Argentina: 97% das mulheres sofreram assédio ('Ni Una Menos')
Buenos Aires, 25 Nov 2016 (AFP) - Umas pesquisa em grande escala sobre violência machista na Argentina revelou nesta sexta-feira que 97% das mulheres sofreram assédio mais de uma vez em espaços públicos ou privados, informou a ONG Ni Una Menos.
No Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher, declarado pela ONU, a pesquisa, que ouviu 59.380 mulheres de 1.800 localidades de todo o país, mostrou que a violência machista cotidiana está mais naturalizada do que se pensava.
"Até nós estamos surpresas com os resultados" da pesquisa, disse Diana Maffía, diretora do Observatório de Gênero e militante do movimento contra a discriminação e os feminicídios, ao falar em uma aula magna da Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires, segundo um periodista da AFP no local.
No total, 79% das mulheres foi tocada alguma vez sem seu consentimento em um transporte público, segundo a pesquisa, e "76% tiveram sua opinião desacreditada" porque são mulheres.
Outros resultados refletem a profundida do problema. Segundo a pesquisa, "69% das mulheres teve medo de ser estuprada pelo menos uma vez, 95% sentiu ter estado em uma situação que merecia ser denunciada. Uma de cada três não contou isso para ninguém".
Além da violência física, "o maltrato à mulher tem muitas caras e graus de sutileza, como o ciumento que isola a sua parceira, o que força a relação sexual, o que é controlador com o dinheiro".
Em resumo, 99% das mulheres sofreu ao menos uma vez na vida uma situação de violência que envolve algum dos seus companheiros, segundo o coletivo.
"Todas as mulheres alguma vez tiveram medo só por caminhar na rua. Essa frase fala de um dos primeiros elos de uma cadeia invisível de machismos cotidianos", afirma o texto.
Na Argentina, a cada 30 horas uma mulher é assassinada, na maioria das vezes pelos seus companheiros ou ex-companheiros.
No Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher, declarado pela ONU, a pesquisa, que ouviu 59.380 mulheres de 1.800 localidades de todo o país, mostrou que a violência machista cotidiana está mais naturalizada do que se pensava.
"Até nós estamos surpresas com os resultados" da pesquisa, disse Diana Maffía, diretora do Observatório de Gênero e militante do movimento contra a discriminação e os feminicídios, ao falar em uma aula magna da Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires, segundo um periodista da AFP no local.
No total, 79% das mulheres foi tocada alguma vez sem seu consentimento em um transporte público, segundo a pesquisa, e "76% tiveram sua opinião desacreditada" porque são mulheres.
Outros resultados refletem a profundida do problema. Segundo a pesquisa, "69% das mulheres teve medo de ser estuprada pelo menos uma vez, 95% sentiu ter estado em uma situação que merecia ser denunciada. Uma de cada três não contou isso para ninguém".
Além da violência física, "o maltrato à mulher tem muitas caras e graus de sutileza, como o ciumento que isola a sua parceira, o que força a relação sexual, o que é controlador com o dinheiro".
Em resumo, 99% das mulheres sofreu ao menos uma vez na vida uma situação de violência que envolve algum dos seus companheiros, segundo o coletivo.
"Todas as mulheres alguma vez tiveram medo só por caminhar na rua. Essa frase fala de um dos primeiros elos de uma cadeia invisível de machismos cotidianos", afirma o texto.
Na Argentina, a cada 30 horas uma mulher é assassinada, na maioria das vezes pelos seus companheiros ou ex-companheiros.
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