CIA alertou Obama que Putin queria ajudar Trump
Washington, 24 Jun 2017 (AFP) - A CIA advertiu Barack Obama, em agosto de 2016, que o presidente russo, Vladimir Putin, havia mandado hackear o Partido Democrata a fim de prejudicar a candidata democrata Hillary Clinton e ajudar o republicano Donald Trump, revela The Washington Post nesta sexta-feira.
As suspeitas contra a Rússia já existiam desde julho de 2016, quando mensagens do Partido Democrata foram difundidas pelo WikiLeaks na véspera da convenção partidária.
Mas só agora o Washington Post revelou que o serviço de inteligência dos Estados Unidos alertou a Casa Branca vários meses antes de Washington acusar publicamente, em 7 de outubro de 2016, o alto escalão do governo russo de ter fomentado a pirataria eletrônica.
E foi só em janeiro de 2017 que os Estados Unidos acusaram nominalmente o presidente russo de tentar desestabilizar o sistema eleitoral americano para reduzir as chances de Hillary e ajudar o republicano Trump.
Em agosto do ano passado, de acordo com a reportagem, Obama armou uma força-tarefa na Casa Branca em segredo, demandando que os serviços de inteligência e segurança obtivessem o máximo de informações possível e fizessem uma lista de potenciais represálias, desde sanções econômicas até ataques cibernéticos.
Segundo o Post, além da advertência feita por Obama diretamente a Putin em uma reunião na China, em setembro, o diretor da CIA John Brennan telefonou, em 4 de agosto, para seu colega no serviço de inteligência russo, Alexander Bortnikov, dando-lhe uma advertência. Em 31 de outubro, uma mensagem foi enviada para Moscou por um canal seguro para avisar que qualquer interferência na eleição de 8 de novembro seria inaceitável.
Mas Obama ficou receoso de reagir antes das eleições por medo de que a Rússia afetasse a votação e que essas ações fossem interpretadas politicamente pelos republicanos como manipulação da eleição.
Só em 29 de dezembro Obama autorizou as sanções: a expulsão de 35 espiões russos, o fim das residências diplomáticas russas nos Estados Unidos e sanções econômicas contra os serviços secretos russos.
Em segredo, o presidente democrata também autorizou uma delicada operação conjunta entre CIA, NSA e o comando cibernético americano: a implantação de um código de malware na infraestrutura russa que poderia ser ativado no caso do aumento das tensões.
Sendo o Post, não há nenhuma indicação de que esta ordem de Obama tenha sido cancelada por seu sucessor, Trump.
Mas o atual presidente questionou a atitude de seu antecessor através do Twitter: "acabam de revelar que a administração Obama sabia muito antes de 8 de novembro sobre a interferência da Rússia nas eleições, então por que não fez nada?"
Em entrevista à Fox News que será transmitida no domingo, Trump afirma que não entende a pouca cobertura da mídia sobre as revelações de Obama: "Se tinha a informação, por que não fez nada? Tinha que agir, mas não estamos lendo isto. É muito triste".
As suspeitas contra a Rússia já existiam desde julho de 2016, quando mensagens do Partido Democrata foram difundidas pelo WikiLeaks na véspera da convenção partidária.
Mas só agora o Washington Post revelou que o serviço de inteligência dos Estados Unidos alertou a Casa Branca vários meses antes de Washington acusar publicamente, em 7 de outubro de 2016, o alto escalão do governo russo de ter fomentado a pirataria eletrônica.
E foi só em janeiro de 2017 que os Estados Unidos acusaram nominalmente o presidente russo de tentar desestabilizar o sistema eleitoral americano para reduzir as chances de Hillary e ajudar o republicano Trump.
Em agosto do ano passado, de acordo com a reportagem, Obama armou uma força-tarefa na Casa Branca em segredo, demandando que os serviços de inteligência e segurança obtivessem o máximo de informações possível e fizessem uma lista de potenciais represálias, desde sanções econômicas até ataques cibernéticos.
Segundo o Post, além da advertência feita por Obama diretamente a Putin em uma reunião na China, em setembro, o diretor da CIA John Brennan telefonou, em 4 de agosto, para seu colega no serviço de inteligência russo, Alexander Bortnikov, dando-lhe uma advertência. Em 31 de outubro, uma mensagem foi enviada para Moscou por um canal seguro para avisar que qualquer interferência na eleição de 8 de novembro seria inaceitável.
Mas Obama ficou receoso de reagir antes das eleições por medo de que a Rússia afetasse a votação e que essas ações fossem interpretadas politicamente pelos republicanos como manipulação da eleição.
Só em 29 de dezembro Obama autorizou as sanções: a expulsão de 35 espiões russos, o fim das residências diplomáticas russas nos Estados Unidos e sanções econômicas contra os serviços secretos russos.
Em segredo, o presidente democrata também autorizou uma delicada operação conjunta entre CIA, NSA e o comando cibernético americano: a implantação de um código de malware na infraestrutura russa que poderia ser ativado no caso do aumento das tensões.
Sendo o Post, não há nenhuma indicação de que esta ordem de Obama tenha sido cancelada por seu sucessor, Trump.
Mas o atual presidente questionou a atitude de seu antecessor através do Twitter: "acabam de revelar que a administração Obama sabia muito antes de 8 de novembro sobre a interferência da Rússia nas eleições, então por que não fez nada?"
Em entrevista à Fox News que será transmitida no domingo, Trump afirma que não entende a pouca cobertura da mídia sobre as revelações de Obama: "Se tinha a informação, por que não fez nada? Tinha que agir, mas não estamos lendo isto. É muito triste".
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