Escoceses adotam o lema 'Somos Catalães'
Edimburgo, 25 Set 2017 (AFP) - A solidariedade com o referendo separatista catalão é forte na Escócia, onde os políticos denunciam a resposta de Madri às intenções independentistas catalãs e anunciam o envio de um grupo de voluntários à Catalunha para ajudar no processo.
Estes ativistas, que já participaram na campanha de referendo de separação da Escócia de 2014, viajarão a Barcelona nesta semana para a votação de domingo, 1º de outubro, declarada inconstitucional pela Justiça espanhola.
"Apoiamos os catalães", explicou à AFP Rory Steel, vice-coordenador da juventude do Partido Nacional Escocês (SNP), que governa a região, e que fará parte da delegação de 20 pessoas.
"Basicamente vamos para saber mais sobre o tema, trocar experiências e, acima de tudo, para apoiá-los".
Outra delegação de políticos e escritores também se deslocará como observadora, após as detenções de membros da administração catalã nos últimos dias e dos protestos subsequentes.
A chefe do governo escocês, Nicola Sturgeon, que também preside o SNP, expressou a sua inquietação pelos acontecimentos de Barcelona e apelou ao diálogo.
"O direito à autodeterminação é um princípio internacional importante e tenho a grande esperança de que será respeitado", disse Sturgeon em uma sessão do Parlamento regional, pedindo um acordo entre Madri e Barcelona como o que permitiu o referendo escocês.
- 'Somos catalães' -Mas o apoio não vem somente dos nacionalistas.
Dezenove deputados regionais escoceses de diferentes partidos, incluindo não-separatistas, dirigiram uma carta aberta ao chefe do Governo espanhol, Mariano Rajoy, afirmando que sua resposta ao referendo "não é de nenhum modo democrática".
Na Escócia, o "não" à independência venceu por 55% a 45%.
Sturgeon argumenta que o apoio em massa na Escócia pela permanência na União Europeia (UE) em outro referendo, o do Brexit, deve servir para voltar a se pronunciar sobre a independência.
O ex-deputado do SNP no Parlamento britânico George Kerevan, que fundou um grupo parlamentar multipartidário sobre a Catalunha, disse: "o pior que podemos fazer é permitir que o governo de Madri esmague a democracia catalã".
"Se acreditam em uma democracia escocesa, se acreditam no direito escocês de votar, então vocês têm que defender o direito da Catalunha votar. Somos catalães e os catalães são escoceses", declarou.
Existe uma afinidade entre os separatistas catalães e escoceses, que se manifestaram no referendo escocês quando legiões de catalães foram à Escócia naquele período, como acontecerá nesta semana ao contrário.
Apesar disso, a direção do SNP manteve seus colegas catalães a certa distância porque queria apresentar a sua aspiração à independência como algo único e evitar interferências internacionais.
- Precedente para a Escócia? -As diferenças entre o referendo escocês e catalão são grandes.
Londres permitiu o da Escócia depois que o SNP conseguiu uma vitória esmagadora nas eleições regionais de 2011 e após uma campanha lembrada como um modelo de compromisso democrático por ambos os lados.
Houve somente algumas detenções, a maioria por pequenas confusões como jogar ovos e insultos nas redes sociais.
A detenção dos organizadores da votação catalã e a apreensão de material causaram consternação na Escócia.
Alguns escoceses temem que se o governo de Rajoy conseguir evitar o referendo, seja aberto um precedente para Londres, que rejeitou até agora uma segunda votação na Escócia.
Jonathon Shafi, fundador da Campanha de Independência Radical da Escócia, considerou que "não é impossível que o Estado britânico acabe fazendo o mesmo em alguns anos se começar a parecer que a Escócia avança para a independência".
"Se permitirmos que o Estado espanhol estabeleça este tipo de práticas antidemocráticas, e que elas prosperam, então abre-se um precedente não somente para a Espanha, mas também para o Reino Unido e mais além".
"É um assunto de toda a Europa, é um assunto dos democratas em todo o mundo".
Estes ativistas, que já participaram na campanha de referendo de separação da Escócia de 2014, viajarão a Barcelona nesta semana para a votação de domingo, 1º de outubro, declarada inconstitucional pela Justiça espanhola.
"Apoiamos os catalães", explicou à AFP Rory Steel, vice-coordenador da juventude do Partido Nacional Escocês (SNP), que governa a região, e que fará parte da delegação de 20 pessoas.
"Basicamente vamos para saber mais sobre o tema, trocar experiências e, acima de tudo, para apoiá-los".
Outra delegação de políticos e escritores também se deslocará como observadora, após as detenções de membros da administração catalã nos últimos dias e dos protestos subsequentes.
A chefe do governo escocês, Nicola Sturgeon, que também preside o SNP, expressou a sua inquietação pelos acontecimentos de Barcelona e apelou ao diálogo.
"O direito à autodeterminação é um princípio internacional importante e tenho a grande esperança de que será respeitado", disse Sturgeon em uma sessão do Parlamento regional, pedindo um acordo entre Madri e Barcelona como o que permitiu o referendo escocês.
- 'Somos catalães' -Mas o apoio não vem somente dos nacionalistas.
Dezenove deputados regionais escoceses de diferentes partidos, incluindo não-separatistas, dirigiram uma carta aberta ao chefe do Governo espanhol, Mariano Rajoy, afirmando que sua resposta ao referendo "não é de nenhum modo democrática".
Na Escócia, o "não" à independência venceu por 55% a 45%.
Sturgeon argumenta que o apoio em massa na Escócia pela permanência na União Europeia (UE) em outro referendo, o do Brexit, deve servir para voltar a se pronunciar sobre a independência.
O ex-deputado do SNP no Parlamento britânico George Kerevan, que fundou um grupo parlamentar multipartidário sobre a Catalunha, disse: "o pior que podemos fazer é permitir que o governo de Madri esmague a democracia catalã".
"Se acreditam em uma democracia escocesa, se acreditam no direito escocês de votar, então vocês têm que defender o direito da Catalunha votar. Somos catalães e os catalães são escoceses", declarou.
Existe uma afinidade entre os separatistas catalães e escoceses, que se manifestaram no referendo escocês quando legiões de catalães foram à Escócia naquele período, como acontecerá nesta semana ao contrário.
Apesar disso, a direção do SNP manteve seus colegas catalães a certa distância porque queria apresentar a sua aspiração à independência como algo único e evitar interferências internacionais.
- Precedente para a Escócia? -As diferenças entre o referendo escocês e catalão são grandes.
Londres permitiu o da Escócia depois que o SNP conseguiu uma vitória esmagadora nas eleições regionais de 2011 e após uma campanha lembrada como um modelo de compromisso democrático por ambos os lados.
Houve somente algumas detenções, a maioria por pequenas confusões como jogar ovos e insultos nas redes sociais.
A detenção dos organizadores da votação catalã e a apreensão de material causaram consternação na Escócia.
Alguns escoceses temem que se o governo de Rajoy conseguir evitar o referendo, seja aberto um precedente para Londres, que rejeitou até agora uma segunda votação na Escócia.
Jonathon Shafi, fundador da Campanha de Independência Radical da Escócia, considerou que "não é impossível que o Estado britânico acabe fazendo o mesmo em alguns anos se começar a parecer que a Escócia avança para a independência".
"Se permitirmos que o Estado espanhol estabeleça este tipo de práticas antidemocráticas, e que elas prosperam, então abre-se um precedente não somente para a Espanha, mas também para o Reino Unido e mais além".
"É um assunto de toda a Europa, é um assunto dos democratas em todo o mundo".
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