Equador conclui acirrada campanha presidencial
Quito, 31 Mar 2017 (AFP) - O governista de esquerda Lenín Moreno e o opositor de direita Guillermo Lasso encerraram na noite desta quinta-feira, nas cidades de Quito e Guayaquil, a mais acirrada campanha para a presidência do Equador em muitos anos.
Em comício em Guayaquil, Lasso defendeu "uma mudança" para que o Equador não siga os passos da Venezuela, onde "um golpe de estado anulou a Assembleia Nacional".
"Aqui estamos junto ao povo que deseja democracia e liberdade. Democracia com independência de poderes, com justiça independente, com uma assembleia autônoma, e não como acaba de ocorrer na Venezuela, um golpe de estado anulando a Assembleia Nacional".
Na noite de quarta-feira, o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela assumiu as funções do Parlamento, que é controlado pela oposição ao presidente Nicolás Maduro, desatando uma enxurrada de críticas da comunidade internacional.
"Vocês querem isto?!" - gritou Lasso para a multidão. "Então vamos pela mudança, por uma justiça independente, porque a mudança é liberdade, para que ninguém te persiga".
Ex-presidente do Banco de Guayaquil, Lasso afirmou que votar em Lenín Moreno, candidato do presidente Rafael Correa, é apoiar o "continuísmo de uma ditadura de um partido".
Moreno, afilhado político de Correa, reuniu milhares de pessoas em uma praça do sul de Quito, onde voltou a defender um "país para todos".
No domingo, "vamos votar pelo futuro das nossas famílias, vamos escolher entre um país para um punhado de pessoas, com 'pacotaços' e privatizações, e um país para todos".
Moreno - um defensor de causas sociais que perdeu os movimentos ao ser baleado em um assalto em 1998 - propôs uma série de medidas para estimular a economia e prometeu "uma cirurgia maior contra os corruptos deste governo", em referência aos casos envolvendo a Odebrecht e a Petroecuador.
"Daremos casas gratuitas para os mais pobres e ao construí-las criaremos 136 mil empregos", prometeu Moreno, que herdará um país endividado pelo fim da bonança petroleira e com crescente desemprego.
As últimas pesquisas situam Moreno em primeiro lugar, com uma margem de entre 4 e 14 pontos, mas os analistas indicam que nas últimas projeções Lasso está ganhando terreno.
"A diferença vai ser muito pequena. Não se descarta um desenlace à peruana, onde as eleições (em junho de 2016) foram decididas no último momento (a favor de Pedro Pablo Kuczynski)", avaliou Simón Pachano, da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO).
Evocando o fantasma da fraude, Lasso declarou: "Vote com liberdade, vote pela mudança. É preciso que seja respeitada sua vontade e, depois de votar, vamos às urnas defender a vontade popular".
jm-sp-pld/cn/lr
Em comício em Guayaquil, Lasso defendeu "uma mudança" para que o Equador não siga os passos da Venezuela, onde "um golpe de estado anulou a Assembleia Nacional".
"Aqui estamos junto ao povo que deseja democracia e liberdade. Democracia com independência de poderes, com justiça independente, com uma assembleia autônoma, e não como acaba de ocorrer na Venezuela, um golpe de estado anulando a Assembleia Nacional".
Na noite de quarta-feira, o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela assumiu as funções do Parlamento, que é controlado pela oposição ao presidente Nicolás Maduro, desatando uma enxurrada de críticas da comunidade internacional.
"Vocês querem isto?!" - gritou Lasso para a multidão. "Então vamos pela mudança, por uma justiça independente, porque a mudança é liberdade, para que ninguém te persiga".
Ex-presidente do Banco de Guayaquil, Lasso afirmou que votar em Lenín Moreno, candidato do presidente Rafael Correa, é apoiar o "continuísmo de uma ditadura de um partido".
Moreno, afilhado político de Correa, reuniu milhares de pessoas em uma praça do sul de Quito, onde voltou a defender um "país para todos".
No domingo, "vamos votar pelo futuro das nossas famílias, vamos escolher entre um país para um punhado de pessoas, com 'pacotaços' e privatizações, e um país para todos".
Moreno - um defensor de causas sociais que perdeu os movimentos ao ser baleado em um assalto em 1998 - propôs uma série de medidas para estimular a economia e prometeu "uma cirurgia maior contra os corruptos deste governo", em referência aos casos envolvendo a Odebrecht e a Petroecuador.
"Daremos casas gratuitas para os mais pobres e ao construí-las criaremos 136 mil empregos", prometeu Moreno, que herdará um país endividado pelo fim da bonança petroleira e com crescente desemprego.
As últimas pesquisas situam Moreno em primeiro lugar, com uma margem de entre 4 e 14 pontos, mas os analistas indicam que nas últimas projeções Lasso está ganhando terreno.
"A diferença vai ser muito pequena. Não se descarta um desenlace à peruana, onde as eleições (em junho de 2016) foram decididas no último momento (a favor de Pedro Pablo Kuczynski)", avaliou Simón Pachano, da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO).
Evocando o fantasma da fraude, Lasso declarou: "Vote com liberdade, vote pela mudança. É preciso que seja respeitada sua vontade e, depois de votar, vamos às urnas defender a vontade popular".
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