Possível diálogo na Venezuela ainda sem data de início
Caracas, 11 Jul 2016 (AFP) - O governo venezuelano e a oposição ainda não firmaram uma data para o início de um diálogo sobre a crise política, que impulsiona uma mediação internacional, disse nesta segunda-feira um deputado opositor.
"Não há data para o diálogo, não há parâmetros totalmente claros", assegurou a jornalistas Luis Florido após uma reunião com os ex-presidente José Luis Rodríguez Zapatero (Espanha), Martín Torrijos (Panamá) e um porta-voz da União das Nações Sul-Americanas (Unasul).
Sobre sua chegada à Venezuela na última sexta-feira, Rodríguez Zapatero, que comanda a mediação na instância da Unasul, disse que é necessário "fixar uma data já" para iniciar as conversas e apresentou a possibilidade de um primeiro encontro na terça-feira.
No entanto, Florido advertiu que "provavelmente ocorram outras reuniões prévias antes de que cheguemos ao ponto de dizer: 'podemos nos sentar'".
O legislador Héctor Rodríguez, membro da cúpula do partido do governo, acusou a coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) de não querer ir ao diálogo por divisões internas.
"Não querem dialogar, o que querem é impor à agenda a violência", afirmou Rodríguez em uma coletiva de imprensa do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), do governo. "Estão envolvidos em seus próprios problemas internos", acrescentou.
Na semana passada, a oposição se declarou disposta a assistir uma primeira reunião na terça-feira se o governo aceitasse colocar o Vaticano na mediação, e garantisse que ocorreria um referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro este ano.
"Estamos esperando a resposta do governo e que nos seja transmitida através dos mediadores", declarou Florido.
No entanto, Héctor Rodríguez afirmou que os adversários do governo "agora não gostam do presidente Zapatero".
A oposição espera que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), acusado de servir ao chavismo, anuncie em 26 de julho se a MUD conseguiu validar as 200.000 assinaturas para ativar o revogatório.
A aliança opositora também pediu que sejam incorporados à mediação representantes da Organização dos Estados Americanos (OEA) e outros ex-presidentes, e que se respeite a independência do Parlamento.
O governo de Maduro e a oposição estão concentrados em um choque de poderes desde que a MUD assumiu o controle da Assembleia Legislativa em dezembro passado, após 17 anos de hegemonia chavista.
A briga acontece em meio a uma severa crise econômica, agravada pela queda do preço do petróleo, que gera escassez de alimentos básicos e a inflação mais alta do mundo (180,9% em 2015, de acordo com último dado oficial).
Nos últimos meses o país petroleiro viveu protestos devido ao desabastecimento, alguns dos quais terminaram em roubos e com o saldo de, pelo menos, cinco mortos.
"Não há data para o diálogo, não há parâmetros totalmente claros", assegurou a jornalistas Luis Florido após uma reunião com os ex-presidente José Luis Rodríguez Zapatero (Espanha), Martín Torrijos (Panamá) e um porta-voz da União das Nações Sul-Americanas (Unasul).
Sobre sua chegada à Venezuela na última sexta-feira, Rodríguez Zapatero, que comanda a mediação na instância da Unasul, disse que é necessário "fixar uma data já" para iniciar as conversas e apresentou a possibilidade de um primeiro encontro na terça-feira.
No entanto, Florido advertiu que "provavelmente ocorram outras reuniões prévias antes de que cheguemos ao ponto de dizer: 'podemos nos sentar'".
O legislador Héctor Rodríguez, membro da cúpula do partido do governo, acusou a coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) de não querer ir ao diálogo por divisões internas.
"Não querem dialogar, o que querem é impor à agenda a violência", afirmou Rodríguez em uma coletiva de imprensa do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), do governo. "Estão envolvidos em seus próprios problemas internos", acrescentou.
Na semana passada, a oposição se declarou disposta a assistir uma primeira reunião na terça-feira se o governo aceitasse colocar o Vaticano na mediação, e garantisse que ocorreria um referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro este ano.
"Estamos esperando a resposta do governo e que nos seja transmitida através dos mediadores", declarou Florido.
No entanto, Héctor Rodríguez afirmou que os adversários do governo "agora não gostam do presidente Zapatero".
A oposição espera que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), acusado de servir ao chavismo, anuncie em 26 de julho se a MUD conseguiu validar as 200.000 assinaturas para ativar o revogatório.
A aliança opositora também pediu que sejam incorporados à mediação representantes da Organização dos Estados Americanos (OEA) e outros ex-presidentes, e que se respeite a independência do Parlamento.
O governo de Maduro e a oposição estão concentrados em um choque de poderes desde que a MUD assumiu o controle da Assembleia Legislativa em dezembro passado, após 17 anos de hegemonia chavista.
A briga acontece em meio a uma severa crise econômica, agravada pela queda do preço do petróleo, que gera escassez de alimentos básicos e a inflação mais alta do mundo (180,9% em 2015, de acordo com último dado oficial).
Nos últimos meses o país petroleiro viveu protestos devido ao desabastecimento, alguns dos quais terminaram em roubos e com o saldo de, pelo menos, cinco mortos.
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