Ex-primeiro-ministro socialista anuncia voto em candidato de centro na França
Paris, 29 Mar 2017 (AFP) - O ex-primeiro-ministro socialista Manuel Valls anunciou nesta quarta-feira que votará no candidato de centro Emmanuel Macron na eleição presidencial francesas ante o risco de vitória da extrema-direita, dando as costas ao candidato de seu próprio partido.
"Votarei em Emmanuel Macron porque acredito que não se deve correr nenhum risco quando trata-se da República", afirmou Valls ao canal BFMTV,
As pesquisas apontam uma disputa entre Macron e a candidata da extrema-direita Marine Le Pen no segundo turno da eleição presidencial em 7 de maio. O primeiro turno acontecerá no dia 23 de abril.
Valls, que foi primeiro-ministro do presidente François Hollande entre 2014 e 2016, justificou sua decisão pela "crise da esquerda e a marginalização de nosso candidato", Benoît Hamon, e pelo "afundamento moral da candidatura de François Fillon", o aspirante da direita perseguido por escândalos judiciais.
O respaldo de Valls é uma faca de dois gumes para Macron, de 39 anos, que abandonou o impopular governo socialista de Valls para formar seu próprio movimento político que, afirma o candidato, "não é nem de direita nem de esquerda".
Macron, que foi ministro da Economia do governo de Valls, "agradeceu" ao ex-primeiro-ministro por seu apoio, mas afirmou que tem por objetivo "renovar os rostos" na política francesa.
O candidato socialista Benoît Hamon, que derrotou Valls nas primárias de janeiro, havia antecipado o abandono desde domingo, denunciando uma "punhalada nas costas".
De acordo com as pesquisas mais recentes, Hamon deve ficar em quinto lugar no primeiro turno, com 10% dos votos.
Os candidatos dos dois grandes partidos tradicionais da esquerda e da direita francesa podem ficar de fora do segundo turno pela primeira vez na história.
O conservador Fillon começou a campanha como o grande favorito para substituir Hollande, mas se viu envolvido em um escândalo de supostos empregos fictícios, que resultou no indiciamento dele e de sua esposa.
As últimas pesquisas apontam que ele ficará em terceiro lugar no primeiro turno.
A decisão de Valls provocou uma onda de críticas dentro do Partido Socialista, com denúncias de uma "tentativa de sabotagem".
"Todos sabemos agora o que vale uma promessa de um homem como Manuel Valls: nada", reagiu o ex-ministro Arnaud Montebourg, que anunciou apoio a Hamon depois de ser derrotado nas primárias socialistas, como estipulavam as regras do partido.
"Quem tomou a decisão de não ocupar uma posição central depois das primárias, de não reunir toda a esquerda progressista?", respondeu Valls, confirmando a existência de uma divisão dentro do PS entre Hamon e Macron.
Outros integrantes do Partido Socialista já anunciaram apoio a Macron, que nunca disputou uma eleição.
Eles afirmam que o respaldo a Macron é a melhor alternativa para evitar o segundo turno entre a direita e a extrema-direita.
"Votarei em Emmanuel Macron porque acredito que não se deve correr nenhum risco quando trata-se da República", afirmou Valls ao canal BFMTV,
As pesquisas apontam uma disputa entre Macron e a candidata da extrema-direita Marine Le Pen no segundo turno da eleição presidencial em 7 de maio. O primeiro turno acontecerá no dia 23 de abril.
Valls, que foi primeiro-ministro do presidente François Hollande entre 2014 e 2016, justificou sua decisão pela "crise da esquerda e a marginalização de nosso candidato", Benoît Hamon, e pelo "afundamento moral da candidatura de François Fillon", o aspirante da direita perseguido por escândalos judiciais.
O respaldo de Valls é uma faca de dois gumes para Macron, de 39 anos, que abandonou o impopular governo socialista de Valls para formar seu próprio movimento político que, afirma o candidato, "não é nem de direita nem de esquerda".
Macron, que foi ministro da Economia do governo de Valls, "agradeceu" ao ex-primeiro-ministro por seu apoio, mas afirmou que tem por objetivo "renovar os rostos" na política francesa.
O candidato socialista Benoît Hamon, que derrotou Valls nas primárias de janeiro, havia antecipado o abandono desde domingo, denunciando uma "punhalada nas costas".
De acordo com as pesquisas mais recentes, Hamon deve ficar em quinto lugar no primeiro turno, com 10% dos votos.
Os candidatos dos dois grandes partidos tradicionais da esquerda e da direita francesa podem ficar de fora do segundo turno pela primeira vez na história.
O conservador Fillon começou a campanha como o grande favorito para substituir Hollande, mas se viu envolvido em um escândalo de supostos empregos fictícios, que resultou no indiciamento dele e de sua esposa.
As últimas pesquisas apontam que ele ficará em terceiro lugar no primeiro turno.
A decisão de Valls provocou uma onda de críticas dentro do Partido Socialista, com denúncias de uma "tentativa de sabotagem".
"Todos sabemos agora o que vale uma promessa de um homem como Manuel Valls: nada", reagiu o ex-ministro Arnaud Montebourg, que anunciou apoio a Hamon depois de ser derrotado nas primárias socialistas, como estipulavam as regras do partido.
"Quem tomou a decisão de não ocupar uma posição central depois das primárias, de não reunir toda a esquerda progressista?", respondeu Valls, confirmando a existência de uma divisão dentro do PS entre Hamon e Macron.
Outros integrantes do Partido Socialista já anunciaram apoio a Macron, que nunca disputou uma eleição.
Eles afirmam que o respaldo a Macron é a melhor alternativa para evitar o segundo turno entre a direita e a extrema-direita.
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