Venezuela: principais partidos opositores vão boicotar eleições municipais
Caracas, 30 Out 2017 (AFP) - Os três principais partidos da coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) decidiram se abster de participar das eleições municipais de dezembro na Venezuela por considerar que não existem condições para um processo livre e transparente, anunciaram nesta segunda-feira seus dirigentes.
"Só com votos as ditaduras saem... (Mas) para estas eleições municipais a participação não é viável", disse Henry Ramos Allup, da Ação Democrática (AD), somando-se à posição manifestada pouco antes pelos partidos Vontade Popular e Primeiro Justiça.
Esse partido, que dominou a política venezuelana até a chegada de Hugo Chávez ao poder em 1999, somou-se à postura manifestada pouco antes pelos partidos Vontade Popular, liderado por Leopoldo López - que está em prisão domiciliar -, e Primeiro Justiça, do ex-candidato presidencial Henrique Capriles.
"Não vamos participar das municipais. Daremos a luta pelas garantias para eleger livremente um novo governo. O objetivo segue sendo tirar Nicolás Maduro do poder", afirmou Julio Borges, fundador do Primeiro Justiça e presidente do Parlamento de maioria opositora.
Em nome do Vontade Popular, seu porta-voz, o deputado Freddy Guevara, declarou que "não existem condições eleitorais, nem políticas" para disputar as municipais. "Às vezes é preciso sacrificar um peão para poder pegar a rainha", explicou.
Os três partidos asseguraram ter tomado esta decisão para se concentrar em buscar melhores condições eleitorais para as presidenciais de 2018, após assegurarem que nas eleições de governadores de 15 de outubro houve um processo "fraudulento".
Qualificada pela oposição como uma "convocação express", a governista Assembleia Constituinte anunciou nesta quinta-feira a realização de eleições municipais para dezembro - sem data prevista - e no dia seguinte o poder eleitoral proclamou para a segunda-feira a inscrição de candidaturas.
Segundo analistas, a situação busca aproveitar o mau momento que a oposição vive após as regionais, onde só elegeu cinco contra 18 governadores.
"Só com votos as ditaduras saem... (Mas) para estas eleições municipais a participação não é viável", disse Henry Ramos Allup, da Ação Democrática (AD), somando-se à posição manifestada pouco antes pelos partidos Vontade Popular e Primeiro Justiça.
Esse partido, que dominou a política venezuelana até a chegada de Hugo Chávez ao poder em 1999, somou-se à postura manifestada pouco antes pelos partidos Vontade Popular, liderado por Leopoldo López - que está em prisão domiciliar -, e Primeiro Justiça, do ex-candidato presidencial Henrique Capriles.
"Não vamos participar das municipais. Daremos a luta pelas garantias para eleger livremente um novo governo. O objetivo segue sendo tirar Nicolás Maduro do poder", afirmou Julio Borges, fundador do Primeiro Justiça e presidente do Parlamento de maioria opositora.
Em nome do Vontade Popular, seu porta-voz, o deputado Freddy Guevara, declarou que "não existem condições eleitorais, nem políticas" para disputar as municipais. "Às vezes é preciso sacrificar um peão para poder pegar a rainha", explicou.
Os três partidos asseguraram ter tomado esta decisão para se concentrar em buscar melhores condições eleitorais para as presidenciais de 2018, após assegurarem que nas eleições de governadores de 15 de outubro houve um processo "fraudulento".
Qualificada pela oposição como uma "convocação express", a governista Assembleia Constituinte anunciou nesta quinta-feira a realização de eleições municipais para dezembro - sem data prevista - e no dia seguinte o poder eleitoral proclamou para a segunda-feira a inscrição de candidaturas.
Segundo analistas, a situação busca aproveitar o mau momento que a oposição vive após as regionais, onde só elegeu cinco contra 18 governadores.
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