Índia anuncia ataques "cirúrgicos" na Caxemira e provoca a revolta do Paquistão
Nova Délhi, 29 Set 2016 (AFP) - A Índia anunciou nesta quinta-feira que executou "bombardeios cirúrgicos" na disputada região da Caxemira, onde morreram pelo menos dois soldados paquistaneses, 10 dias depois de um violento ataque a uma base militar indiana atribuído a um grupo extremista que tem sua base no Paquistão.
Nova Délhi buscava uma medida de represália após o ataque contra sua base de Uri no dia 18 de setembro, que matou 18 militares, a ação mais violenta em mais de uma década na Caxemira.
"Vários terroristas estavam posicionados em bases ao longo da linha de controle para entrar clandestinamente (na Índia) e cometer ataques terroristas", afirmou o tenente-coronel Ranbir Singh, diretor geral de operações militares do exército, em uma entrevista coletiva.
"O exército indiano realizou bombardeios cirúrgicos na noite passada contra estas posições", completou Singh.
O militar indicou que os "terroristas" planejavam atentados na região da Caxemira e em outras metrópoles indianas.
"Os ataques deixaram um número significativo de vítimas entre os terroristas e aqueles que tentam apoiá-los", destacou o tenente-coronel.
Singh não explicou se os ataques aconteceram por via terrestre ou aérea.
O primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif, condenou os bombardeios e o exército do país acusou as tropas indianas pela morte de dois soldados ao longo da linha de controle.
Em um comunicado, Sharif condenou "a agressão não provocada e brutal das forças indianas" e prometeu que seu exército frustraria "qualquer plano diabólico para abalar a soberania do Paquistão".
"O que a Índia fez não foram bombardeios cirúrgicos, e sim disparos transfronteiriços", afirma uma nota oficial do exército paquistanês.
"As tropas paquistanesas responderam aos ataques indianos não provocados na linha de controle", explica, antes de indicar que o tiroteio durou quase seis horas.
O governo indiano havia anunciado a intenção de adotar medidas de represália após o ataque contra a base militar de Uri, executado por quatro indivíduos com armas automáticas e granadas.
De acordo com Nova Délhi, o ataque, não reivindicado, foi executado pelo grupo extremista Jaish-e-Mohamed, que tem sua base no Paquistão.
A Índia acusa o Paquistão de apoiar a rebelião armada e as infiltrações na parte da Caxemira controlada por Nova Délhi, algo que Islamabad nega.
Há várias décadas, grupos separatistas lutam contra o exército indiano - que mobilizou quase meio milhão de soldados na região - para exigir a independência do território himalaio ou sua integração ao Paquistão.
Nova Délhi também se encontra na defensiva no plano diplomático, tentando isolar Islamabad do cenário internacional.
A Índia desistiu de participar em uma reunião de cúpula regional prevista para outubro na capital paquistanesa, uma decisão imitada por Bangladesh, Afeganistão e Butão.
Os países vizinhos reivindicam a soberania da região himalaia da Caxemira desde 1947. Dezenas de milhares de pessoas, em sua maioria civis, morreram no conflito.
Nova Délhi buscava uma medida de represália após o ataque contra sua base de Uri no dia 18 de setembro, que matou 18 militares, a ação mais violenta em mais de uma década na Caxemira.
"Vários terroristas estavam posicionados em bases ao longo da linha de controle para entrar clandestinamente (na Índia) e cometer ataques terroristas", afirmou o tenente-coronel Ranbir Singh, diretor geral de operações militares do exército, em uma entrevista coletiva.
"O exército indiano realizou bombardeios cirúrgicos na noite passada contra estas posições", completou Singh.
O militar indicou que os "terroristas" planejavam atentados na região da Caxemira e em outras metrópoles indianas.
"Os ataques deixaram um número significativo de vítimas entre os terroristas e aqueles que tentam apoiá-los", destacou o tenente-coronel.
Singh não explicou se os ataques aconteceram por via terrestre ou aérea.
O primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif, condenou os bombardeios e o exército do país acusou as tropas indianas pela morte de dois soldados ao longo da linha de controle.
Em um comunicado, Sharif condenou "a agressão não provocada e brutal das forças indianas" e prometeu que seu exército frustraria "qualquer plano diabólico para abalar a soberania do Paquistão".
"O que a Índia fez não foram bombardeios cirúrgicos, e sim disparos transfronteiriços", afirma uma nota oficial do exército paquistanês.
"As tropas paquistanesas responderam aos ataques indianos não provocados na linha de controle", explica, antes de indicar que o tiroteio durou quase seis horas.
O governo indiano havia anunciado a intenção de adotar medidas de represália após o ataque contra a base militar de Uri, executado por quatro indivíduos com armas automáticas e granadas.
De acordo com Nova Délhi, o ataque, não reivindicado, foi executado pelo grupo extremista Jaish-e-Mohamed, que tem sua base no Paquistão.
A Índia acusa o Paquistão de apoiar a rebelião armada e as infiltrações na parte da Caxemira controlada por Nova Délhi, algo que Islamabad nega.
Há várias décadas, grupos separatistas lutam contra o exército indiano - que mobilizou quase meio milhão de soldados na região - para exigir a independência do território himalaio ou sua integração ao Paquistão.
Nova Délhi também se encontra na defensiva no plano diplomático, tentando isolar Islamabad do cenário internacional.
A Índia desistiu de participar em uma reunião de cúpula regional prevista para outubro na capital paquistanesa, uma decisão imitada por Bangladesh, Afeganistão e Butão.
Os países vizinhos reivindicam a soberania da região himalaia da Caxemira desde 1947. Dezenas de milhares de pessoas, em sua maioria civis, morreram no conflito.
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