TOPSHOTS Angola elege sucessor do presidente Santos após 38 anos no poder
Luanda, 23 Ago 2017 (AFP) - Os angolanos foram às urnas nesta quarta-feira (23) para eleger o sucessor do presidente José Eduardo dos Santos, que deixará o cargo após um autoritário governo de 38 anos em um país abalado por uma grave crise econômica.
Segundo a Constituição, quem encabeça a lista do partido vencedor é o novo chefe de Estado.
No poder desde a independência de Portugal, obtida em 1975, o Movimento Popular para a Libertação de Angola (MPLA) é favorito para ganhar mais uma vez e obter a Presidência para o candidato e herdeiro político de Santos, o ex-ministro da Defesa João Lourenço.
Santos, de 74, que está doente, designou Lourenço explicitamente como seu sucessor, durante uma reunião com seus correligionários em Luanda, no último sábado (19). Lourenço, de 64, um burocrata pouco carismático do MPLA, que prometeu seguir os passos do padrinho político.
"Como diz o nosso lema, vou melhorar o que está bom e corrigir o que está ruim", declarou à imprensa.
- Saúde -A saúde de Santos parece ter precipitado o momento de sua aposentadoria, inicialmente planejada para 2018. Nos últimos meses, suas viagens "privadas" para a Espanha alimentaram os boatos, o que obrigou sua família a desmentir publicamente sua morte.
A análise é confirmada por Alex Vines, do "think tank" Chatham House.
"A decisão também reflete a certeza para a direção do MPLA de que uma nova candidatura do presidente teria provocado a redução de sua maioria", afirma.
José Eduardo dos Santos se orgulha de ter devolvido a paz ao país depois de uma guerra civil (1975-2002), mas deixa o poder em um país em crise.
Apesar da receita do petróleo que ajudou os cofres públicos durante 15 anos, Angola continua sendo um dos países mais pobres do planeta. E a queda dos preços do combustível desde 2014 deixou a nação à beira da asfixia financeira, com uma disparada do desemprego.
Os adversários do MPLA tentam usar a economia como principal argumento de campanha.
Se João Lourenço confirmar a vitória em 23 de agosto, sua tarefa será delicada.
Sua tarefa se anuncia delicada no principal país produtor de petróleo da África Subsaariana, junto com a Nigéria, que atravessa um difícil momento econômico.
E muitos duvidam de sua capacidade para superar o sistema adotado por Santos.
Para bloquear o controle do país, o chefe de Estado acaba de aprovar leis que o protegem da maioria dos processos judiciais e impedem por vários anos qualquer mudança no comando das Forças Armadas e da polícia.
Segundo a Constituição, quem encabeça a lista do partido vencedor é o novo chefe de Estado.
No poder desde a independência de Portugal, obtida em 1975, o Movimento Popular para a Libertação de Angola (MPLA) é favorito para ganhar mais uma vez e obter a Presidência para o candidato e herdeiro político de Santos, o ex-ministro da Defesa João Lourenço.
Santos, de 74, que está doente, designou Lourenço explicitamente como seu sucessor, durante uma reunião com seus correligionários em Luanda, no último sábado (19). Lourenço, de 64, um burocrata pouco carismático do MPLA, que prometeu seguir os passos do padrinho político.
"Como diz o nosso lema, vou melhorar o que está bom e corrigir o que está ruim", declarou à imprensa.
- Saúde -A saúde de Santos parece ter precipitado o momento de sua aposentadoria, inicialmente planejada para 2018. Nos últimos meses, suas viagens "privadas" para a Espanha alimentaram os boatos, o que obrigou sua família a desmentir publicamente sua morte.
A análise é confirmada por Alex Vines, do "think tank" Chatham House.
"A decisão também reflete a certeza para a direção do MPLA de que uma nova candidatura do presidente teria provocado a redução de sua maioria", afirma.
José Eduardo dos Santos se orgulha de ter devolvido a paz ao país depois de uma guerra civil (1975-2002), mas deixa o poder em um país em crise.
Apesar da receita do petróleo que ajudou os cofres públicos durante 15 anos, Angola continua sendo um dos países mais pobres do planeta. E a queda dos preços do combustível desde 2014 deixou a nação à beira da asfixia financeira, com uma disparada do desemprego.
Os adversários do MPLA tentam usar a economia como principal argumento de campanha.
Se João Lourenço confirmar a vitória em 23 de agosto, sua tarefa será delicada.
Sua tarefa se anuncia delicada no principal país produtor de petróleo da África Subsaariana, junto com a Nigéria, que atravessa um difícil momento econômico.
E muitos duvidam de sua capacidade para superar o sistema adotado por Santos.
Para bloquear o controle do país, o chefe de Estado acaba de aprovar leis que o protegem da maioria dos processos judiciais e impedem por vários anos qualquer mudança no comando das Forças Armadas e da polícia.
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