TOPSHOTS Partido no poder MPLA vence eleições em Angola
Luanda, 24 Ago 2017 (AFP) - O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido no poder há quatro décadas, venceu as eleições desta semana com ampla vantagem. O candidato do partido, João Lourenço, vai suceder José Eduardo dos Santos, que governa o país há 38 anos.
A Comissão Eleitoral Nacional (CNE) informou, nesta quinta, em Luanda, que o MPLA teve 64% dos votos.
O partido, que governa Angola desde sua árdua independência de Portugal, em 1975, já tinha previsto que ganharia com folga, mas o resultado mostrou uma retração do apoio desde as eleições de 2012.
Santos, um líder misterioso e muito criticado, anunciou sua aposentadoria no começo desse ano e selecionou seu sucessor, Lourenço, de 63 anos, um veterano leal ao partido, que foi ministro da Defesa até recentemente.
Lourenço se comprometeu a ampliar os investimentos estrangeiros no país e disse que quer ser reconhecido como um líder que levou o "milagre econômico" ao país do sudoeste africano.
Os dois principais partidos opositores, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) e a coligação eleitoral Convergência Ampla de Salvação de Angola (Casa-CE), tiveram 24% e 8,5% dos votos, respectivamente.
Eles questionaram o resultado do pleito imediatamente após o anúncio da vitória. "Temos resultados diferentes dos anunciados pela CNE", afirmou Estevao Jose Kachiungu, membro da UNITA. "É impossível que na Angola atual o MPLA ganhe em todas as províncias com tamanha vantagem", indignou-se.
"Esses resultados não são os tivemos. Vamos denunciá-los", garantiu Cezinanda Xavier, integrante do Casa-CE.
O porta-voz do MPLA, João Martins, negou todos os argumentos e qualificou os opositores de "arrogantes".
- Vitória 'inequívoca' -Os partidos de oposição esperavam faturar com a revolta do eleitorado em temas como a inflação, que chegou a 40% no ano passado, as baixas taxas de crescimento e o alto desemprego.
Apesar de ser rica em petróleo e diamantes, Angola é um dos países mais pobres da África.
Antes dos resultados serem divulgados, o porta-voz do comitê central do MPLA João Martins declarou à mídia local que a vitória do partido era "inequívoca e virtualmente inevitável"
O longo governo de Dos Santos acompanhou toda a violenta guerra civil do país, entre 1975 e 2002, e um boom de investimentos pós-conflito, estimulado pela exploração das reservas de petróleo.
- À espera de uma mudança - Contudo, o colapso dos preços do petróleo em 2014 atingiram em cheio o país.
"Estou esperando as coisas mudarem, ter mais trabalho, mais escolas, mais hospitais e tudo mais", disse a eleitora do MPLA Rosária Almeida, quando depositava seu voto nesta quarta-feira.
O MPLA, que teve 72% dos votos nas eleições de 2012, financiou recentemente uma onda de projetos de infraestrutura, aparentemente para conseguir mais apoio entre os 9,3 milhões de eleitores registrados em Angola.
Boatos acerca do seu estado de saúde têm rondado Dos Santos, com suas visitas regulares a Espanha por motivos "particulares".
A Anistia Internacional pediu para o próximo presidente de Angola "guiar o país para fora do espiral de opressão" e criticou o "registro terrível de direitos humanos" de Dos Santos.
Críticos acusam o mandatário de suprimir implacavelmente qualquer dissidência e enriquecer sua família e a elite governante.
A Comissão Eleitoral Nacional (CNE) informou, nesta quinta, em Luanda, que o MPLA teve 64% dos votos.
O partido, que governa Angola desde sua árdua independência de Portugal, em 1975, já tinha previsto que ganharia com folga, mas o resultado mostrou uma retração do apoio desde as eleições de 2012.
Santos, um líder misterioso e muito criticado, anunciou sua aposentadoria no começo desse ano e selecionou seu sucessor, Lourenço, de 63 anos, um veterano leal ao partido, que foi ministro da Defesa até recentemente.
Lourenço se comprometeu a ampliar os investimentos estrangeiros no país e disse que quer ser reconhecido como um líder que levou o "milagre econômico" ao país do sudoeste africano.
Os dois principais partidos opositores, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) e a coligação eleitoral Convergência Ampla de Salvação de Angola (Casa-CE), tiveram 24% e 8,5% dos votos, respectivamente.
Eles questionaram o resultado do pleito imediatamente após o anúncio da vitória. "Temos resultados diferentes dos anunciados pela CNE", afirmou Estevao Jose Kachiungu, membro da UNITA. "É impossível que na Angola atual o MPLA ganhe em todas as províncias com tamanha vantagem", indignou-se.
"Esses resultados não são os tivemos. Vamos denunciá-los", garantiu Cezinanda Xavier, integrante do Casa-CE.
O porta-voz do MPLA, João Martins, negou todos os argumentos e qualificou os opositores de "arrogantes".
- Vitória 'inequívoca' -Os partidos de oposição esperavam faturar com a revolta do eleitorado em temas como a inflação, que chegou a 40% no ano passado, as baixas taxas de crescimento e o alto desemprego.
Apesar de ser rica em petróleo e diamantes, Angola é um dos países mais pobres da África.
Antes dos resultados serem divulgados, o porta-voz do comitê central do MPLA João Martins declarou à mídia local que a vitória do partido era "inequívoca e virtualmente inevitável"
O longo governo de Dos Santos acompanhou toda a violenta guerra civil do país, entre 1975 e 2002, e um boom de investimentos pós-conflito, estimulado pela exploração das reservas de petróleo.
- À espera de uma mudança - Contudo, o colapso dos preços do petróleo em 2014 atingiram em cheio o país.
"Estou esperando as coisas mudarem, ter mais trabalho, mais escolas, mais hospitais e tudo mais", disse a eleitora do MPLA Rosária Almeida, quando depositava seu voto nesta quarta-feira.
O MPLA, que teve 72% dos votos nas eleições de 2012, financiou recentemente uma onda de projetos de infraestrutura, aparentemente para conseguir mais apoio entre os 9,3 milhões de eleitores registrados em Angola.
Boatos acerca do seu estado de saúde têm rondado Dos Santos, com suas visitas regulares a Espanha por motivos "particulares".
A Anistia Internacional pediu para o próximo presidente de Angola "guiar o país para fora do espiral de opressão" e criticou o "registro terrível de direitos humanos" de Dos Santos.
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