Talibãs multiplicam os ataques contra as forças afegãs
Kandahar, Afeganistão, 26 Mai 2017 (AFP) - Ao menos 15 soldados afegãos morreram em um ataque dos talibãs contra uma base militar na província de Kandahar, sul do país, o segundo ataque deste tipo na semana e o último de uma série cometida desde o início de sua ofensiva de primavera.
Cerca de 60 homens, mortos em suas barricadas ou dentro de suas bases militares, faleceram desde segunda-feira na província de Kandahar, em ataques coordenados conduzidos por grupos de insurgentes que evidenciam a vulnerabilidade das forças regulares.
Esta série de ataques acontece um mês após ao assalto contra uma grande base militar do norte, perto de Mazar-i-Sharif, em 21 de abril, em que ao menos 135 jovens soldados - mais de 200 segundo várias fontes não-oficiais - foram mortos, principalmente na mesquita e no refeitório da base.
No último incidente relatado, na quinta-feira à noite, "os talibãs executaram um ataque coordenado contra uma base do exército no distrito de Shah Wali Kot, na província de Kandahar", segundo afirmou à AFP o porta-voz do Ministério da Defesa, Dawlat Waziri.
Uma autoridade do governo provincial anunciou um balanço de 20 mortos.
"São muitos mortos, infelizmente. Há 20 pessoas mortas, todas pertenciam ao exército, e 16 feridos. Quatro soldados estão desaparecidos. Os talibãs levaram quatro veículos Humvee", afirmou a fonte, que pediu anonimato.
Um porta-voz dos talibãs, Qari Yusuf Ahmadi, responsável para o sul do Afeganistão, reivindicou a operação em um comunicado.
"Nossos combatentes derrubaram três postos e mataram 35 soldados fantoches. Oito foram sequestrados e várias armas e munições capturadas", afirmou.
Os rebeldes islamitas prometeram, no início de sua ofensiva de primavera no fim de abril, apontar contra os soldados ocidentais, considerados invasores, assim como contra os "mercenários locais", termo utilizado para designar os soldados e policiais afegãos.
No início da semana, ao menos 10 soldados afegãos morreram em um ataque contra uma base militar também na província de Kandahar.
A operação executada por mais de 200 insurgentes foi reivindicada pelos talibãs, que parecem ganhar força mais de 15 anos depois de terem sido expulsos do poder pelos Estados Unidos.
Na quinta-feira, o chefe da polícia de Kandahar, o general Abdul Raziq, questionado por seus métodos radicais, criticou o governo de Cabul, que acusou de "desestabilizar" Kandahar.
"Quando acontece um ataque em Kandahar o governo central não ajuda", disse.
O governo afegão controla menos de 60% do território do país e enfrenta um risco crescente de desestabilização. Neste cenário, os ocidentais mobilizados sob a bandeira da Otan (mais de 12.000 homens, 8.400 deles americanos) pretendem reforçar sua presença.
Há dez dias, o secretário americano da Defesa, Jim Mattis, revelou que espera contribuições dos países da Otan antes de incrementar o contingente dos EUA no Afeganistão.
Segundo a imprensa americana, o Pentágono proporá entre três e cinco mil soldados adicionais no Afeganistão.
str-mam-ach/ahe/ia/bc/me/mr/cb
Cerca de 60 homens, mortos em suas barricadas ou dentro de suas bases militares, faleceram desde segunda-feira na província de Kandahar, em ataques coordenados conduzidos por grupos de insurgentes que evidenciam a vulnerabilidade das forças regulares.
Esta série de ataques acontece um mês após ao assalto contra uma grande base militar do norte, perto de Mazar-i-Sharif, em 21 de abril, em que ao menos 135 jovens soldados - mais de 200 segundo várias fontes não-oficiais - foram mortos, principalmente na mesquita e no refeitório da base.
No último incidente relatado, na quinta-feira à noite, "os talibãs executaram um ataque coordenado contra uma base do exército no distrito de Shah Wali Kot, na província de Kandahar", segundo afirmou à AFP o porta-voz do Ministério da Defesa, Dawlat Waziri.
Uma autoridade do governo provincial anunciou um balanço de 20 mortos.
"São muitos mortos, infelizmente. Há 20 pessoas mortas, todas pertenciam ao exército, e 16 feridos. Quatro soldados estão desaparecidos. Os talibãs levaram quatro veículos Humvee", afirmou a fonte, que pediu anonimato.
Um porta-voz dos talibãs, Qari Yusuf Ahmadi, responsável para o sul do Afeganistão, reivindicou a operação em um comunicado.
"Nossos combatentes derrubaram três postos e mataram 35 soldados fantoches. Oito foram sequestrados e várias armas e munições capturadas", afirmou.
Os rebeldes islamitas prometeram, no início de sua ofensiva de primavera no fim de abril, apontar contra os soldados ocidentais, considerados invasores, assim como contra os "mercenários locais", termo utilizado para designar os soldados e policiais afegãos.
No início da semana, ao menos 10 soldados afegãos morreram em um ataque contra uma base militar também na província de Kandahar.
A operação executada por mais de 200 insurgentes foi reivindicada pelos talibãs, que parecem ganhar força mais de 15 anos depois de terem sido expulsos do poder pelos Estados Unidos.
Na quinta-feira, o chefe da polícia de Kandahar, o general Abdul Raziq, questionado por seus métodos radicais, criticou o governo de Cabul, que acusou de "desestabilizar" Kandahar.
"Quando acontece um ataque em Kandahar o governo central não ajuda", disse.
O governo afegão controla menos de 60% do território do país e enfrenta um risco crescente de desestabilização. Neste cenário, os ocidentais mobilizados sob a bandeira da Otan (mais de 12.000 homens, 8.400 deles americanos) pretendem reforçar sua presença.
Há dez dias, o secretário americano da Defesa, Jim Mattis, revelou que espera contribuições dos países da Otan antes de incrementar o contingente dos EUA no Afeganistão.
Segundo a imprensa americana, o Pentágono proporá entre três e cinco mil soldados adicionais no Afeganistão.
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