Estudantes vão às ruas da Catalunha para defender referendo
Barcelona, 28 Set 2017 (AFP) - Milhares de estudantes em greve saíram às ruas de Barcelona nesta quinta-feira (28) como parte da "mobilização permanente" dos separatistas catalães, a três dias do referendo de independência proibido pela Justiça espanhola.
Com a bandeira do movimento e aos gritos de "votaremos" e "independência", quase 10.000 estudantes caminharam pela Grande Via das Cortes Catalãs, uma das principais avenidas da cidade.
Universitários e alunos do Ensino Médio defendem a celebração da consulta, contra a qual o governo e a Justiça espanhola mobilizaram um amplo dispositivo legal e policial.
"A maioria dos jovens é separatista. Os que não eram se tornaram separatistas depois de ver o que a Espanha fez nas últimas semanas", disse à AFP a estudante Aina González, de 16 anos.
"Se uma quantidade tão grande como a de hoje na Catalunha deseja a separação do país, então, devem deixar que votem", afirmou Pau Cabrinety, de 15 anos.
A mobilização estudantil pode provocar a ocupação dos colégios que seriam usados como locais de votação no domingo. A consulta divide profundamente a sociedade catalã entre secessionistas e partidários da continuidade na Espanha, provocando uma das maiores crises políticas do país nas últimas décadas.
"Este referendo não soluciona. É mais um problema, porque confronta os dois grupos da Catalunha", declarou Alex Ramos, vice-presidente da associação Sociedade Civil Catalã (SCC), contrária à separação.
A Justiça ordenou à polícia regional, os Mossos d'Esquadra, o fechamento dos colégios no mais tardar até sexta-feira à noite, mas a força de segurança hesita e já advertiu para o "risco" de distúrbios na aplicação da ordem.
O Ministério espanhol do Interior tentou enviar uma mensagem de tranquilidade.
"Se for cumprido o que o juiz estabelece, que não se podem abrir os colégios, não há motivo para uma resposta violenta por parte de ninguém, e confio que será assim", disse o secretário de Estado de Segurança, José Antonio Nieto.
Nos últimos dias, com o objetivo de impedir o referendo, milhares de reforços da Guarda Civil e da Polícia Nacional foram mobilizados pelo governo espanhol na Catalunha, o que foi denunciado pelos separatistas como uma medida de "repressão".
Os representantes de sindicatos da Polícia afirmaram que sua presença na região é motivada pela "defesa da lei e em apoio a juízes e promotores, e não para perseguir ideias, urnas, ou cédulas".
"Domingo vai ser um dia pacífico, nem a Polícia espanhola nem a catalã são polícias repressoras. Nós não viemos em pé de guerra, viemos para que seja um dia em que a lei será cumprida", declarou a secretária-geral do Sindicato Unificado de Polícia, Mónica Gracia.
bur-avl/mck/mb/fp/tt
Com a bandeira do movimento e aos gritos de "votaremos" e "independência", quase 10.000 estudantes caminharam pela Grande Via das Cortes Catalãs, uma das principais avenidas da cidade.
Universitários e alunos do Ensino Médio defendem a celebração da consulta, contra a qual o governo e a Justiça espanhola mobilizaram um amplo dispositivo legal e policial.
"A maioria dos jovens é separatista. Os que não eram se tornaram separatistas depois de ver o que a Espanha fez nas últimas semanas", disse à AFP a estudante Aina González, de 16 anos.
"Se uma quantidade tão grande como a de hoje na Catalunha deseja a separação do país, então, devem deixar que votem", afirmou Pau Cabrinety, de 15 anos.
A mobilização estudantil pode provocar a ocupação dos colégios que seriam usados como locais de votação no domingo. A consulta divide profundamente a sociedade catalã entre secessionistas e partidários da continuidade na Espanha, provocando uma das maiores crises políticas do país nas últimas décadas.
"Este referendo não soluciona. É mais um problema, porque confronta os dois grupos da Catalunha", declarou Alex Ramos, vice-presidente da associação Sociedade Civil Catalã (SCC), contrária à separação.
A Justiça ordenou à polícia regional, os Mossos d'Esquadra, o fechamento dos colégios no mais tardar até sexta-feira à noite, mas a força de segurança hesita e já advertiu para o "risco" de distúrbios na aplicação da ordem.
O Ministério espanhol do Interior tentou enviar uma mensagem de tranquilidade.
"Se for cumprido o que o juiz estabelece, que não se podem abrir os colégios, não há motivo para uma resposta violenta por parte de ninguém, e confio que será assim", disse o secretário de Estado de Segurança, José Antonio Nieto.
Nos últimos dias, com o objetivo de impedir o referendo, milhares de reforços da Guarda Civil e da Polícia Nacional foram mobilizados pelo governo espanhol na Catalunha, o que foi denunciado pelos separatistas como uma medida de "repressão".
Os representantes de sindicatos da Polícia afirmaram que sua presença na região é motivada pela "defesa da lei e em apoio a juízes e promotores, e não para perseguir ideias, urnas, ou cédulas".
"Domingo vai ser um dia pacífico, nem a Polícia espanhola nem a catalã são polícias repressoras. Nós não viemos em pé de guerra, viemos para que seja um dia em que a lei será cumprida", declarou a secretária-geral do Sindicato Unificado de Polícia, Mónica Gracia.
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