Bernie Sanders, o incansável defensor de uma 'revolução política'
Nova York, 12 Jul 2016 (AFP) - Mais novo cabo eleitoral da virtual candidata democrata Hillary Clinton, o senador Bernie Sanders foi, ao longo da campanha, um promotor tenaz de uma "revolução política", conquistando o entusiasmo de milhões de americanos.
Aos 74 anos, Sanders se tornou - assim como o agora quase candidato republicano Donald Trump - a zebra dessa corrida presidencial.
Depois de começar praticamente como um desconhecido, sem recursos, o senador do pequeno estado de Vermont, que se identifica como um "democrata socialista", crítico de Wall Street e das crescentes desigualdades, virou um aguerrido adversário de sua principal oponente. Além de atrair multidões aos seus comícios, captou 12 milhões de votos nas prévias do partido contra os 15,8 milhões da ex-primeira-dama.
Incansável defensor da classe média, Sanders inclinou a campanha democrata para a esquerda, reivindicando um salário mínimo de 15 dólares (contra os atuais US$ 7,25 em nível federal), cobertura universal de saúde, universidade pública gratuita e um governo "que funcione para todos, não apenas para os mais ricos".
"Juntos começamos uma revolução política para transformar os Estados Unidos, e essa revolução continua", prometeu ele, nesta terça-feira, ao anunciar seu apoio a Hillary.
Desde o início de junho, Hillary Clinton já tinha garantido, numericamente, sua candidatura para a disputa presidencial.
Durante várias semanas, Sanders negociou para incluir os temas que considera prioritários, conseguindo que vários deles fossem incluídos no programa democrata. Entre os principais pontos estão o salário mínimo e a gratuidade do Ensino Superior para as famílias com renda anual abaixo de US$ 125 mil.
Esse programa deve ser ratificado na Convenção Nacional partidária que acontece na Filadélfia, entre 25 e 28 de julho.
"O programa mais progressista da história do partido", comemorou.
Homem autênticoConsiderado um utopista por seus críticos, os partidários veem em Sanders um homem autêntico que nunca se desviou de suas convicções desde os tempos em que era prefeito de Burlington (1981-1989), a maior cidade de Vermont, com 42.000 habitantes.
Nascido no Brooklyn, Nova York, em 8 de setembro de 1941, e criado em uma família judia de classe baixa que nunca pôde deixar seu pequeno apartamento, Sanders é eloquente em suas experiências pessoais sobre dificuldades financeiras.
Muito cedo o jovem Bernie se interessou pela política. Estudando na Universidade de Chicago, uniu-se à Liga dos Jovens Socialistas, militou contra a guerra do Vietnã e se integrou ao movimento pelos direitos civis, passando também por grupos pacifistas.
Em 1990, foi eleito como independente para a Câmara de Representantes por Vermont. Depois de 16 anos nessa Casa, ganhou a vaga do estado no Senado e, hoje, cumpre seu segundo mandato. Ele foi reeleito em 2012 com 71% dos votos. Foi independente durante toda sua carreira, até que, no ano passado, filiou-se ao Partido Democrata para a campanha.
Em 2014, colaborou com o senador republicano John McCain para aprovar uma lei que torna mais fácil, aos veteranos de guerra, obter cuidados médicos, rompendo as travas partidárias que paralisaram grande parte da vida política de Washington nos anos recentes.
Para seus seguidores, a principal diferença entre "Bernie" e Hillary está na arrecadação de fundos, já que a candidatura do primeiro é financiada com pequenas doações, e não por ricos doadores.
Ganhou admiradores ao se negar a lançar ataques pessoais à rival por causa do escândalo dos e-mails na época em que Hillary foi secretária de Estado, ou por causa das relações extraconjugais de seu marido, o ex-presidente Bill Clinton.
Bernie Sanders vive em Burlington com sua segunda mulher, Jane. O casal tem quatro filhos e sete netos.
Aos 74 anos, Sanders se tornou - assim como o agora quase candidato republicano Donald Trump - a zebra dessa corrida presidencial.
Depois de começar praticamente como um desconhecido, sem recursos, o senador do pequeno estado de Vermont, que se identifica como um "democrata socialista", crítico de Wall Street e das crescentes desigualdades, virou um aguerrido adversário de sua principal oponente. Além de atrair multidões aos seus comícios, captou 12 milhões de votos nas prévias do partido contra os 15,8 milhões da ex-primeira-dama.
Incansável defensor da classe média, Sanders inclinou a campanha democrata para a esquerda, reivindicando um salário mínimo de 15 dólares (contra os atuais US$ 7,25 em nível federal), cobertura universal de saúde, universidade pública gratuita e um governo "que funcione para todos, não apenas para os mais ricos".
"Juntos começamos uma revolução política para transformar os Estados Unidos, e essa revolução continua", prometeu ele, nesta terça-feira, ao anunciar seu apoio a Hillary.
Desde o início de junho, Hillary Clinton já tinha garantido, numericamente, sua candidatura para a disputa presidencial.
Durante várias semanas, Sanders negociou para incluir os temas que considera prioritários, conseguindo que vários deles fossem incluídos no programa democrata. Entre os principais pontos estão o salário mínimo e a gratuidade do Ensino Superior para as famílias com renda anual abaixo de US$ 125 mil.
Esse programa deve ser ratificado na Convenção Nacional partidária que acontece na Filadélfia, entre 25 e 28 de julho.
"O programa mais progressista da história do partido", comemorou.
Homem autênticoConsiderado um utopista por seus críticos, os partidários veem em Sanders um homem autêntico que nunca se desviou de suas convicções desde os tempos em que era prefeito de Burlington (1981-1989), a maior cidade de Vermont, com 42.000 habitantes.
Nascido no Brooklyn, Nova York, em 8 de setembro de 1941, e criado em uma família judia de classe baixa que nunca pôde deixar seu pequeno apartamento, Sanders é eloquente em suas experiências pessoais sobre dificuldades financeiras.
Muito cedo o jovem Bernie se interessou pela política. Estudando na Universidade de Chicago, uniu-se à Liga dos Jovens Socialistas, militou contra a guerra do Vietnã e se integrou ao movimento pelos direitos civis, passando também por grupos pacifistas.
Em 1990, foi eleito como independente para a Câmara de Representantes por Vermont. Depois de 16 anos nessa Casa, ganhou a vaga do estado no Senado e, hoje, cumpre seu segundo mandato. Ele foi reeleito em 2012 com 71% dos votos. Foi independente durante toda sua carreira, até que, no ano passado, filiou-se ao Partido Democrata para a campanha.
Em 2014, colaborou com o senador republicano John McCain para aprovar uma lei que torna mais fácil, aos veteranos de guerra, obter cuidados médicos, rompendo as travas partidárias que paralisaram grande parte da vida política de Washington nos anos recentes.
Para seus seguidores, a principal diferença entre "Bernie" e Hillary está na arrecadação de fundos, já que a candidatura do primeiro é financiada com pequenas doações, e não por ricos doadores.
Ganhou admiradores ao se negar a lançar ataques pessoais à rival por causa do escândalo dos e-mails na época em que Hillary foi secretária de Estado, ou por causa das relações extraconjugais de seu marido, o ex-presidente Bill Clinton.
Bernie Sanders vive em Burlington com sua segunda mulher, Jane. O casal tem quatro filhos e sete netos.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.