Militares venezuelanos em manobras sob forte tensão com governo Trump
Caracas, 25 Ago 2017 (AFP) - Cerca de 900.000 militares e civis venezuelanos farão neste fim de semana manobras ordenadas pelo presidente Nicolás Maduro, em meio a uma crescente tensão com o governo de Donald Trump, que ameaçou com uma ação militar e impôs sanções financeiras nesta sexta-feira (25).
Com o envio de tanques de guerra e soldados, práticas de franco-atiradores, sobrevoo de aeronaves e treinamentos de armas, cerca de 200.000 homens da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) e outros 700.000 milicianos, reservistas e civis participarão do "Exercício Soberania Bolivariana 2017".
"Nunca antes a FANB esteve mais coesa, mais unida. Este exercício vai nos permitir passar para uma nova fase de alerta, de atitude para o combate defensivo", afirmou o chefe do Comando Estratégico Operacional, Remigio Ceballos, rodeado de soldados.
Maduro assegurou que "a Venezuela nunca havia sido ameaçada dessa maneira", ao se referir à afirmação de Trump que não descarta a opção militar para resolver a crise no país sul-americano e hoje adotou medidas financeiras.
A embaixada de Washington em Caracas advertiu os cidadãos americanos que vivem na Venezuela para que tomem medidas de segurança ante os exercícios militares, porque haverá civis no treinamento com armas, além de áreas com forte presença militar.
- Bloqueio econômico e naval -Os Estados Unidos impuseram recentemente sanções financeiras e jurídicas a Maduro e a cerca de 20 de seus funcionários, mas nesta sexta-feira a Casa Branca ditou as primeiras medidas sobre o país: a proibição de negociar novas dívidas do governo venezuelano e da petroleira estatal PDVSA.
Antes do anúncio de Washington, Maduro realizou uma troca de postos para enfrentar as sanções econômicas, nomeando Nelson Martínez como novo presidente da PDVSA e Eulogio Del Pino como ministro do Petróleo.
O presidente dá por certo que, em breve, os Estados Unidos aplicarão um bloqueio econômico e naval contra a Venezuela, que abriga as maiores reservas de petróleo do mundo e exporta a esse país 42% do 1,9 milhão de barris de petróleo que produz diariamente.
- Ovelhas desgarradas -Com 365.000 efetivos, com armamento de origem chinesa e russa e com grande poder político e econômico, a FANB é o principal pilar do governo socialista, cuja gestão é rechaçada, segundo a empresa Datanálisis, por 80% dos venezuelanos.
Reunido com o alto comando militar, Maduro lançou na noite de quinta-feira uma clara mensagem às tropas: "estão com Trump e o imperialismo, ou estão com a FANB e a pátria".
"Devemos ter claro, sobretudo, a juventude militar, que temos que fechar fileiras com a pátria, que não é tempo de nenhuma fissura e que o duvidoso deve sair da Força Armada", sentenciou.
No início de agosto, cerca de 20 homens - pelo menos três oficiais entre eles - invadiram um forte em Valencia e roubaram armas. Segundo especialistas, o episódio deixou aparente o mal-estar na classe média, embora governo e cúpula militar descartem divisões.
Em maio, o opositor Henrique Capriles assegurou que 85 soldados, sargentos e capitães foram detidos por divergir da "repressão" a protestos opositores, que deixaram 125 mortos entre abril e julho.
Com o envio de tanques de guerra e soldados, práticas de franco-atiradores, sobrevoo de aeronaves e treinamentos de armas, cerca de 200.000 homens da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) e outros 700.000 milicianos, reservistas e civis participarão do "Exercício Soberania Bolivariana 2017".
"Nunca antes a FANB esteve mais coesa, mais unida. Este exercício vai nos permitir passar para uma nova fase de alerta, de atitude para o combate defensivo", afirmou o chefe do Comando Estratégico Operacional, Remigio Ceballos, rodeado de soldados.
Maduro assegurou que "a Venezuela nunca havia sido ameaçada dessa maneira", ao se referir à afirmação de Trump que não descarta a opção militar para resolver a crise no país sul-americano e hoje adotou medidas financeiras.
A embaixada de Washington em Caracas advertiu os cidadãos americanos que vivem na Venezuela para que tomem medidas de segurança ante os exercícios militares, porque haverá civis no treinamento com armas, além de áreas com forte presença militar.
- Bloqueio econômico e naval -Os Estados Unidos impuseram recentemente sanções financeiras e jurídicas a Maduro e a cerca de 20 de seus funcionários, mas nesta sexta-feira a Casa Branca ditou as primeiras medidas sobre o país: a proibição de negociar novas dívidas do governo venezuelano e da petroleira estatal PDVSA.
Antes do anúncio de Washington, Maduro realizou uma troca de postos para enfrentar as sanções econômicas, nomeando Nelson Martínez como novo presidente da PDVSA e Eulogio Del Pino como ministro do Petróleo.
O presidente dá por certo que, em breve, os Estados Unidos aplicarão um bloqueio econômico e naval contra a Venezuela, que abriga as maiores reservas de petróleo do mundo e exporta a esse país 42% do 1,9 milhão de barris de petróleo que produz diariamente.
- Ovelhas desgarradas -Com 365.000 efetivos, com armamento de origem chinesa e russa e com grande poder político e econômico, a FANB é o principal pilar do governo socialista, cuja gestão é rechaçada, segundo a empresa Datanálisis, por 80% dos venezuelanos.
Reunido com o alto comando militar, Maduro lançou na noite de quinta-feira uma clara mensagem às tropas: "estão com Trump e o imperialismo, ou estão com a FANB e a pátria".
"Devemos ter claro, sobretudo, a juventude militar, que temos que fechar fileiras com a pátria, que não é tempo de nenhuma fissura e que o duvidoso deve sair da Força Armada", sentenciou.
No início de agosto, cerca de 20 homens - pelo menos três oficiais entre eles - invadiram um forte em Valencia e roubaram armas. Segundo especialistas, o episódio deixou aparente o mal-estar na classe média, embora governo e cúpula militar descartem divisões.
Em maio, o opositor Henrique Capriles assegurou que 85 soldados, sargentos e capitães foram detidos por divergir da "repressão" a protestos opositores, que deixaram 125 mortos entre abril e julho.
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