Grupos palestinos querem eleições até final de 2018
Cairo, 22 Nov 2017 (AFP) - Os principais grupos palestinos coincidiram nesta quarta-feira (22), no Cairo, na necessidade de se celebrar eleições antes do fim de 2018, e elogiaram o acordo de unidade com o qual buscam por um fim à longa disputa entre Fatah e Hamas.
A convocação de eleições foi feita em um comunicado conjunto, ao final de dois dias de negociações a portas fechadas, das quais participaram representantes de 13 partidos políticos.
No texto, os participantes fazem um apelo "à Comissão Eleitoral e às partes envolvidas nos preparativos para as eleições presidenciais e legislativas antes do final de 2018".
Também "pedem ao presidente Mahmud Abbas [para] fixar uma data para estas eleições, após consultas com todas as forças políticas".
O comunicado elogia, ainda, o acordo de unidade alcançado em outubro entre Hamas e Fatah, os dois principais partidos, com o objetivo de por fim às tensões entre ambos há dez anos e no cumprimento do qual o Hamas cederá o controle da Faixa de Gaza em 1º de dezembro.
Segundo o comunicado, o acordo de unidade entre o Hamas e o Fatah, patrocinado pelo Egito, é um "início realista para terminar com as divisões".
Destaca a "importância de eliminar todos os obstáculos diante dos esforços do governo para assumir imediatamente suas responsabilidades com o nosso povo".
Nos Territórios Palestinos não são celebradas eleições parlamentares desde que o Hamas assumiu o controle de Gaza, em 2007, até então sob o poder do Fatah, o partido que domina a Autoridade Palestina, no poder na Cisjordânia.
Líderes palestinos e internacionais esperam que a aplicação do acordo sirva para atenuar as dificuldades dois dois milhões de habitantes da Faixa de Gaza, que vivem em uma grave pobreza e sofrem com o desemprego.
- Obstáculos para a unidade -O acordo enfrenta vários entraves, em especial o futuro do braço armado do Hamas, que travou três batalhas contra os israelenses desde 2008.
Abbas disse em várias ocasiões que só aceitará uma autoridade militar nos Territórios Palestinos, mas os integrantes do Hamas rejeitam o desarmamento.
Israel, que mantém um duro bloqueio a Gaza há uma década, também informou que não aceitará qualquer governo palestino que inclua o Hamas, a menos que o movimento islâmico deponha as armas.
O governo palestino, com maioria do Fatah, do presidente Mahmud Abbas, e sede em Ramallah, na Cisjordânia ocupada, também se recusou a suspender as sanções que afetam Gaza, entre elas o reduzido acesso à eletricidade.
O coordenador especial da ONU para o processo de paz no Oriente Médio, Nickolay Mladenov, disse ao Conselho de Segurança na segunda-feira que, apesar dos desafios, "não pode se permitir que falhe" o processo de paz.
"Se falhar, o resultado será certamente outro conflito devastador".
Em um primeiro passo significativo, o Hamas cedeu o controle das passagens fronteiriças em 1º de novembro, assim como o controle de vários ministérios.
A divisão entre facções palestinas é considerada um dos maiores obstáculos para a realização de negociações de paz significativas com os israelenses.
A convocação de eleições foi feita em um comunicado conjunto, ao final de dois dias de negociações a portas fechadas, das quais participaram representantes de 13 partidos políticos.
No texto, os participantes fazem um apelo "à Comissão Eleitoral e às partes envolvidas nos preparativos para as eleições presidenciais e legislativas antes do final de 2018".
Também "pedem ao presidente Mahmud Abbas [para] fixar uma data para estas eleições, após consultas com todas as forças políticas".
O comunicado elogia, ainda, o acordo de unidade alcançado em outubro entre Hamas e Fatah, os dois principais partidos, com o objetivo de por fim às tensões entre ambos há dez anos e no cumprimento do qual o Hamas cederá o controle da Faixa de Gaza em 1º de dezembro.
Segundo o comunicado, o acordo de unidade entre o Hamas e o Fatah, patrocinado pelo Egito, é um "início realista para terminar com as divisões".
Destaca a "importância de eliminar todos os obstáculos diante dos esforços do governo para assumir imediatamente suas responsabilidades com o nosso povo".
Nos Territórios Palestinos não são celebradas eleições parlamentares desde que o Hamas assumiu o controle de Gaza, em 2007, até então sob o poder do Fatah, o partido que domina a Autoridade Palestina, no poder na Cisjordânia.
Líderes palestinos e internacionais esperam que a aplicação do acordo sirva para atenuar as dificuldades dois dois milhões de habitantes da Faixa de Gaza, que vivem em uma grave pobreza e sofrem com o desemprego.
- Obstáculos para a unidade -O acordo enfrenta vários entraves, em especial o futuro do braço armado do Hamas, que travou três batalhas contra os israelenses desde 2008.
Abbas disse em várias ocasiões que só aceitará uma autoridade militar nos Territórios Palestinos, mas os integrantes do Hamas rejeitam o desarmamento.
Israel, que mantém um duro bloqueio a Gaza há uma década, também informou que não aceitará qualquer governo palestino que inclua o Hamas, a menos que o movimento islâmico deponha as armas.
O governo palestino, com maioria do Fatah, do presidente Mahmud Abbas, e sede em Ramallah, na Cisjordânia ocupada, também se recusou a suspender as sanções que afetam Gaza, entre elas o reduzido acesso à eletricidade.
O coordenador especial da ONU para o processo de paz no Oriente Médio, Nickolay Mladenov, disse ao Conselho de Segurança na segunda-feira que, apesar dos desafios, "não pode se permitir que falhe" o processo de paz.
"Se falhar, o resultado será certamente outro conflito devastador".
Em um primeiro passo significativo, o Hamas cedeu o controle das passagens fronteiriças em 1º de novembro, assim como o controle de vários ministérios.
A divisão entre facções palestinas é considerada um dos maiores obstáculos para a realização de negociações de paz significativas com os israelenses.
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