporto internacional de Juba.
Com Machar em paradeiro desconhecido, o embaixador da França, Jean-Yves Roux, desmentiu formalmente os rumores de que o ex-líder rebelde estivesse refugiado na missão diplomática.
str-fal/cyb/jhd/an/ma
Uma fonte diplomática ocidental confirmou à AFP que nos combates registrados durante a manhã no bairro de Tomping, perto do aeroporto, foram utilizadas armas pesadas.
A embaixada dos Estados Unidos em Juba informou que pelo segundo dia consecutivo foram registrados "fortes combates entre o governo e as forças de oposição".
Os confrontos se concentraram nas mesmas áreas onde no domingo os soldados fiéis ao presidente Salva Kiir e os escoltas do vice-presidente e ex-chefe rebelde, Riek Machar, se enfrentaram.
Desde sexta-feira cerca de 300 pessoas morreram, afirmam fontes locais.
Um trabalhador de uma organização humanitária, que pediu para não ser identificado, disse que foram registrados combates "muito, muito intensos", e acrescentou que tanto ele quanto seus colegas permaneciam trancados em suas casas.
Durante a noite, a chuva piorou a situação dos deslocados pela violência, que fugiram dos bairros mais afetados pelos confrontos.
O correspondente da AFP que os seguiu relatou que a situação era "assustadora".
Várias fontes indicaram ter visto helicópteros armados, mas disseram que não podiam informar se eles entraram em ação.
O presidente sul-sudanês, Salva Kiir, ordenou nesta segunda-feira um cessar-fogo imediato, três dias depois do início destes novos combates na capital, anunciou o ministro de Informação, Michael Makuei.
O presidente assinou um decreto ordenando "o fim das hostilidades com efeito imediato" a partir das 18h00 locais, em um comunicado lido por Makuei na televisão estatal SSBC.
No domingo, o Conselho de Segurança das Nações Unidas pediu ajuda aos países da região para colocar fim aos intensos combates.
O aeroporto de Juba foi fechado e a embaixada dos Estados Unidos evacuou todos os funcionários não essenciais.
O presidente da Comissão de Supervisão e Avaliação dos acordos de paz de 26 de agosto de 2015 pediu nesta segunda-feira "o fim imediato das hostilidades".
"Brutalidade absurda"As causas desta explosão de violência não haviam sido esclarecidas nesta segunda-feira.
"A cada dia que os combates prosseguem há uma degradação da situação", disse um diplomata ocidental, que denunciou "a brutalidade absurda tanto de uns como de outros, que respondem às provocações".
Uma disputa política entre Kiir e Machar gerou o conflito interno no país em dezembro de 2013.
No entanto, no âmbito de um acordo de paz assinado em agosto de 2015, Machar retornou a Juba em abril junto a um importante contingente de homens e atuou novamente como vice-presidente, em um governo de união nacional liberado por Kiir.
Os combates se estenderam no domingo ao leste de Juba, onde as tropas dos dois grupos dispõem de bases ao pé das montanhas de Jebel Kujir e perto de um campo da ONU.
Posteriormente, os confrontos atingiram outras zonas da capital, entre elas o setor de Gudele, conhecido por ser um barril de pólvora e onde Machar tem seu quartel-general, e o bairro de Tongping, situado perto do aeroporto internacional de Juba.
Com Machar em paradeiro desconhecido, o embaixador da França, Jean-Yves Roux, desmentiu formalmente os rumores de que o ex-líder rebelde estivesse refugiado na missão diplomática.
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