Trump no G7, entre a união e a discórdia
Taormina, Itália, 26 Mai 2017 (AFP) - Os líderes de sete das maiores potências econômicas do planeta reunidos no G7 se encontrarão nesta sexta-feira, na cidade italiana de Taormina, decididos a lutar unidos contra os grupos jihadistas, apesar de suas divergências em temas como protecionismo e aquecimento global.
Sob fortes medidas de segurança após o atentado de segunda-feira, em Manchester, que deixou 22 mortos, a pequena cidade siciliana de Taormina acolherá os líderes de Estados Unidos, Alemanha, França, Canadá, Itália, Reino Unido e Japão.
A cúpula de dois dias começa sob o choque da morte de crianças e adolescentes em Manchester, o que fará a primeira-ministra britânica, Theresa May, lançar um apelo aos países do G7 para lutar contra a radicalização na Internet.
Tanto May como os líderes americano, Donald Trump, francês, Emmanuel Macron, e italiano, Paolo Gentiloni, participam de sua primeira reunião das sete democracias mais industrializadas.
A cúpula na Sicília é considerada como um teste-chave para avaliar a seriedade da nova administração americana e se Trump implementará suas polêmicas promessas de campanha contra o acordo de Paris sobre o aquecimento global.
O presidente americano disse durante sua campanha que iria sair desse acordo mundial contra a mudança climática, mas depois expressou dúvidas e a decisão foi prorrogada até o seu retorno à Europa, o que provoca incerteza entre seus colegas do G7.
Vários delegados admitem ser preciso limitar os danos diante do temor de que a administração Trump adote de fato o tema de campanha "America First" (Primeiro a América).
O anfitrião, Paolo Gentiloni, já admitiu que a situação é difícil, mas adiantou que "a presidência italiana tratará de aprovar uma declaração comum contra o terrorismo e promover uma aproximação das diferentes posições".
O combate ao terrorismo, uma agenda comum aos Sete, também é um ponto de atrito, com May irritada com Washington pelos vazamentos na imprensa americana de informações da investigação do atentado em Manchester.
May disse a Trump na quinta-feira, durante a reunião da Otan, que a informação compartilhada entre ambas as nações "deve permanecer confidencial".
Trump informou que pediu ao departamento de Justiça e "a outras agências relevantes" uma "completa investigação sobre esses supostos vazamentos".
Sobre o comércio, os assessores das delegações já negociam vários pontos de uma declaração comum que será conhecida no sábado.
Trump, ao contrário de seus aliados, defende o protecionismo e afirma que denunciará na Cúpula as práticas desleais do comércio internacional.
As "possibilidades de atrito são muito elevadas", comentou Julianne Smith, analista do Centro para a Segurança da América (CNAS).
A presidência italiana do G7 também tentará trazer para a discussão a situação na África, em busca de uma saída conjunta para a crise migratória, que afeta especialmente seu território.
Diante do problema, convidou para a Cúpula os líderes de cinco países africanos: Tunísia, Níger, Nigéria, Quênia e Etiópia, de onde procedem boa parte dos emigrantes e refugiados, que escapam da guerra e da fome.
bur-kv/lr
Sob fortes medidas de segurança após o atentado de segunda-feira, em Manchester, que deixou 22 mortos, a pequena cidade siciliana de Taormina acolherá os líderes de Estados Unidos, Alemanha, França, Canadá, Itália, Reino Unido e Japão.
A cúpula de dois dias começa sob o choque da morte de crianças e adolescentes em Manchester, o que fará a primeira-ministra britânica, Theresa May, lançar um apelo aos países do G7 para lutar contra a radicalização na Internet.
Tanto May como os líderes americano, Donald Trump, francês, Emmanuel Macron, e italiano, Paolo Gentiloni, participam de sua primeira reunião das sete democracias mais industrializadas.
A cúpula na Sicília é considerada como um teste-chave para avaliar a seriedade da nova administração americana e se Trump implementará suas polêmicas promessas de campanha contra o acordo de Paris sobre o aquecimento global.
O presidente americano disse durante sua campanha que iria sair desse acordo mundial contra a mudança climática, mas depois expressou dúvidas e a decisão foi prorrogada até o seu retorno à Europa, o que provoca incerteza entre seus colegas do G7.
Vários delegados admitem ser preciso limitar os danos diante do temor de que a administração Trump adote de fato o tema de campanha "America First" (Primeiro a América).
O anfitrião, Paolo Gentiloni, já admitiu que a situação é difícil, mas adiantou que "a presidência italiana tratará de aprovar uma declaração comum contra o terrorismo e promover uma aproximação das diferentes posições".
O combate ao terrorismo, uma agenda comum aos Sete, também é um ponto de atrito, com May irritada com Washington pelos vazamentos na imprensa americana de informações da investigação do atentado em Manchester.
May disse a Trump na quinta-feira, durante a reunião da Otan, que a informação compartilhada entre ambas as nações "deve permanecer confidencial".
Trump informou que pediu ao departamento de Justiça e "a outras agências relevantes" uma "completa investigação sobre esses supostos vazamentos".
Sobre o comércio, os assessores das delegações já negociam vários pontos de uma declaração comum que será conhecida no sábado.
Trump, ao contrário de seus aliados, defende o protecionismo e afirma que denunciará na Cúpula as práticas desleais do comércio internacional.
As "possibilidades de atrito são muito elevadas", comentou Julianne Smith, analista do Centro para a Segurança da América (CNAS).
A presidência italiana do G7 também tentará trazer para a discussão a situação na África, em busca de uma saída conjunta para a crise migratória, que afeta especialmente seu território.
Diante do problema, convidou para a Cúpula os líderes de cinco países africanos: Tunísia, Níger, Nigéria, Quênia e Etiópia, de onde procedem boa parte dos emigrantes e refugiados, que escapam da guerra e da fome.
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