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'Não acabamos com o terrorismo', diz ministra francesa das Forças Armadas

29/10/2017 17h28

Abu Dhabi, 29 Out 2017 (AFP) - O combate ao terrorismo está longe de ter acabado no Oriente Médio, apesar de o grupo extremista Estado Islâmico (EI) ter sofrido grandes derrotas nos últimos meses, disse à AFP, neste domingo (29), Florence Parly, ministra da Defesa, em visita a Abu Dhabi.

"Nós chegamos a um ponto importante, porque o EI sofreu derrota atrás de derrota. É o principal elemento factual. Quanto mais os dias passam, mais a reconquista dos territórios que tinham sido ocupados pelo EI avança", afirmou a ministra, depois de uma viagem de 24 horas para os Emirados Árabes Unidos.

Parly, vinda da Índia, visitou os militares franceses que contribuem dos Emirados Árabes na luta antiextremista.

"Sobre a capacidade de erradicar o terrorismo, não somos inocentes. Nós sabemos que mesmo que progressos consideráveis sejam alcançados, haverá, de uma maneira, ou de outra, a reaparição de uma forma de terrorismo, que provavelmente não vai se chamar Daech (acrônimo do EI em árabe), mas será mais clandestina que ele, que não terá uma localização territorial precisa".

"Não, nós não acabamos com o terrorismo nesta região", insistiu a ministra, em sua primeira visita a Abu Dhabi, um "parceiro estratégico" com o qual "a cooperação militar é extremamente apoiada".

Florance Parly encontrou o homem-forte dos Emirados, o xeque Mohammed ben Zayed, menos de duas semanas antes de uma visita do presidente Emmanuel Macron, que deve participar, em 8 de novembro, das cerimônias de inauguração do Museu do Louvre de Abu Dhabi, capital dos Emirados.

"Foi importante para mim poder reforçar às forças francesas o quanto seu papel é importante", explicou Parly após o encontro com os membros do 5º regimento.

"O encontro com o xeque Mohammed foi particularmente denso e interessante. Nós temos um grande compartilhamento de pontos de vista sobre um bom número de assuntos", indicou a ministra.

Além "da luta contra o terrorismo, tratamos do Iraque, da Síria e da situação líbia, bem como do Golfo (a crise com o Catar). Ele se interessou pela situação na África, no Sahel", resumiu.