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Holande cita "natureza terrorista" de ataque contra policiais em Paris

Christian Hartmann/Reuters
Imagem: Christian Hartmann/Reuters

Em Paris

20/04/2017 18h44

O presidente François Hollande declarou na noite desta quinta-feira que as "pistas" sobre o ataque a policiais na Champs-Elysées, em Paris, "são de natureza terrorista", no momento em que a França se encontra em alerta em razão da ameaça jihadista. O Estado Islâmico assumiu a autoria do ataque.

Um policial foi morto e outro ficou ferido em um tiroteio na avenida Champs Elysées, em Paris, e a seção terrorista do Ministério Público parisiense abriu uma investigação sobre o caso, reportado às vésperas do primeiro turno das eleições presidenciais.

O chefe de Estado prometeu que as autoridades manterão "uma vigilância absoluta" para a eleição presidencial, cujo primeiro turno será disputado no próximo domingo. "Uma homenagem nacional será prestada" ao policial morto, disse Hollande.

O ministério do Interior da França informou que o atacante foi morto na avenida, um disputado ponto turístico da capital francesa. Uma fonte judicial confirmou a morte do autor do ataque.

Os policiais foram alvos de disparos por volta das 21h00 locais (15h00 de Brasília). O atacante foi "abatido em resposta" aos disparos, afirmou. As circunstâncias do ataque ainda "não foram determinadas", informou a prefeitura da polícia de Paris.

Segundo uma fonte policial, "o agressor chegou em um veículo e abriu fogo contra uma patrulha policial com uma arma automática". "Matou um dos policiais e tentou agredir outros correndo" atrás deles, acrescentou a fonte.

Dezenas de veículos de emergência deslocaram-se para a área, que foi isolada. Paralelamente, a seção antiterrorista do Ministério Público de Paris abriu uma investigação sobre o caso.

Em Washington, o presidente americano, Donald Trump, disse que o tiroteio parece com os recentes ataques terroristas de que a França foi alvo. "Antes de tudo, nosso país apresenta as condolências ao povo da França. Está acontecendo de novo, parece", disse em coletiva de imprensa conjunta com o premiê italiano, Paolo Gentiloni. "Parece outro ataque terrorista. O que podemos dizer? Não acaba nunca. Temos que ser fortes e vigilantes, o digo faz muito tempo", acrescentou.

O tiroteio ocorre dois dias depois de a Polícia deter dois homens em Marselha (sul), suspeitos de preparar um ataque "iminente" dias antes do primeiro turno das eleições, no domingo.

A França se encontra em estado de emergência desde uma série de atentados extremistas, iniciada em 2015 e que causou a morte de mais de 230 pessoas.

Milhares de soldados e policiais armados foram enviados ao local para proteger pontos turísticos como a Champs Elysées e outros alvos em potencial, como prédios do governo e sítios religiosos.