Fillon, liberal na economia e conservador nas questões sociais
Paris, 27 Nov 2016 (AFP) - O candidato da direita francesa à eleição presidencial de 2017, François Fillon, defende um programa liberal no aspecto econômico, com medidas de austeridade para sanear as finanças públicas, e conservador nas questões sociais.
Confira abaixo alguns pontos de seu programa.
Fim da jornada de 35 horasReivindicando um projeto "radical", ele promete pôr fim à semana de trabalho de 35 horas, uma das medidas mais emblemáticas da esquerda francesa, adotada há mais de 15 anos.
François Fillon prevê o retorno às 39 horas por semana para os funcionários públicos e, no setor privado, privilegia os acordos internos nas empresas, com um limite de 48 horas - o máximo fixado pela legislação europeia.
Ele espera, com isso, reduzir o índice de desemprego dos atuais 10% para 7%, até 2022. Os auxílios de seguro-desemprego serão decrescentes.
Cortes de 100 bilhões de eurosPretende reduzir os gastos públicos em 100 bilhões de euros, em cinco anos, com o corte de meio milhão de funcionários, de um universo de 5,4 milhões de pessoas. A idade mínima para a aposentadoria passaria dos atuais 62 anos para 65.
François Fillon também quer reformar o sistema francês de proteção social. Nesse sentido, propõe que a Seguridade Social garanta os reembolsos em caso de doença grave e de longa duração. O restante seria garantido por seguros privados.
Pretende reduzir os impostos e a carga social para as empresas, para torná-las mais competitivas, além de suprimir o Imposto sobre Fortunas (ISF) e de aumentar o IVA em dois pontos.
Prioridade à famíliaCatólico praticante, Fillon preconiza uma visão tradicional da família. Promete restabelecer a universalidade dos subsídios familiares, opõe-se à reprodução assistida de lésbicas e de mães solteiras e rejeita a barriga de aluguel.
Promete que não modificará a lei que autoriza o aborto, mas se opõe a título pessoal. Compromete-se, porém, a modificar a lei sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo, no que se refere ao tema da adoção.
Estado forte, imigração controladaO candidato da direita pretende "restabelecer a autoridade do Estado", outorgando 12 bilhões de euros adicionais à Polícia e à Justiça. É a favor de armar a Polícia Municipal.
Quer impedir que os extremistas franceses que partiram para combater no exterior voltem para a França, retirando-lhes sua nacionalidade francesa, e pretende expulsar os estrangeiros "que pertençam a movimentos terroristas".
A imigração tem de estar sob controle, com a criação de cotas. Pretende limitar o acesso de benefícios sociais para estrangeiros.
François Fillon rejeita a ideia de que a França seja uma nação multicultural.
"De qualquer modo, não foi a opção que tomamos, não escolhemos o comunitarismo, o multiculturalismo", alegou.
O ex-primeiro-ministro (2007-2012) considera ainda que "há um problema relacionado ao Islã" e "um aumento do integrismo muçulmano na França".
Aproximação com a RússiaFillon quer "restabelecer uma relação franca e sólida" com os Estados Unidos e com a Rússia. Deseja uma aproximação com Moscou, vendo-a como um aliado frente à ameaça que representa o grupo Estado Islâmico (EI).
Além disso, é favorável a uma associação com o governo de Bashar al-Assad para resolver o conflito sírio.
laf-meb/lmm/pa/tt
Confira abaixo alguns pontos de seu programa.
Fim da jornada de 35 horasReivindicando um projeto "radical", ele promete pôr fim à semana de trabalho de 35 horas, uma das medidas mais emblemáticas da esquerda francesa, adotada há mais de 15 anos.
François Fillon prevê o retorno às 39 horas por semana para os funcionários públicos e, no setor privado, privilegia os acordos internos nas empresas, com um limite de 48 horas - o máximo fixado pela legislação europeia.
Ele espera, com isso, reduzir o índice de desemprego dos atuais 10% para 7%, até 2022. Os auxílios de seguro-desemprego serão decrescentes.
Cortes de 100 bilhões de eurosPretende reduzir os gastos públicos em 100 bilhões de euros, em cinco anos, com o corte de meio milhão de funcionários, de um universo de 5,4 milhões de pessoas. A idade mínima para a aposentadoria passaria dos atuais 62 anos para 65.
François Fillon também quer reformar o sistema francês de proteção social. Nesse sentido, propõe que a Seguridade Social garanta os reembolsos em caso de doença grave e de longa duração. O restante seria garantido por seguros privados.
Pretende reduzir os impostos e a carga social para as empresas, para torná-las mais competitivas, além de suprimir o Imposto sobre Fortunas (ISF) e de aumentar o IVA em dois pontos.
Prioridade à famíliaCatólico praticante, Fillon preconiza uma visão tradicional da família. Promete restabelecer a universalidade dos subsídios familiares, opõe-se à reprodução assistida de lésbicas e de mães solteiras e rejeita a barriga de aluguel.
Promete que não modificará a lei que autoriza o aborto, mas se opõe a título pessoal. Compromete-se, porém, a modificar a lei sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo, no que se refere ao tema da adoção.
Estado forte, imigração controladaO candidato da direita pretende "restabelecer a autoridade do Estado", outorgando 12 bilhões de euros adicionais à Polícia e à Justiça. É a favor de armar a Polícia Municipal.
Quer impedir que os extremistas franceses que partiram para combater no exterior voltem para a França, retirando-lhes sua nacionalidade francesa, e pretende expulsar os estrangeiros "que pertençam a movimentos terroristas".
A imigração tem de estar sob controle, com a criação de cotas. Pretende limitar o acesso de benefícios sociais para estrangeiros.
François Fillon rejeita a ideia de que a França seja uma nação multicultural.
"De qualquer modo, não foi a opção que tomamos, não escolhemos o comunitarismo, o multiculturalismo", alegou.
O ex-primeiro-ministro (2007-2012) considera ainda que "há um problema relacionado ao Islã" e "um aumento do integrismo muçulmano na França".
Aproximação com a RússiaFillon quer "restabelecer uma relação franca e sólida" com os Estados Unidos e com a Rússia. Deseja uma aproximação com Moscou, vendo-a como um aliado frente à ameaça que representa o grupo Estado Islâmico (EI).
Além disso, é favorável a uma associação com o governo de Bashar al-Assad para resolver o conflito sírio.
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