Divergências na Opep afastam acordo para congelar produção de petróleo
Argel, 27 Set 2016 (AFP) - Irã e Arábia Saudita voltaram a expressar nesta terça-feira suas divergências sobre como estimular os preços do petróleo e afastaram um pouco mais a possibilidade de um acordo para congelar a produção na reunião dos países da Opep em Argel.
Os membros da Organização de Países Exportadores de Petróleo realizam na quarta-feira uma reunião informal para tentar reativar o preço do petróleo, muito fraco desde meados de 2014 e que agora está por volta dos 45 dólares o barril.
As divergências, sobretudo entre Irã e Arábia Saudita, afastam um pacto, como já aconteceu em uma reunião parecida em Doha em abril.
"Chegar a um acordo em dois dias não está em nossa agenda", disse nesta terça-feira em Argel o ministro iraniano do petróleo, Bijan Namdar Zanganeh.
"Precisamos de tempo para fazer consultas mais amplas", explicou, apontando que talvez se chegue a um acordo no dia 30 de novembro, durante a reunião ordinária da Opep em Viena.
O Irã quer continuar aumentado sua produção até o nível anterior às sanções internacionais, suspensas depois do acordo histórico de julho de 2015 com as grandes potências sobre seu controverso programa nuclear.
"Não estamos preparados para congelar a produção", disse o ministro, esclarecendo que a meta do país é chegar a 4 milhões de barris diários (mbd), frente aos 3,6-3,8 mbd atuais.
Após as declarações do ministro iraniano, seu colega saudita Jaled al Faleh advertiu que "só um país não pode influenciar no mercado", mas se declarou "otimista" sobre a reunião de quarta-feira, com a esperança de que os produtores "cheguem a uma visão comum".
O secretário-geral da Opep, o nigeriano Mohammed Barkindo, relativizou as divergências.
"O que a República Islâmica do Irã e os demais países membros (da Opep) disseram faz parte das negociações", garantiu.
Segundo uma fonte próxima ao governo argelino, a reunião servirá "no mínimo" para estabelecer as bases de um futuro acordo.
A Rússia, o outro grande exportador de petróleo mundial junto com a Arábia Saudita e que, embora não integre a Opep, participará das discussões de Argel, disse que está disposta a reduzir sua produção, atualmente em níveis máximos, segundo uma fonte próxima ao governo argelino.
No entanto, o ministro russo de Energia, Alexandre Novak, disse à imprensa que seu país não tomará qualquer decisão até que a reunião chegue ao fim.
Já o ministro iraquiano de Petróleo, Jabbar Alí Hussein al Aybi, espera "resultados positivos" do encontro para "estabilizar o mercado petrolífero mundial".
amb-mpa-fz/feb/pc/jz/cc
Os membros da Organização de Países Exportadores de Petróleo realizam na quarta-feira uma reunião informal para tentar reativar o preço do petróleo, muito fraco desde meados de 2014 e que agora está por volta dos 45 dólares o barril.
As divergências, sobretudo entre Irã e Arábia Saudita, afastam um pacto, como já aconteceu em uma reunião parecida em Doha em abril.
"Chegar a um acordo em dois dias não está em nossa agenda", disse nesta terça-feira em Argel o ministro iraniano do petróleo, Bijan Namdar Zanganeh.
"Precisamos de tempo para fazer consultas mais amplas", explicou, apontando que talvez se chegue a um acordo no dia 30 de novembro, durante a reunião ordinária da Opep em Viena.
O Irã quer continuar aumentado sua produção até o nível anterior às sanções internacionais, suspensas depois do acordo histórico de julho de 2015 com as grandes potências sobre seu controverso programa nuclear.
"Não estamos preparados para congelar a produção", disse o ministro, esclarecendo que a meta do país é chegar a 4 milhões de barris diários (mbd), frente aos 3,6-3,8 mbd atuais.
Após as declarações do ministro iraniano, seu colega saudita Jaled al Faleh advertiu que "só um país não pode influenciar no mercado", mas se declarou "otimista" sobre a reunião de quarta-feira, com a esperança de que os produtores "cheguem a uma visão comum".
O secretário-geral da Opep, o nigeriano Mohammed Barkindo, relativizou as divergências.
"O que a República Islâmica do Irã e os demais países membros (da Opep) disseram faz parte das negociações", garantiu.
Segundo uma fonte próxima ao governo argelino, a reunião servirá "no mínimo" para estabelecer as bases de um futuro acordo.
A Rússia, o outro grande exportador de petróleo mundial junto com a Arábia Saudita e que, embora não integre a Opep, participará das discussões de Argel, disse que está disposta a reduzir sua produção, atualmente em níveis máximos, segundo uma fonte próxima ao governo argelino.
No entanto, o ministro russo de Energia, Alexandre Novak, disse à imprensa que seu país não tomará qualquer decisão até que a reunião chegue ao fim.
Já o ministro iraquiano de Petróleo, Jabbar Alí Hussein al Aybi, espera "resultados positivos" do encontro para "estabilizar o mercado petrolífero mundial".
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