Líder da oposição russa é detido durante horas a caminho de comício
Moscou, 29 Set 2017 (AFP) - O principal opositor ao governo russo, Alexei Navalny, em campanha para desafiar Vladimir Putin na eleição presidencial de março de 2018, foi detido nesta sexta-feira pela polícia ao sair de sua residência em Moscou, quando pretendia comparecer a um comício.
A menos de seis meses das eleições - às quais o presidente russo ainda não anunciou oficialmente sua candidatura - Navalny organiza uma campanha política em toda Rússia, apesar dos obstáculos impostos pelas autoridades.
"Fui detido na entrada da minha residência. Estou sendo levado a algum lugar para dar 'explicações'", escreveu Navalny em sua conta no Twitter.
Navalny devia pegar um trem para comparecer em um comício que tinha sido autorizado pelas autoridades em Nijni Novgorod, 400 km ao leste de Moscou.
Após passar o dia inteiro na delegacia, Navalny foi citado pelo juiz na segunda-feira, informou à imprensa sua porta-voz, Kira Yarmych.
"Não vamos parar sejam quais forem os obstáculos", assegurou o opositor, informando que queria comparecer no sábado a uma reunião em Orenburgo, na Sibéria.
"O velho Putin não quer realmente que eu vá a Nijni Novgorod. Saio de minha casa, sou detido na entrada do imóvel", escreveu o opositor no Instagram, em uma mensagem publicada com um vídeo dos policiais que pedem que "os acompanhe para uma conversa".
Em um comunicado, a polícia de Moscou justificou a detenção do opositor por "suas reiteradas convocações para atos públicos não autorizados".
"Nunca fiz isso", se defendeu Navalny no Twitter.
Navalny cumpriu este ano duas penas de detenção administrativa por ter organizado no fim de março e em junho manifestações anticorrupção que reuniram milhares de pessoas em toda a Rússia, apesar da proibição das autoridades.
- Futuro incerto -Esta foi a primeira detenção de Alexei Navalny desde o fim de sua prisão administrativa em junho.
O opositor organizou nas últimas semanas vários comícios de campanha em todo o país, que reuniram milhares de pessoas, em meio à indiferença da imprensa nacional. Seus simpatizantes denunciam tentativas das autoridades de prejudicar os eventos.
Em julho, a sede da campanha de Navalny na capital russa foi ocupada e bloqueada pela polícia, que apreendeu objetos e panfletos.
Desde o anúncio de sua candidatura à presidência, Navalny afirma ter inaugurado mais de 60 escritórios de campanha em diversas regiões da Rússia.
Seu futuro político, no entanto, é incerto, pois a Comissão Eleitoral o considerou inapto para disputar a eleição presidencial por uma condenação por desvio de fundos.
Alexei Navalny, principal opositor do Kremlin, já foi alvo de várias agressões, incluindo um ataque com um líquido verde que exigiu um tratamento oftalmológico na Espanha, assim como de várias acusações judiciais que, segundo os seguidores, têm como objetivo prejudicar suas ambições eleitorais.
Ao mesmo tempo, Putin, que não anunciou oficialmente até agora sua candidatura para um quarto mandato, se limitou a apresentar Navalny como uma figura marginal e como um oportunista que "utiliza as dificuldades existentes para sua própria comunicação política".
A menos de seis meses das eleições - às quais o presidente russo ainda não anunciou oficialmente sua candidatura - Navalny organiza uma campanha política em toda Rússia, apesar dos obstáculos impostos pelas autoridades.
"Fui detido na entrada da minha residência. Estou sendo levado a algum lugar para dar 'explicações'", escreveu Navalny em sua conta no Twitter.
Navalny devia pegar um trem para comparecer em um comício que tinha sido autorizado pelas autoridades em Nijni Novgorod, 400 km ao leste de Moscou.
Após passar o dia inteiro na delegacia, Navalny foi citado pelo juiz na segunda-feira, informou à imprensa sua porta-voz, Kira Yarmych.
"Não vamos parar sejam quais forem os obstáculos", assegurou o opositor, informando que queria comparecer no sábado a uma reunião em Orenburgo, na Sibéria.
"O velho Putin não quer realmente que eu vá a Nijni Novgorod. Saio de minha casa, sou detido na entrada do imóvel", escreveu o opositor no Instagram, em uma mensagem publicada com um vídeo dos policiais que pedem que "os acompanhe para uma conversa".
Em um comunicado, a polícia de Moscou justificou a detenção do opositor por "suas reiteradas convocações para atos públicos não autorizados".
"Nunca fiz isso", se defendeu Navalny no Twitter.
Navalny cumpriu este ano duas penas de detenção administrativa por ter organizado no fim de março e em junho manifestações anticorrupção que reuniram milhares de pessoas em toda a Rússia, apesar da proibição das autoridades.
- Futuro incerto -Esta foi a primeira detenção de Alexei Navalny desde o fim de sua prisão administrativa em junho.
O opositor organizou nas últimas semanas vários comícios de campanha em todo o país, que reuniram milhares de pessoas, em meio à indiferença da imprensa nacional. Seus simpatizantes denunciam tentativas das autoridades de prejudicar os eventos.
Em julho, a sede da campanha de Navalny na capital russa foi ocupada e bloqueada pela polícia, que apreendeu objetos e panfletos.
Desde o anúncio de sua candidatura à presidência, Navalny afirma ter inaugurado mais de 60 escritórios de campanha em diversas regiões da Rússia.
Seu futuro político, no entanto, é incerto, pois a Comissão Eleitoral o considerou inapto para disputar a eleição presidencial por uma condenação por desvio de fundos.
Alexei Navalny, principal opositor do Kremlin, já foi alvo de várias agressões, incluindo um ataque com um líquido verde que exigiu um tratamento oftalmológico na Espanha, assim como de várias acusações judiciais que, segundo os seguidores, têm como objetivo prejudicar suas ambições eleitorais.
Ao mesmo tempo, Putin, que não anunciou oficialmente até agora sua candidatura para um quarto mandato, se limitou a apresentar Navalny como uma figura marginal e como um oportunista que "utiliza as dificuldades existentes para sua própria comunicação política".
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