Atentado talibã deixa mais de 20 mortos no Paquistão
Peshawar, Paquistão, 31 Mar 2017 (AFP) - Um atentado com bomba reivindicado pelos talibãs devastou nesta sexta-feira o mercado de uma região majoritariamente xiita de Parachinar, no Paquistão, deixando ao menos 22 mortos e dezenas de feridos.
Os sobreviventes contaram que precisaram entrar nas lojas do mercado para se proteger depois de ouvir uma "forte explosão", enquanto outros tentavam ajudar os feridos.
Este ataque ocorreu depois que em fevereiro uma onda de violência deixou 130 mortos no Paquistão.
"Ouvi uma forte explosão e escutei pessoas gritando", contou à AFP Muhammad Ali, um morador que estava no mercado quando o ataque ocorreu.
"Fechamos as portas das lojas, já que pensávamos que poderia haver uma segunda explosão, mas ouvimos tiros por um tempo e pessoas gritando, e então decidimos sair", lembrou.
Ao sair, se deparou com uma situação de terror, disse Ali, contando que os civis levavam os feridos ao hospital em qualquer veículo que aparecesse, enquanto as forças de segurança chegavam.
"Temos 22 corpos aqui no hospital e 57 feridos, incluindo mulheres e crianças", declarou à AFP Moeen Begum, um cirurgião do hospital público de Parachinar, onde o atentado foi registrado. Um balanço anterior contabilizava 11 falecidos.
O ataque ocorreu perto de uma mesquita xiita em Parachinar, capital da Kurram, um dos sete distritos tribais semiautônomos do Paquistão regidos por leis e costumes locais.
"Foi um carro-bomba, estava estacionado no mercado, mas neste momento não está claro se trata-se de um ataque suicida", disse à AFP um funcionário do governo local, Shahid Ali Khan.
- Protestos pela segurança -Este distrito foi palco de confrontos entre muçulmanos sunitas e xiitas. Estes últimos constituem cerca de 20% dos 200 milhões de habitantes do Paquistão. Os grupos armados sunitas os consideram hereges e os ataques contra eles são comuns.
Uma facção dos Talibãs paquistaneses (TTP), o Jamaat-ul-Ahrar (JOH), assumiu a responsabilidade pela ação em uma mensagem enviada à AFP.
O primeiro-ministro, Nawaz Sharif, condenou o ataque e disse que é um dever buscar a "aniquilação completa" do terrorismo no Paquistão, ordenando o apoio às autoridades locais.
No entanto, a população xiita não demorou a reagir, acusando as forças de segurança de falhar em sua missão, e foram registrados pequenos protestos em Parachinar.
Em janeiro, 24 pessoas morreram em um ataque a bomba em outro mercado de Parachinar e em fevereiro outra onda de violência deixou 130 mortos em todo o país.
Os ataques, reivindicados em sua maioria pelo grupo extremista Estado Islâmico ou pelos talibãs paquistaneses, minaram o otimismo sobre a possibilidade de colocar fim à guerra que atinge há mais de uma década e meia o país.
la-ga-st/cnp/ahe/ra-gm-an/pc/ma
Os sobreviventes contaram que precisaram entrar nas lojas do mercado para se proteger depois de ouvir uma "forte explosão", enquanto outros tentavam ajudar os feridos.
Este ataque ocorreu depois que em fevereiro uma onda de violência deixou 130 mortos no Paquistão.
"Ouvi uma forte explosão e escutei pessoas gritando", contou à AFP Muhammad Ali, um morador que estava no mercado quando o ataque ocorreu.
"Fechamos as portas das lojas, já que pensávamos que poderia haver uma segunda explosão, mas ouvimos tiros por um tempo e pessoas gritando, e então decidimos sair", lembrou.
Ao sair, se deparou com uma situação de terror, disse Ali, contando que os civis levavam os feridos ao hospital em qualquer veículo que aparecesse, enquanto as forças de segurança chegavam.
"Temos 22 corpos aqui no hospital e 57 feridos, incluindo mulheres e crianças", declarou à AFP Moeen Begum, um cirurgião do hospital público de Parachinar, onde o atentado foi registrado. Um balanço anterior contabilizava 11 falecidos.
O ataque ocorreu perto de uma mesquita xiita em Parachinar, capital da Kurram, um dos sete distritos tribais semiautônomos do Paquistão regidos por leis e costumes locais.
"Foi um carro-bomba, estava estacionado no mercado, mas neste momento não está claro se trata-se de um ataque suicida", disse à AFP um funcionário do governo local, Shahid Ali Khan.
- Protestos pela segurança -Este distrito foi palco de confrontos entre muçulmanos sunitas e xiitas. Estes últimos constituem cerca de 20% dos 200 milhões de habitantes do Paquistão. Os grupos armados sunitas os consideram hereges e os ataques contra eles são comuns.
Uma facção dos Talibãs paquistaneses (TTP), o Jamaat-ul-Ahrar (JOH), assumiu a responsabilidade pela ação em uma mensagem enviada à AFP.
O primeiro-ministro, Nawaz Sharif, condenou o ataque e disse que é um dever buscar a "aniquilação completa" do terrorismo no Paquistão, ordenando o apoio às autoridades locais.
No entanto, a população xiita não demorou a reagir, acusando as forças de segurança de falhar em sua missão, e foram registrados pequenos protestos em Parachinar.
Em janeiro, 24 pessoas morreram em um ataque a bomba em outro mercado de Parachinar e em fevereiro outra onda de violência deixou 130 mortos em todo o país.
Os ataques, reivindicados em sua maioria pelo grupo extremista Estado Islâmico ou pelos talibãs paquistaneses, minaram o otimismo sobre a possibilidade de colocar fim à guerra que atinge há mais de uma década e meia o país.
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