Aquecimento de um grau pode alterar ecossistema antártico (estudo)
Washington, 31 Ago 2017 (AFP) - O aquecimento climático ameaça alterar o ecossistema do frágil fundo do mar da Antártica, e apenas o aumento de um grau é suficiente para modificar profundamente certas espécies, revelou um estudo publicado nesta quinta-feira.
A pesquisa se baseou em experimentos que reproduziram as condições reais do aumento das temperaturas no meio ambiente oceânico durante nove meses perto da base de pesquisa britânica Rothera, na ilha Adelaide, na Península Antártica.
Segundo as conclusões publicadas na revista científica americana Current Biology, um grau adicional na temperatura da água mais que duplicou a população de certas de espécies em determinados casos.
"Estou bastante surpreso", disse Gail Ashton, do British Antarctic Survey.
"Não esperava uma diferença tão significativa nas comunidades animais da Antártica com um aumento de somente um grau", assinalou, ao detalhar que em climas temperados as diferenças de temperatura altas não têm tais efeitos.
Com a ajuda de paneis elétricos, os cientistas aqueceram uma mínima camada de água em um ou dois graus em relação à temperatura ambiente, o que corresponde ao aquecimento nos próximos 50 ou 100 anos, respectivamente.
Com um grau a mais, explodiu a população de briozoários (Fenestrulina rugula), animais-musgo que vivem no fundo do mar, a ponto de dominarem completamente o ecossistema próximo, o que produziu uma redução de todos os outros organismos em um prazo de dois meses.
Os gusanos marinhos, como os Romanchella perrieri, também aumentaram a sua quantidade em média em 70% comparados aos que estavam em temperatura ambiente.
A reação dos diferentes organismos com um aumento de dois graus foi muito mais variável, observaram os pesquisadores, assinalando que poderia depender de sua idade e das estações.
As espécies geralmente crescem mais rápido quando a Antártica esquenta no verão. Mas também observaram efeitos em março, quando a quantidade de alimento disponível e a temperatura ambiente diminuem.
Esta experiência sugere que a mudança climática pode ter um impacto maior que o esperado nos ecossistemas marinhos polares.
Predizer a evolução dos organismos e das espécies animais com a mudança climática continua sendo um desafio importante, segundo os cientistas, que assinalam que alguns se beneficiarão, enquanto outros irão sofrer.
Também planejam reproduzir este experimento particularmente no Ártico, onde o aquecimento global já teve efeitos importantes.
A pesquisa se baseou em experimentos que reproduziram as condições reais do aumento das temperaturas no meio ambiente oceânico durante nove meses perto da base de pesquisa britânica Rothera, na ilha Adelaide, na Península Antártica.
Segundo as conclusões publicadas na revista científica americana Current Biology, um grau adicional na temperatura da água mais que duplicou a população de certas de espécies em determinados casos.
"Estou bastante surpreso", disse Gail Ashton, do British Antarctic Survey.
"Não esperava uma diferença tão significativa nas comunidades animais da Antártica com um aumento de somente um grau", assinalou, ao detalhar que em climas temperados as diferenças de temperatura altas não têm tais efeitos.
Com a ajuda de paneis elétricos, os cientistas aqueceram uma mínima camada de água em um ou dois graus em relação à temperatura ambiente, o que corresponde ao aquecimento nos próximos 50 ou 100 anos, respectivamente.
Com um grau a mais, explodiu a população de briozoários (Fenestrulina rugula), animais-musgo que vivem no fundo do mar, a ponto de dominarem completamente o ecossistema próximo, o que produziu uma redução de todos os outros organismos em um prazo de dois meses.
Os gusanos marinhos, como os Romanchella perrieri, também aumentaram a sua quantidade em média em 70% comparados aos que estavam em temperatura ambiente.
A reação dos diferentes organismos com um aumento de dois graus foi muito mais variável, observaram os pesquisadores, assinalando que poderia depender de sua idade e das estações.
As espécies geralmente crescem mais rápido quando a Antártica esquenta no verão. Mas também observaram efeitos em março, quando a quantidade de alimento disponível e a temperatura ambiente diminuem.
Esta experiência sugere que a mudança climática pode ter um impacto maior que o esperado nos ecossistemas marinhos polares.
Predizer a evolução dos organismos e das espécies animais com a mudança climática continua sendo um desafio importante, segundo os cientistas, que assinalam que alguns se beneficiarão, enquanto outros irão sofrer.
Também planejam reproduzir este experimento particularmente no Ártico, onde o aquecimento global já teve efeitos importantes.
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