EUA: Congresso mantém em sigilo informações sobre torturas da CIA
Washington, 24 Abr 2017 (AFP) - A Suprema Corte americana se negou, nesta segunda-feira (24), a considerar um recurso de defensores dos direitos humanos, que exigiam a publicação completa de um informe do Senado sobre o uso da tortura por parte da CIA.
"Trata-se de um golpe muito decepcionante para a transparência", afirmou Hina Shamsi, da ACLU, a mais influente organização de defesa dos direitos civis nos EUA, que apresentou o recurso.
Negando-se a considerar o caso, a Suprema Corte deixa em vigor uma sentença de um tribunal federal de Washington, segundo a qual o informe do Comitê de Inteligência do Senado não estava submetido às normas em vigor em matéria de liberdade de informação.
Com mais 6.000 páginas, o documento reflete uma ampla investigação legislativa sobre o polêmico programa de detenções secretas e interrogatórios agressivos da CIA, adotado após os atentados do 11 de Setembro, no governo George W. Bush.
O relatório foi classificado como "segredo de defesa" e apenas um resumo de cerca de 500 páginas foi tornado público em dezembro de 2014.
O documento revela várias práticas adotadas pela agência para prender e interrogar, extrajudicialmente, suspeitos de vínculos com a rede Al-Qaeda.
Os detentos permaneciam, por exemplo, amarrados no escuro durante dias, sendo jogados contra a parede, mergulhados em água gelada, além de sofrerem privação de sono por uma semana e serem agredidos física e psicologicamente.
"Trata-se de um golpe muito decepcionante para a transparência", afirmou Hina Shamsi, da ACLU, a mais influente organização de defesa dos direitos civis nos EUA, que apresentou o recurso.
Negando-se a considerar o caso, a Suprema Corte deixa em vigor uma sentença de um tribunal federal de Washington, segundo a qual o informe do Comitê de Inteligência do Senado não estava submetido às normas em vigor em matéria de liberdade de informação.
Com mais 6.000 páginas, o documento reflete uma ampla investigação legislativa sobre o polêmico programa de detenções secretas e interrogatórios agressivos da CIA, adotado após os atentados do 11 de Setembro, no governo George W. Bush.
O relatório foi classificado como "segredo de defesa" e apenas um resumo de cerca de 500 páginas foi tornado público em dezembro de 2014.
O documento revela várias práticas adotadas pela agência para prender e interrogar, extrajudicialmente, suspeitos de vínculos com a rede Al-Qaeda.
Os detentos permaneciam, por exemplo, amarrados no escuro durante dias, sendo jogados contra a parede, mergulhados em água gelada, além de sofrerem privação de sono por uma semana e serem agredidos física e psicologicamente.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.