Lula é denunciado mais uma vez na Lava Jato
Brasília, 15 dez 2016 (AFP) - O Ministério Público denunciou nesta quinta-feira o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por corrupção e lavagem de dinheiro com base na operação Lava Jato, que investiga o desvio de dinheiro da Petrobras.
Se a denúncia for aceita pela Justiça, o fundador do Partido dos Trabalhadores (PT) enfrentará mais um julgamento envolvendo a Lava Jato, reduzindo a chance de se tornar candidato à presidência em 2018.
Na denúncia apresentada nesta quinta-feira, os promotores acusam Lula de "corrupção passiva e lavagem de dinheiro" por aceitar subornos da Odebrecth em troca de apoio político para contratos com a Petrobras.
Os subornos envolveram a compra de um terreno destinado à construção do Instituto Lula, criado pelo ex-presidente assim que deixou o Planalto, e um apartamento em São Paulo.
A denúncia faz parte de um esquema maior pelo qual políticos, empresários e funcionários da Petrobras desviavam dinheiro para o próprio bolso ou para financiar partidos e campanhas eleitorais.
Os procuradores identificam Lula como o "comandante máximo" deste esquema criminoso, "não apenas para seu enriquecimento ilícito, mas especialmente para manter a governabilidade por meio de práticas corruptas e se perpetuar no poder de forma delitiva".
A denúncia envolve nove pessoas no total, incluindo Marisa Leticia, mulher de Lula, e o ex-presidente da Odebrecht Marcelo Odebrecht.
O dinheiro proveniente de oito contratos com a Petrobras totalizou 75 milhões de reais, segundo a denúncia.
Lula já enfrenta processos por corrupção, lavagem de dinheiro e obstrução da justiça.
O porta-voz do Instituto Lula, José Chrispiniano, reagiu afirmando que a nova denúncia surge da necessidade dos promotores da Lava Jato de "inventar uma nova história em sua busca obsessiva por tentar retratar o ex-presidente como responsável pelos desvios na Petrobras".
Em nota enviada à AFP, o Instituto Lula negou que e o apartamento e o terreno que figuram na denúncia pertençam ao ex-presidente.
"Depois de mais de 20 depoimentos de testemunhas arroladas pelo próprio Ministério Público enterrarem a farsa de que Lula seria proprietário de um apartamento tríplex no Guarujá, com as testemunhas comprovando que a família do ex-presidente jamais teve as chaves ou usou o apartamento, sendo apenas 'potenciais compradores' do imóvel, os procuradores do Ministério Público do Paraná, chefiados por Deltan Dallagnol, tinham que inventar uma nova história na sua busca obsessiva de tentar retratar o ex-presidente como responsável pelos desvios na Petrobras.
"Após um apartamento que nunca foi de Lula no Guarujá, entra a acusação de um apartamento que também não é de Lula, pelo qual sua família paga aluguel pelo uso, e um terreno que não é, nem nunca foi, do Instituto Lula, onde aliás o atual proprietário hoje constrói uma revendedora de automóveis".
"Os procuradores da Lava Jato não se conformam com o fato de Lula ter sido presidente da República. Para a Lava Jato, esse é o crime de Lula: ter sido presidente duas vezes. Temem que em 2018 Lula reincida nessa ousadia".
sms/mel-rs/lr
Se a denúncia for aceita pela Justiça, o fundador do Partido dos Trabalhadores (PT) enfrentará mais um julgamento envolvendo a Lava Jato, reduzindo a chance de se tornar candidato à presidência em 2018.
Na denúncia apresentada nesta quinta-feira, os promotores acusam Lula de "corrupção passiva e lavagem de dinheiro" por aceitar subornos da Odebrecth em troca de apoio político para contratos com a Petrobras.
Os subornos envolveram a compra de um terreno destinado à construção do Instituto Lula, criado pelo ex-presidente assim que deixou o Planalto, e um apartamento em São Paulo.
A denúncia faz parte de um esquema maior pelo qual políticos, empresários e funcionários da Petrobras desviavam dinheiro para o próprio bolso ou para financiar partidos e campanhas eleitorais.
Os procuradores identificam Lula como o "comandante máximo" deste esquema criminoso, "não apenas para seu enriquecimento ilícito, mas especialmente para manter a governabilidade por meio de práticas corruptas e se perpetuar no poder de forma delitiva".
A denúncia envolve nove pessoas no total, incluindo Marisa Leticia, mulher de Lula, e o ex-presidente da Odebrecht Marcelo Odebrecht.
O dinheiro proveniente de oito contratos com a Petrobras totalizou 75 milhões de reais, segundo a denúncia.
Lula já enfrenta processos por corrupção, lavagem de dinheiro e obstrução da justiça.
O porta-voz do Instituto Lula, José Chrispiniano, reagiu afirmando que a nova denúncia surge da necessidade dos promotores da Lava Jato de "inventar uma nova história em sua busca obsessiva por tentar retratar o ex-presidente como responsável pelos desvios na Petrobras".
Em nota enviada à AFP, o Instituto Lula negou que e o apartamento e o terreno que figuram na denúncia pertençam ao ex-presidente.
"Depois de mais de 20 depoimentos de testemunhas arroladas pelo próprio Ministério Público enterrarem a farsa de que Lula seria proprietário de um apartamento tríplex no Guarujá, com as testemunhas comprovando que a família do ex-presidente jamais teve as chaves ou usou o apartamento, sendo apenas 'potenciais compradores' do imóvel, os procuradores do Ministério Público do Paraná, chefiados por Deltan Dallagnol, tinham que inventar uma nova história na sua busca obsessiva de tentar retratar o ex-presidente como responsável pelos desvios na Petrobras.
"Após um apartamento que nunca foi de Lula no Guarujá, entra a acusação de um apartamento que também não é de Lula, pelo qual sua família paga aluguel pelo uso, e um terreno que não é, nem nunca foi, do Instituto Lula, onde aliás o atual proprietário hoje constrói uma revendedora de automóveis".
"Os procuradores da Lava Jato não se conformam com o fato de Lula ter sido presidente da República. Para a Lava Jato, esse é o crime de Lula: ter sido presidente duas vezes. Temem que em 2018 Lula reincida nessa ousadia".
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