Peregrinos muçulmanos chegam ao monte Arafat, o ápice do hajj
Monte Arafat, Arábia Saudita, 31 Ago 2017 (AFP) - Quase dois milhões de fiéis muçulmanos começaram a se reunir no monte Arafat nesta quinta-feira (31), uma etapa culminante da grande peregrinação na Arábia Saudita, o hajj, dedicada à oração.
No início da manhã, vários helicópteros sobrevoavam a região, enquanto os fiéis chegavam ao monte Arafat, ou Jabal Al-Rahma, o monte da Misericórdia.
Vestidos de branco, os peregrinos se concentravam em busca de um lugar nas rochas, já quentes no início do dia.
A etapa em Arafat é dedicada à oração. Os peregrinos invocavam Deus com as palmas das mãos levantadas para o céu.
Outros estavam em barracas, ou sobre lençóis à beira da estrada, entre garrafas vazias e lixo.
Foi no monte Arafat onde o profeta Maomé pronunciou, segundo a tradição islâmica, o sermão de adeus aos muçulmanos que o acompanharam na peregrinação do fim de sua vida, há quase 1.400 anos.
Antes das 10h locais (4h de Brasília), a temperatura já superava os 30ºC. No hospital diante do monte, os médicos reservaram uma unidade para pessoas com insolação.
"Alguns peregrinos esquecem de proteger a cabeça com um guarda-chuva, por exemplo, quando rezam", lamentou um enfermeiro do hospital, Bandar Al Harthi.
"Mobilizamos 326 ambulâncias por todo o percurso da peregrinação para que se possa atender aos enfermos muito rapidamente", explicou o médico Meshal Alanzi, do Crescente Vermelho.
Durante a noite, os peregrinos visitarão Muzdalifa e, na sexta-feira, participarão do ritual de apedrejamento de Satã, momento que acabou em tragédia em 2015. Um grande tumulto deixou quase 2.300 mortos, incluindo mais de 400 iranianos.
Com a tensão provocada entre Riad e Teerã por essa tragédia, os peregrinos iranianos não conseguiram participar do hajj em 2016.
"Este ano foram adotadas medidas de segurança adicionais, ou então não teríamos vindo", afirmou à AFP Reza, um aposentado de Teerã.
Ao pé do monte Arafat foram instaladas barreiras móveis para controlar a multidão.
"Vamos movimentá-las para ampliar os corredores, quando houver mais peregrinos", disse à AFP Ahmed al-Baraka, das forças especiais.
As autoridades sauditas mobilizaram um grande dispositivo, incluindo 100.000 membros das forças de segurança, e afirmaram estar preparadas para enfrentar qualquer eventualidade.
"É a primeira vez que vejo algo assim. Vou orar por meus três filhos e por minha família", afirmou, emocionada, Fatima Arfaoui, natural de Béja, noroeste da Tunísia.
Sentadas diante do monte da Misericórdia, oito jovens de uma mesma família, procedente do Gana, recuperavam o fôlego após uma longa caminhada noturna de Mina, ao leste de Meca, até o monte Arafat. Entre elas, Khadija, Munira, Aicha e Awa, com idades entre 18 e 30 anos e todas casadas.
"É a primeira vez que saio de Gana. Meu marido deixou que viesse sozinha porque é Meca", contou Khadija, de 25 anos.
No início da manhã, vários helicópteros sobrevoavam a região, enquanto os fiéis chegavam ao monte Arafat, ou Jabal Al-Rahma, o monte da Misericórdia.
Vestidos de branco, os peregrinos se concentravam em busca de um lugar nas rochas, já quentes no início do dia.
A etapa em Arafat é dedicada à oração. Os peregrinos invocavam Deus com as palmas das mãos levantadas para o céu.
Outros estavam em barracas, ou sobre lençóis à beira da estrada, entre garrafas vazias e lixo.
Foi no monte Arafat onde o profeta Maomé pronunciou, segundo a tradição islâmica, o sermão de adeus aos muçulmanos que o acompanharam na peregrinação do fim de sua vida, há quase 1.400 anos.
Antes das 10h locais (4h de Brasília), a temperatura já superava os 30ºC. No hospital diante do monte, os médicos reservaram uma unidade para pessoas com insolação.
"Alguns peregrinos esquecem de proteger a cabeça com um guarda-chuva, por exemplo, quando rezam", lamentou um enfermeiro do hospital, Bandar Al Harthi.
"Mobilizamos 326 ambulâncias por todo o percurso da peregrinação para que se possa atender aos enfermos muito rapidamente", explicou o médico Meshal Alanzi, do Crescente Vermelho.
Durante a noite, os peregrinos visitarão Muzdalifa e, na sexta-feira, participarão do ritual de apedrejamento de Satã, momento que acabou em tragédia em 2015. Um grande tumulto deixou quase 2.300 mortos, incluindo mais de 400 iranianos.
Com a tensão provocada entre Riad e Teerã por essa tragédia, os peregrinos iranianos não conseguiram participar do hajj em 2016.
"Este ano foram adotadas medidas de segurança adicionais, ou então não teríamos vindo", afirmou à AFP Reza, um aposentado de Teerã.
Ao pé do monte Arafat foram instaladas barreiras móveis para controlar a multidão.
"Vamos movimentá-las para ampliar os corredores, quando houver mais peregrinos", disse à AFP Ahmed al-Baraka, das forças especiais.
As autoridades sauditas mobilizaram um grande dispositivo, incluindo 100.000 membros das forças de segurança, e afirmaram estar preparadas para enfrentar qualquer eventualidade.
"É a primeira vez que vejo algo assim. Vou orar por meus três filhos e por minha família", afirmou, emocionada, Fatima Arfaoui, natural de Béja, noroeste da Tunísia.
Sentadas diante do monte da Misericórdia, oito jovens de uma mesma família, procedente do Gana, recuperavam o fôlego após uma longa caminhada noturna de Mina, ao leste de Meca, até o monte Arafat. Entre elas, Khadija, Munira, Aicha e Awa, com idades entre 18 e 30 anos e todas casadas.
"É a primeira vez que saio de Gana. Meu marido deixou que viesse sozinha porque é Meca", contou Khadija, de 25 anos.
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