Papa coloca 'condições claras' para ajudar Venezuela
A bordo de avión del papa, Brasil, 29 Abr 2017 (AFP) - O papa Francisco assegurou que a Santa Sé está disposta a intervir diante da grave crise na Venezuela, mas com "condições claras", em declarações feitas neste sábado a bordo do avião papal que o leva do Egito para Roma.
"Tem que ser com condições, condições muito claras", advertiu o papa, questionado sobre como a Santa Sé e ele pessoalmente poderiam ajudar a frear a onda de violência na Venezuela, que deixou até agora cerca de 30 mortos.
"Houve intervenção da Santa Sé sob um pedido forte de quatro presidentes que trabalhavam como patrocinadores. E não deu em nada. Ficou do jeito que estava. Não deu em nada porque as propostas não eram aceitas ou se diluíam. Eram um sim sim, mas não não", afirmou o papa.
O pontífice se referia às ações da Santa Sé a pedido dos ex-presidentes José Luis Rodríguez Zapatero (Espanha), Leonel Fernández (República Dominicana), Martín Torrijos (Panamá) e Ernesto Samper (Colômbia) que não deram resultado em dezembro de 2016, ao tentarem entabular um diálogo entre a oposição e o governo de Nicolás Maduro.
"Todos sabemos sobre a difícil situação da Venezuela, um país que gosto muito", reconheceu o papa.
"Sei que agora estão insistindo, não sei bem de onde, acredito que os quatro presidentes para relançar esse patrocínio e estão procurando um local. Eu acredito que tenha que ser com condições, condições muito claras", afirmou.
A diplomacia do Vaticano não se reconhece como mediadora do conflito entre o governo de Nicolás Maduro e a oposição, mas como um "patrocinador" do diálogo, segundo explicaram fontes locais.
- As condições -No ano passado, o secretário de Estado da Santa Sé, o cardeal Pietro Parolin, número dois do Vaticano, que foi núncio apostólico na Venezuela, fixou uma série de condições após consultar as partes para poder lidar com o conflito.
Entre as condições destacam-se a fixação de um calendário eleitoral, a libertação dos opositores presos, a autorização de assistência de saúde internacional e a restituição das funções do Parlamento.
Durante a coletiva com mais de 70 jornalistas que o acompanhavam no avião, o papa argentino admitiu que alguns dos problemas para sua ação pacificadora são as divisões dentro da oposição venezuelana.
"Parte da oposição não quer isso", disse.
"É curioso, a oposição está dividida e os conflitos aumentam cada vez mais", afirmou.
"Mas há algo em movimento [...] muito no ar ainda", adiantou.
O papa Francisco reiterou que "tudo o que se pode fazer pela Venezuela deve ser feito, mas com as garantias necessárias", resumiu.
O pontífice manifestou publicamente em várias ocasiões sua preocupação com a crise na Venezuela.
cm-kv/jvb/cb/mvv
"Tem que ser com condições, condições muito claras", advertiu o papa, questionado sobre como a Santa Sé e ele pessoalmente poderiam ajudar a frear a onda de violência na Venezuela, que deixou até agora cerca de 30 mortos.
"Houve intervenção da Santa Sé sob um pedido forte de quatro presidentes que trabalhavam como patrocinadores. E não deu em nada. Ficou do jeito que estava. Não deu em nada porque as propostas não eram aceitas ou se diluíam. Eram um sim sim, mas não não", afirmou o papa.
O pontífice se referia às ações da Santa Sé a pedido dos ex-presidentes José Luis Rodríguez Zapatero (Espanha), Leonel Fernández (República Dominicana), Martín Torrijos (Panamá) e Ernesto Samper (Colômbia) que não deram resultado em dezembro de 2016, ao tentarem entabular um diálogo entre a oposição e o governo de Nicolás Maduro.
"Todos sabemos sobre a difícil situação da Venezuela, um país que gosto muito", reconheceu o papa.
"Sei que agora estão insistindo, não sei bem de onde, acredito que os quatro presidentes para relançar esse patrocínio e estão procurando um local. Eu acredito que tenha que ser com condições, condições muito claras", afirmou.
A diplomacia do Vaticano não se reconhece como mediadora do conflito entre o governo de Nicolás Maduro e a oposição, mas como um "patrocinador" do diálogo, segundo explicaram fontes locais.
- As condições -No ano passado, o secretário de Estado da Santa Sé, o cardeal Pietro Parolin, número dois do Vaticano, que foi núncio apostólico na Venezuela, fixou uma série de condições após consultar as partes para poder lidar com o conflito.
Entre as condições destacam-se a fixação de um calendário eleitoral, a libertação dos opositores presos, a autorização de assistência de saúde internacional e a restituição das funções do Parlamento.
Durante a coletiva com mais de 70 jornalistas que o acompanhavam no avião, o papa argentino admitiu que alguns dos problemas para sua ação pacificadora são as divisões dentro da oposição venezuelana.
"Parte da oposição não quer isso", disse.
"É curioso, a oposição está dividida e os conflitos aumentam cada vez mais", afirmou.
"Mas há algo em movimento [...] muito no ar ainda", adiantou.
O papa Francisco reiterou que "tudo o que se pode fazer pela Venezuela deve ser feito, mas com as garantias necessárias", resumiu.
O pontífice manifestou publicamente em várias ocasiões sua preocupação com a crise na Venezuela.
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