Oposição marcha na Venezuela após anunciar intensificação de protestos
Caracas, 30 Mai 2017 (AFP) - Milhares de opositores marcharam nesta segunda-feira (29) em Caracas no que definiram como o início de uma etapa de maior pressão contra o presidente Nicolás Maduro e o seu projeto de uma Assembleia Constituinte.
Os manifestantes tentaram avançar até a sede da Defensoria Pública, no centro da capital, mas foram bloqueados por militares com bombas de gás lacrimogêneo e jatos de água disparados por veículos blindados.
O líder opositor Henrique Capriles denunciou que foi "agredido" por "membros da Guarda Nacional" quando se retirava de um protesto em Caracas.
"Nos cercaram em uma esquina, nos agrediram (...) Roubaram de todos, dos meus funcionários levaram os relógios, os rádios, as máscaras (contra gases). Quando perguntei o que havia, sua reação foi me atingir no rosto", revelou Capriles em entrevista coletiva.
Partidários de Maduro se concentraram em torno da Defensoria Pública para apoiar a iniciativa da Constituinte.
Estas foram as primeiras manifestações depois que a coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) chamou no domingo (28) para que "intensificassem" os protestos para impedir a Constituinte, considerada uma "fraude" de Maduro para fugir das eleições e se agarrar ao poder.
Os dirigentes da MUD não detalharam, no entanto, no que consiste essa intensificação, embora tenham antecipado que as ações de daqui para frente preveem passar mais tempo nas ruas.
Desde que começaram, em 1º de abril, as mobilizações já deixaram 60 mortos e mais de mil feridos, segundo a Procuradoria, assim como cerca de três mil detidos, de acordo com a ONG Fórum Penal.
Como acontece a cada vez que a oposição tenta chegar até o centro da capital, a principal estrada da cidade era cenário de confrontos entre as forças de segurança e os manifestantes, que jogavam pedras e coquetéis molotov contra os militares.
Também eram registradas confusões na parte oeste da capital.
O deputado Carlos Paparoni disse que foi ferido na cabeça por uma bomba de gás lacrimogêneo. Segundo testemunhas, as forças da Guarda Nacional atiraram com munição real utilizando escopetas.
Segundo a oposição, 257 pessoas ficaram feridas nos incidentes desta segunda-feira.
Uma avenida fundamental do centro, onde ficam importantes edifícios públicos e por onde se consegue chegar ao palácio presidencial de Miraflores, amanheceu bloqueada com barreiras de metal da Guarda Nacional.
A Constituinte "é praticamente uma eleição interna do PSUV", disse a jornalistas durante a marcha o líder opositor Henrique Capriles, referindo-se ao Partido Socialista Unido da Venezuela, de situação.
Segundo a oposição, o sistema apresentado para escolher os legisladores permitiria ao chavismo ganhar a maioria dos delegados, ainda que perdesse as votações. Os adversários de Maduro rechaçam também que a iniciativa não seja submetida a um referendo.
A Constituinte busca "instaurar um regime comunista e liquidar a democracia para sempre", de acordo com Freddy Guevara, vice-presidente do Parlamento.
Nesta segunda-feira também ocorreram protestos em San Cristóbal (Táchira, na fronteira com a Colômbia), onde dois táxis e um ônibus foram queimados em bloqueios.
O governo e a oposição se responsabilizam pela violência nas manifestações. Maduro acusa os seus adversários de "atos de terrorismo" para dar um golpe de Estado, enquanto estes o culpam por uma "brutal repressão".
Os manifestantes tentaram avançar até a sede da Defensoria Pública, no centro da capital, mas foram bloqueados por militares com bombas de gás lacrimogêneo e jatos de água disparados por veículos blindados.
O líder opositor Henrique Capriles denunciou que foi "agredido" por "membros da Guarda Nacional" quando se retirava de um protesto em Caracas.
"Nos cercaram em uma esquina, nos agrediram (...) Roubaram de todos, dos meus funcionários levaram os relógios, os rádios, as máscaras (contra gases). Quando perguntei o que havia, sua reação foi me atingir no rosto", revelou Capriles em entrevista coletiva.
Partidários de Maduro se concentraram em torno da Defensoria Pública para apoiar a iniciativa da Constituinte.
Estas foram as primeiras manifestações depois que a coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) chamou no domingo (28) para que "intensificassem" os protestos para impedir a Constituinte, considerada uma "fraude" de Maduro para fugir das eleições e se agarrar ao poder.
Os dirigentes da MUD não detalharam, no entanto, no que consiste essa intensificação, embora tenham antecipado que as ações de daqui para frente preveem passar mais tempo nas ruas.
Desde que começaram, em 1º de abril, as mobilizações já deixaram 60 mortos e mais de mil feridos, segundo a Procuradoria, assim como cerca de três mil detidos, de acordo com a ONG Fórum Penal.
Como acontece a cada vez que a oposição tenta chegar até o centro da capital, a principal estrada da cidade era cenário de confrontos entre as forças de segurança e os manifestantes, que jogavam pedras e coquetéis molotov contra os militares.
Também eram registradas confusões na parte oeste da capital.
O deputado Carlos Paparoni disse que foi ferido na cabeça por uma bomba de gás lacrimogêneo. Segundo testemunhas, as forças da Guarda Nacional atiraram com munição real utilizando escopetas.
Segundo a oposição, 257 pessoas ficaram feridas nos incidentes desta segunda-feira.
Uma avenida fundamental do centro, onde ficam importantes edifícios públicos e por onde se consegue chegar ao palácio presidencial de Miraflores, amanheceu bloqueada com barreiras de metal da Guarda Nacional.
A Constituinte "é praticamente uma eleição interna do PSUV", disse a jornalistas durante a marcha o líder opositor Henrique Capriles, referindo-se ao Partido Socialista Unido da Venezuela, de situação.
Segundo a oposição, o sistema apresentado para escolher os legisladores permitiria ao chavismo ganhar a maioria dos delegados, ainda que perdesse as votações. Os adversários de Maduro rechaçam também que a iniciativa não seja submetida a um referendo.
A Constituinte busca "instaurar um regime comunista e liquidar a democracia para sempre", de acordo com Freddy Guevara, vice-presidente do Parlamento.
Nesta segunda-feira também ocorreram protestos em San Cristóbal (Táchira, na fronteira com a Colômbia), onde dois táxis e um ônibus foram queimados em bloqueios.
O governo e a oposição se responsabilizam pela violência nas manifestações. Maduro acusa os seus adversários de "atos de terrorismo" para dar um golpe de Estado, enquanto estes o culpam por uma "brutal repressão".
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