Ambientalistas e antiglobalização: as vozes da resistência no G7
Taormina, Itália, 26 Mai 2017 (AFP) - Várias organizações ambientalistas e antiglobalização tentavam ser ouvidas nesta sexta-feira pelos líderes das grandes potências do G7, das praias e praças nos arredores de Taormina, para pedir respostas sobre o clima e as migrações.
Diante da grande manifestação convocada para o sábado com o lema "NO G7", coletivos antiglobalização e associações ambientalistas carregaram faixas e cartazes fora da impenetrável área onde os líderes de Estados Unidos, Alemanha, França, Canadá, Itália, Reino Unido e Japão se reúnem.
Na praia em frente à comuna de Giardini Naxos, na orla marítima da siciliana Taormina, a organização ecologista Greenpeace enterrou na areia uma reprodução da estátua da Liberdade, de quatro metros de altura, com um colete salva-vidas, para lembrar os riscos que ameaçam o planeta pelas mudanças climáticas e o aumento do nível do mar.
"Tentamos enviar uma mensagem simples aos líderes do mundo para que respeitem os compromissos adquiridos há dois anos na cúpula sobre o clima de Paris", explicou à AFP Luca Iacoboni, representante do Greenpeace na Itália.
"Se os Estados Unidos não respeitam esses compromissos, faremos um pedido aos outros países para que o respeitem, porque a resposta do mundo à política de Donald Trump de 'primeiro os Estados Unidos' deveria ser 'primeiro o planeta'", acrescentou.
Trump, que durante a campanha eleitoral prometeu romper o histórico pacto mundial conseguido em Paris para reduzir as emissões de carbono, adiou por enquanto sua decisão de ratificá-lo ou não.
- Uma batalha perdida -Um pouco mais longe, em outra local, ativistas antiglobalização tentavam se organizar.
"Não devemos nos iludir, a luta está perdida, a maioria dos meios de comunicação têm suas sus antenas voltadas para o que está em cima da rocha", disse Gianfranco Crua, presidente de la associação "Caravana Migrantes", apontando para a parte histórica de Taormina, a cerca de 200 metros de altura.
Defensor de uma política que garanta uma acolhida digna aos imigrantes na Itália, Crua pede uma resposta global a esse fenômeno que afeta a Itália, e em particular à Sicília, primeiro porto de entrada dos migrantes que atravessam em barcas o Mediterrâneo fugindo de guerras e da fome.
Para Crua, o projeto de construir muros, como foi proposto entre México e Estados Unidos, é inútil.
"O número de imigrantes aumentou desde então", comentou, referindo-se à cerca de segurança construída pelos Estados Unidos desde 1994 para impedir a imigração ilegal e que Trump quer estender.
"No México, o crime organizado se apoderou do tráfico ilícito de migrantes e isso também é o que está acontecendo na Itália. As mesmas causas produzem os mesmos efeitos", explica Crua diante de uma assembleia de dezenas de pessoas.
"Queremos saber a verdade, queremos saber onde estão as 5.000 pessoas desaparecidas no Mediterrâneo desde a revolução na Tunísia" de 2010-2011, reivindica no megafone Imed Soltani, tunisiano de 42 anos, da associação "A terra para todos".
"Por vídeos e testemunhos sabemos que 500 conseguiram se salvar e cruzar o Mediterrâneo, mas ninguém teve notícias deles", conta Soltani.
Com os retratos de seus compatriotas desaparecidos espalhados pelo chão, Soltani quer chamar a atenção sobre a crise migratória, as obrigações internacionais, os refugiados.
"Não é a Europa que esperávamos encontrar. Não é a Europa berço dos Direitos Humanos", resumiu.
Diante da grande manifestação convocada para o sábado com o lema "NO G7", coletivos antiglobalização e associações ambientalistas carregaram faixas e cartazes fora da impenetrável área onde os líderes de Estados Unidos, Alemanha, França, Canadá, Itália, Reino Unido e Japão se reúnem.
Na praia em frente à comuna de Giardini Naxos, na orla marítima da siciliana Taormina, a organização ecologista Greenpeace enterrou na areia uma reprodução da estátua da Liberdade, de quatro metros de altura, com um colete salva-vidas, para lembrar os riscos que ameaçam o planeta pelas mudanças climáticas e o aumento do nível do mar.
"Tentamos enviar uma mensagem simples aos líderes do mundo para que respeitem os compromissos adquiridos há dois anos na cúpula sobre o clima de Paris", explicou à AFP Luca Iacoboni, representante do Greenpeace na Itália.
"Se os Estados Unidos não respeitam esses compromissos, faremos um pedido aos outros países para que o respeitem, porque a resposta do mundo à política de Donald Trump de 'primeiro os Estados Unidos' deveria ser 'primeiro o planeta'", acrescentou.
Trump, que durante a campanha eleitoral prometeu romper o histórico pacto mundial conseguido em Paris para reduzir as emissões de carbono, adiou por enquanto sua decisão de ratificá-lo ou não.
- Uma batalha perdida -Um pouco mais longe, em outra local, ativistas antiglobalização tentavam se organizar.
"Não devemos nos iludir, a luta está perdida, a maioria dos meios de comunicação têm suas sus antenas voltadas para o que está em cima da rocha", disse Gianfranco Crua, presidente de la associação "Caravana Migrantes", apontando para a parte histórica de Taormina, a cerca de 200 metros de altura.
Defensor de uma política que garanta uma acolhida digna aos imigrantes na Itália, Crua pede uma resposta global a esse fenômeno que afeta a Itália, e em particular à Sicília, primeiro porto de entrada dos migrantes que atravessam em barcas o Mediterrâneo fugindo de guerras e da fome.
Para Crua, o projeto de construir muros, como foi proposto entre México e Estados Unidos, é inútil.
"O número de imigrantes aumentou desde então", comentou, referindo-se à cerca de segurança construída pelos Estados Unidos desde 1994 para impedir a imigração ilegal e que Trump quer estender.
"No México, o crime organizado se apoderou do tráfico ilícito de migrantes e isso também é o que está acontecendo na Itália. As mesmas causas produzem os mesmos efeitos", explica Crua diante de uma assembleia de dezenas de pessoas.
"Queremos saber a verdade, queremos saber onde estão as 5.000 pessoas desaparecidas no Mediterrâneo desde a revolução na Tunísia" de 2010-2011, reivindica no megafone Imed Soltani, tunisiano de 42 anos, da associação "A terra para todos".
"Por vídeos e testemunhos sabemos que 500 conseguiram se salvar e cruzar o Mediterrâneo, mas ninguém teve notícias deles", conta Soltani.
Com os retratos de seus compatriotas desaparecidos espalhados pelo chão, Soltani quer chamar a atenção sobre a crise migratória, as obrigações internacionais, os refugiados.
"Não é a Europa que esperávamos encontrar. Não é a Europa berço dos Direitos Humanos", resumiu.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.