Merkel promete mudanças após falhas de seguranças reveladas por atentado
Berlim, 23 dez 2016 (AFP) - A chanceler alemã, Angela Merkel, prometeu nesta sexta-feira revisar totalmente as medidas de segurança no país após o atentado de Berlim, que pôs em evidência as falhas dos serviços de inteligência, dos procedimentos de asilo e da burocracia governamental.
O suposto autor do ataque com um caminhão à uma feira de Natal de Berlim na segunda-feira, que deixou 12 mortos e 50 feridos, Anis Amri, que há vários meses era conhecido pelas autoridades por ser considerado perigoso, foi morto a tiros pela polícia italiana em Milão, na madrugada desta sexta-feira, após cruzar sem dificuldades a fronteira alemã.
"A partir de agora vamos analisar de maneira intensiva o que deve mudar no arsenal de medidas do Estado" alemão, indicou Merkel após receber uma avalanche de críticas, tanto da oposição quando de aliados políticos.
O ministro da Justiça, Heiko Maas, disse que ia tomar decisões "muito rapidamente em janeiro" para determinar "como vigiar melhor as pessoas perigosas" e "como expulsar o mais rápido possível" os imigrantes cujo direito de residência não foi concedido ou renovado.
O suspeito tunisiano, de 24 anos, era conhecido pela polícia pela sua radicalização islâmica, e ao mesmo tempo seus pedidos de asilo tinham sido rejeitados, de modo que deveria ter sido expulso do país há meses.
"As informações que temos sobre a forma como as autoridades trabalharam são escandalosas" criticou um dos responsáveis do partido conservador da chanceler, Armin Laschet. "Não é assim que vamos garantir a segurança da Alemanha", disse.
Entre sua chegada à Alemanha, em julho de 2015, e o atentado de segunda-feira, Anis Amri brincou de gato e rato com diferentes administrações, circulando de una região para outra, com várias identidades ao mesmo tempo.
A polícia do estado da Renânia do Norte-Vestfália, no oeste do país, onde o suspeito morou por algum tempo, o considerava muito perigoso e pronto para cometer um atentado jihadista.
Mas seu dossiê acabou em outra dependência, em Berlim, onde o suspeito acabou se instalando.
As autoridades de Berlim começaram a vigiá-lo, mas após seis meses infrutuosos, fecharam o caso.
O atentado põe em questão também os problemas relacionados com os procedimentos de asilo. Amri teve sua demanda rejeitada pelas autoridades da Renânia em junho.
Amri não tinha documentos de identidade em dia, e a Tunísia não queria recebê-lo porque achava que ele não era cidadão do país, de modo que ficou em um limbo jurídico.
O caso gerou petições de vários líderes políticos alemãs para que as expulsões dos estrangeiros que tiveram seu pedido de asilo negado sejam feitas mais rapidamente.
Merkel telefonou na sexta-feira para o presidente tunisiano para pedir que as deportações para este país "se acelerem".
A controvérsia gerada pelo atentado tem efeitos políticos ainda desconhecidos, podendo enfraquecer a chanceler a nove meses das eleições legislativas, nas quais ela tentará a reeleição, apesar das críticas por ter aberto as portas do país para um milhão de refugiados em 2015 e 300.000 em 2016.
O suposto autor do ataque com um caminhão à uma feira de Natal de Berlim na segunda-feira, que deixou 12 mortos e 50 feridos, Anis Amri, que há vários meses era conhecido pelas autoridades por ser considerado perigoso, foi morto a tiros pela polícia italiana em Milão, na madrugada desta sexta-feira, após cruzar sem dificuldades a fronteira alemã.
"A partir de agora vamos analisar de maneira intensiva o que deve mudar no arsenal de medidas do Estado" alemão, indicou Merkel após receber uma avalanche de críticas, tanto da oposição quando de aliados políticos.
O ministro da Justiça, Heiko Maas, disse que ia tomar decisões "muito rapidamente em janeiro" para determinar "como vigiar melhor as pessoas perigosas" e "como expulsar o mais rápido possível" os imigrantes cujo direito de residência não foi concedido ou renovado.
O suspeito tunisiano, de 24 anos, era conhecido pela polícia pela sua radicalização islâmica, e ao mesmo tempo seus pedidos de asilo tinham sido rejeitados, de modo que deveria ter sido expulso do país há meses.
"As informações que temos sobre a forma como as autoridades trabalharam são escandalosas" criticou um dos responsáveis do partido conservador da chanceler, Armin Laschet. "Não é assim que vamos garantir a segurança da Alemanha", disse.
Entre sua chegada à Alemanha, em julho de 2015, e o atentado de segunda-feira, Anis Amri brincou de gato e rato com diferentes administrações, circulando de una região para outra, com várias identidades ao mesmo tempo.
A polícia do estado da Renânia do Norte-Vestfália, no oeste do país, onde o suspeito morou por algum tempo, o considerava muito perigoso e pronto para cometer um atentado jihadista.
Mas seu dossiê acabou em outra dependência, em Berlim, onde o suspeito acabou se instalando.
As autoridades de Berlim começaram a vigiá-lo, mas após seis meses infrutuosos, fecharam o caso.
O atentado põe em questão também os problemas relacionados com os procedimentos de asilo. Amri teve sua demanda rejeitada pelas autoridades da Renânia em junho.
Amri não tinha documentos de identidade em dia, e a Tunísia não queria recebê-lo porque achava que ele não era cidadão do país, de modo que ficou em um limbo jurídico.
O caso gerou petições de vários líderes políticos alemãs para que as expulsões dos estrangeiros que tiveram seu pedido de asilo negado sejam feitas mais rapidamente.
Merkel telefonou na sexta-feira para o presidente tunisiano para pedir que as deportações para este país "se acelerem".
A controvérsia gerada pelo atentado tem efeitos políticos ainda desconhecidos, podendo enfraquecer a chanceler a nove meses das eleições legislativas, nas quais ela tentará a reeleição, apesar das críticas por ter aberto as portas do país para um milhão de refugiados em 2015 e 300.000 em 2016.
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