Leopoldo López propõe retomar ofensiva contra Nicolás Maduro em 2017
Caracas, 31 dez 2016 (AFP) - O opositor venezuelano Leopoldo López, preso há quase três anos, propôs neste sábado um "roteiro" para retomar em 2017 a ofensiva contra o presidente Nicolás Maduro no Parlamento, de maioria opositora.
"A Assembleia deve decidir sobre a responsabilidade política de Nicolás Maduro e o abandono de seus deveres constitucionais", escreveu López em uma carta divulgada em suas redes sociais, ao culpar o presidente pela severa crise política e econômica que o país sofre.
A exigência de López coincide com a de outro emblemático opositor preso, o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, que também pediu em uma carta, neste sábado, que o Parlamento retome a ofensiva contra o mandatário, cujo período de governo termina em janeiro de 2019.
"A Assembleia deve decidir sobre o abandono do cargo por parte de Maduro, enquanto invoca a aplicação da Carta Democrática Interamericana" da Organização dos Estados Americanos (OEA), acrescentou.
Em 13 de dezembro, o Legislativo declarou a "responsabilidade política" do presidente na situação do país, que lida com uma severa escassez de alimentos e remédios, e com uma inflação que fechará 2016 em 475%, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
A decisão pode ser o primeiro passo para iniciar um julgamento político contra Maduro, apesar de isto não ser contemplado na Constituição. Além disso, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) declarou-a nula, ao ratificar que o Legislativo se encontra em "desacato".
O Supremo acusa o Parlamento de permanecer em situação de desacato por três deputados opositores, cuja eleição foi suspensa por denúncias de fraude apresentadas pelo governo, não terem sido formalmente separados do Legislativo.
O segundo passo que deve ser dado pela oposição em 2017, de acordo com López, é designar dois diretores do Poder Eleitoral - que a oposição acusa de servir ao governo - cujo período venceu em dezembro.
No entanto, em 14 de dezembro, e também por conta da situação de "desacato", o TSJ - acusado igualmente pela oposição de ser aliado do chavismo - ratificou duas diretoras vinculadas ao oficialismo.
López também propôs que, "diante de qualquer desconhecimento das decisões tomadas pela Assembleia", a oposição deva realizar "grandes manifestações" populares.
O dirigente está condenado a quase 14 anos de prisão, acusado de promover a violência nos protestos contra Maduro em 2014, e Ledezma, em prisão domiciliar após ser detido em 2015, é acusado de conspiração contra o governo.
"A Assembleia deve decidir sobre a responsabilidade política de Nicolás Maduro e o abandono de seus deveres constitucionais", escreveu López em uma carta divulgada em suas redes sociais, ao culpar o presidente pela severa crise política e econômica que o país sofre.
A exigência de López coincide com a de outro emblemático opositor preso, o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, que também pediu em uma carta, neste sábado, que o Parlamento retome a ofensiva contra o mandatário, cujo período de governo termina em janeiro de 2019.
"A Assembleia deve decidir sobre o abandono do cargo por parte de Maduro, enquanto invoca a aplicação da Carta Democrática Interamericana" da Organização dos Estados Americanos (OEA), acrescentou.
Em 13 de dezembro, o Legislativo declarou a "responsabilidade política" do presidente na situação do país, que lida com uma severa escassez de alimentos e remédios, e com uma inflação que fechará 2016 em 475%, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
A decisão pode ser o primeiro passo para iniciar um julgamento político contra Maduro, apesar de isto não ser contemplado na Constituição. Além disso, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) declarou-a nula, ao ratificar que o Legislativo se encontra em "desacato".
O Supremo acusa o Parlamento de permanecer em situação de desacato por três deputados opositores, cuja eleição foi suspensa por denúncias de fraude apresentadas pelo governo, não terem sido formalmente separados do Legislativo.
O segundo passo que deve ser dado pela oposição em 2017, de acordo com López, é designar dois diretores do Poder Eleitoral - que a oposição acusa de servir ao governo - cujo período venceu em dezembro.
No entanto, em 14 de dezembro, e também por conta da situação de "desacato", o TSJ - acusado igualmente pela oposição de ser aliado do chavismo - ratificou duas diretoras vinculadas ao oficialismo.
López também propôs que, "diante de qualquer desconhecimento das decisões tomadas pela Assembleia", a oposição deva realizar "grandes manifestações" populares.
O dirigente está condenado a quase 14 anos de prisão, acusado de promover a violência nos protestos contra Maduro em 2014, e Ledezma, em prisão domiciliar após ser detido em 2015, é acusado de conspiração contra o governo.
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