Polícia descarta relação entre autor do atentado de Londres e extremistas
Londres, 27 Mar 2017 (AFP) - A Polícia londrina não encontrou provas de uma associação do autor do atentado de Londres com grupos extremistas, nem que ele tenha se radicalizado na prisão, indica um comunicado oficial publicado nesta segunda-feira.
A Scotland Yard "não encontrou provas de uma associação" do autor do atentado de Londres com os grupos Estado Islâmico (EI) ou Al-Qaeda, informou a Polícia, após cinco dias de investigações.
Khalid Mansoor tinha, no entanto, claramente um interesse pela Jihad, acrescentou um chefe do serviço de combate ao terrorismo britânico, Neil Basu.
O atentado, que fez 4 mortos e mais de 50 feridos na quarta-feira, foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico, segundo o qual Masood era um "soldado" da organização.
Mas a formulação do comunicado da organização parece indicar que ele não preparou ou coordenou o ataque. "Masood agiu em resposta ao chamado de atacar os países da coalizão" internacional antijihadista, declarou Amaq, a agência de propaganda do EI.
"Não há nenhuma evidência de que Masood se radicalizou na prisão em 2003, como foi sugerido. Isso é pura especulação", observou o oficial da polícia britânica.
Basu pediu que qualquer pessoa que tenha estado em contato com Masood no dia do ataque se apresente às autoridades, enquanto a polícia tenta reconstituir seu percurso pouco antes do atentado e entender seus motivos.
Ele observou que o agressor utilizou meios "pouco sofisticados, pouco técnicos, baratos e copiando outros ataques, ecoando a retórica dos líderes do EI em termos de metodologia e de ataque contra a polícia e civis".
"Mas, nesta fase da investigação, não temos nenhuma evidência de que ele tenha discutido o assunto com outros", acrescentou o oficial.
Esses elementos reforçam a tese "de lobo solitário", assim como aconteceu com alguns extremistas islâmicos que atacaram na Europa antes dele.
Mãe 'atordoada'Khalil Masood, britânico de 52 anos convertido ao Islã, matou na quarta-feira três pessoas atropeladas na ponte de Westminster antes de esfaquear até a morte um policial em frente ao Parlamento.
Antes do ataque, ele utilizou o aplicativo WhatsApp para enviar mensagens.
Após o atentado, a polícia prendeu 12 pessoas, das quais duas permaneciam em custódia nesta segunda-feira.
A família de Kurt Cochran, o turista americano morto no ataque, agradeceu os serviços de emergência em uma coletiva de imprensa na capital britânica.
"Kurt faz uma enorme falta, era alguém fantástico que amava a todos e procurava fazer o mundo um lugar melhor", declarou seu cunhado, Clint Payne.
Melissa, esposa de Kurt Cochran, fraturou uma perna e uma costela, mas "se recupera bem", segundo Clint Payne.
O casal comemorava 25 anos de casamento quando foi atingido por Masood.
Janet Ajao, a mãe de Masood, publicou nesta segunda-feira uma declaração em que condena o ataque que a deixou "chocada e atordoada".
Entre 1983 e 2003, Adrian Russell Ajao, conhecido como Adrian Elms ou Khalid Masood foi condenado por assalto, posse ilegal de armas e por perturbar a ordem pública.
Entre novembro de 2005 e novembro de 2006, e depois entre abril de 2008 e abril de 2009, foi professor de inglês na Arábia Saudita, confirmou a embaixada saudita que disse que ele não estava na mira de serviços segurança do reino.
fb/jk/gde/mr/mvv
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A Scotland Yard "não encontrou provas de uma associação" do autor do atentado de Londres com os grupos Estado Islâmico (EI) ou Al-Qaeda, informou a Polícia, após cinco dias de investigações.
Khalid Mansoor tinha, no entanto, claramente um interesse pela Jihad, acrescentou um chefe do serviço de combate ao terrorismo britânico, Neil Basu.
O atentado, que fez 4 mortos e mais de 50 feridos na quarta-feira, foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico, segundo o qual Masood era um "soldado" da organização.
Mas a formulação do comunicado da organização parece indicar que ele não preparou ou coordenou o ataque. "Masood agiu em resposta ao chamado de atacar os países da coalizão" internacional antijihadista, declarou Amaq, a agência de propaganda do EI.
"Não há nenhuma evidência de que Masood se radicalizou na prisão em 2003, como foi sugerido. Isso é pura especulação", observou o oficial da polícia britânica.
Basu pediu que qualquer pessoa que tenha estado em contato com Masood no dia do ataque se apresente às autoridades, enquanto a polícia tenta reconstituir seu percurso pouco antes do atentado e entender seus motivos.
Ele observou que o agressor utilizou meios "pouco sofisticados, pouco técnicos, baratos e copiando outros ataques, ecoando a retórica dos líderes do EI em termos de metodologia e de ataque contra a polícia e civis".
"Mas, nesta fase da investigação, não temos nenhuma evidência de que ele tenha discutido o assunto com outros", acrescentou o oficial.
Esses elementos reforçam a tese "de lobo solitário", assim como aconteceu com alguns extremistas islâmicos que atacaram na Europa antes dele.
Mãe 'atordoada'Khalil Masood, britânico de 52 anos convertido ao Islã, matou na quarta-feira três pessoas atropeladas na ponte de Westminster antes de esfaquear até a morte um policial em frente ao Parlamento.
Antes do ataque, ele utilizou o aplicativo WhatsApp para enviar mensagens.
Após o atentado, a polícia prendeu 12 pessoas, das quais duas permaneciam em custódia nesta segunda-feira.
A família de Kurt Cochran, o turista americano morto no ataque, agradeceu os serviços de emergência em uma coletiva de imprensa na capital britânica.
"Kurt faz uma enorme falta, era alguém fantástico que amava a todos e procurava fazer o mundo um lugar melhor", declarou seu cunhado, Clint Payne.
Melissa, esposa de Kurt Cochran, fraturou uma perna e uma costela, mas "se recupera bem", segundo Clint Payne.
O casal comemorava 25 anos de casamento quando foi atingido por Masood.
Janet Ajao, a mãe de Masood, publicou nesta segunda-feira uma declaração em que condena o ataque que a deixou "chocada e atordoada".
Entre 1983 e 2003, Adrian Russell Ajao, conhecido como Adrian Elms ou Khalid Masood foi condenado por assalto, posse ilegal de armas e por perturbar a ordem pública.
Entre novembro de 2005 e novembro de 2006, e depois entre abril de 2008 e abril de 2009, foi professor de inglês na Arábia Saudita, confirmou a embaixada saudita que disse que ele não estava na mira de serviços segurança do reino.
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