Lula amplia vantagem para eleições presidenciais de 2018
Brasília, 30 Abr 2017 (AFP) - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva venceria com folga o primeiro turno das eleições presidenciais do país em 2018, apesar de sua asfixiante situação judicial, e também ganharia na maioria dos cenários do segundo turno, revelou uma pesquisa neste domingo.
Lula (2003-2010) seria votado por 30% do eleitorado (contra 25-26% de dezembro), o dobro do que conquistariam Marina Silva, que permaneceu com 15%, e Jair Bolsonaro, que somaria entre 14% e 15% dos votos (contra 8% e 9%), suficientes para ficar em segundo lugar em um dos cenários analisados pela pesquisa do Instituto Datafolha.
Marina Silva é a única política em condições de vencer Lula no segundo turno: 41% a 38%, diferença considerada pelo Datafolha como um empate técnico.
Em todas as demais medições, o ex-presidente venceria com folga.
"Lula mantém-se na liderança apesar das menções (...) recentes da Lava-Jato", afirmou o Datafolha em referência ao caso Petrobras, que investiga uma rede de subornos e desvios de dinheiro público.
O ex-líder sindical e fundador do Partido dos Trabalhadores (PT) enfrenta cinco processos por corrupção, tráfico de influência e obstrução da justiça. Se for condenado em algum deles, e a decisão for ratificada em segunda instância, não poderá se candidatar.
- Novas figuras -O cenário político brasileiro entrou em turbulência desde que no ano passado a presidente Dilma Rousseff (2011-2016), sucessora de Lula, foi alvo de um impeachment por adulterar as contas públicas. E a crise foi alimentada sem pausa pelos escândalos da Petrobras e da construtora Odebrecht, que confessou ter pago propinas a dezenas de funcionários públicos.
O descrédito abriu as portas a figuras como Jair Bolsonaro, que defende publicamente a ditadura militar (1964-1985), o atual prefeito de São Paulo, João Doria, ou outras pessoas sem filiação partidária, mas com prestígio social, como o juiz Sérgio Moro.
O Datafolha mediu uma hipotética candidatura do juiz de primeira instância que se transformou em ícone anticorrupção por sua atuação no caso Petrobras, e as respostas revelaram que derrotaria Lula de forma apertada no segundo turno.
Moro negou ter intenções de entrar para a política. Ele interrogará o ex-presidente em Curitiba no dia 10 de maio, assunto que tem gerado grande interesse no país.
Uma eventual candidatura de Doria, por sua vez, somaria 9% dos votos.
- Temer -O trabalho do Datafolha registrou uma alta rejeição à gestão do presidente Michel Temer (PMDB), que chegou ao poder após o impeachment e depois de atuar como vice-presidente de Dilma Roussef por cinco anos.
Acusado por sua ex-aliada de liderar um golpe de Estado para derrubá-la, a gestão de Temer tem o apoio de apenas 9% dos brasileiros, que a consideram ótima ou boa.
No entanto, 61% a definiram como ruim ou péssima, e 26% como regular. O Datafolha não especificou a porcentagem restante.
O elevado nível de reprovação já é comparável ao de Dilma às vésperas da abertura do processo de impeachment, segundo o Datafolha.
Temer deve entregar a faixa presidencial no dia 1º de janeiro de 2019 e já antecipou que não se candidatará em outubro de 2018. Sua eventual candidatura gera uma rejeição de 64% do eleitorado, quase 20 pontos acima de Lula, que está em segundo nesta medição.
Temer impulsiona um plano de austeridade para tentar tirar o país da recessão, que inclui reformas trabalhista e da previdência que motivaram na última sexta-feira a primeira greve geral no Brasil em 21 anos.
O protesto terminou com violentos confrontos entre manifestantes e policiais.
Lula (2003-2010) seria votado por 30% do eleitorado (contra 25-26% de dezembro), o dobro do que conquistariam Marina Silva, que permaneceu com 15%, e Jair Bolsonaro, que somaria entre 14% e 15% dos votos (contra 8% e 9%), suficientes para ficar em segundo lugar em um dos cenários analisados pela pesquisa do Instituto Datafolha.
Marina Silva é a única política em condições de vencer Lula no segundo turno: 41% a 38%, diferença considerada pelo Datafolha como um empate técnico.
Em todas as demais medições, o ex-presidente venceria com folga.
"Lula mantém-se na liderança apesar das menções (...) recentes da Lava-Jato", afirmou o Datafolha em referência ao caso Petrobras, que investiga uma rede de subornos e desvios de dinheiro público.
O ex-líder sindical e fundador do Partido dos Trabalhadores (PT) enfrenta cinco processos por corrupção, tráfico de influência e obstrução da justiça. Se for condenado em algum deles, e a decisão for ratificada em segunda instância, não poderá se candidatar.
- Novas figuras -O cenário político brasileiro entrou em turbulência desde que no ano passado a presidente Dilma Rousseff (2011-2016), sucessora de Lula, foi alvo de um impeachment por adulterar as contas públicas. E a crise foi alimentada sem pausa pelos escândalos da Petrobras e da construtora Odebrecht, que confessou ter pago propinas a dezenas de funcionários públicos.
O descrédito abriu as portas a figuras como Jair Bolsonaro, que defende publicamente a ditadura militar (1964-1985), o atual prefeito de São Paulo, João Doria, ou outras pessoas sem filiação partidária, mas com prestígio social, como o juiz Sérgio Moro.
O Datafolha mediu uma hipotética candidatura do juiz de primeira instância que se transformou em ícone anticorrupção por sua atuação no caso Petrobras, e as respostas revelaram que derrotaria Lula de forma apertada no segundo turno.
Moro negou ter intenções de entrar para a política. Ele interrogará o ex-presidente em Curitiba no dia 10 de maio, assunto que tem gerado grande interesse no país.
Uma eventual candidatura de Doria, por sua vez, somaria 9% dos votos.
- Temer -O trabalho do Datafolha registrou uma alta rejeição à gestão do presidente Michel Temer (PMDB), que chegou ao poder após o impeachment e depois de atuar como vice-presidente de Dilma Roussef por cinco anos.
Acusado por sua ex-aliada de liderar um golpe de Estado para derrubá-la, a gestão de Temer tem o apoio de apenas 9% dos brasileiros, que a consideram ótima ou boa.
No entanto, 61% a definiram como ruim ou péssima, e 26% como regular. O Datafolha não especificou a porcentagem restante.
O elevado nível de reprovação já é comparável ao de Dilma às vésperas da abertura do processo de impeachment, segundo o Datafolha.
Temer deve entregar a faixa presidencial no dia 1º de janeiro de 2019 e já antecipou que não se candidatará em outubro de 2018. Sua eventual candidatura gera uma rejeição de 64% do eleitorado, quase 20 pontos acima de Lula, que está em segundo nesta medição.
Temer impulsiona um plano de austeridade para tentar tirar o país da recessão, que inclui reformas trabalhista e da previdência que motivaram na última sexta-feira a primeira greve geral no Brasil em 21 anos.
O protesto terminou com violentos confrontos entre manifestantes e policiais.
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